terça-feira, 23 de junho de 2009

Banco Central brasileiro: Esquizofrenia

www.monitormercantil.com.br - 14/11/2008 - 18:11

Esquizofrenia

O Coordenador da Cátedra e Rede Unesco/UNU de Economia Global e Desenvolvimento Sustentável (Reggen), Theotonio dos Santos, classifica de "esquizofrênica" a tentativa do Governo Lula de conciliar medidas de política fiscal expansionista com juros elevados. Nesse sentido, Santos, que integra o Conselho Editorial do MM, considera a presença de Henrique Meirelles à frente do Banco Central um empecilho a adoção de medidas pró-ativas.

Krugman no BC

E como desconfia que o presidente Lula possa estar tendo dificuldade para encontrar "economistas corajosos" para substituir Meirelles, Santos sugere ironicamente a nomeação do Prêmio Nobel de Economia 2008, Paul Krugman para o BC: "Krugman tem dito que, no momento, o importante é ter criatividade e gastar. Todos estão nessa linha. Até os conservadores estão calados. Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional (FMI) dizem que a época é de baixar juros e aumentar a demanda via investimento estatal. O G20 também recomenda isso, menos o Brasil", criticou.

Marcos de Oliveira e Sérgio Souto

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www.monitormercantil.com.br - 13/11/2008 - 19:11

"Ação estatal com juro alto é esquizofenia"


A postura do Banco Central (BC), que sinaliza com a manutenção ou até o aumento da taxa básica de juros (Selic), simultaneamente ao reforço ao orçamento dos bancos públicos, sinalizando uma ação anticíclica, levam o Coordenador da Cátedra e Rede UNESCO/UNU de Economia Global e Desenvolvimento Sustentável (Reggen), Theotonio dos Santos, a crer que o governo Lula está acometido de algum grau de esquizofrenia:

"Quase todas políticas pelo mundo estão orientadas para baixar juros e aumentar a produção. Creio que Lula não se sente em condições políticas de demitir Meirelles, talvez esteja esperando que ele mesmo saia, pois será candidato ao governo de Goiás", avaliou.

Santos, que é integrante do Conselho Editorial do MM, considera que, apesar de o momento ser "um pouco difícil" para demitir Henrique Meirelles do BC, o presidente goza de grande apoio político:

"A maior parte dos empresários acha a política monetária equivocada, mas Lula tem sustentado Meirelles contra todos", disse, ponderando que o setor financeiro deveria estar preparado para uma situação "não tão favorável" como nos últimos anos. "O custo dos juros é colossal para o Estado", frisou.

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