segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Antônio Barros de Castro morre após desabamento de laje no Rio‏

A morte absurda de Antonio Barros de Castro é um choque para a inteligência brasileira. Ele era muito querido além de admirado pela qualidade do seu trabalho e pelas suas posições muito claras. Nestes últimos tempos estava trabalhando sobre a economia chinesa desde uma perspectiva que muito nos importa: as possíveis áreas de colaboração e de competição que pudesse ser base de uma politica industrial que tanto nos falta. Mais uma vez estava no coração das grandes questões de interesse do nosso povo. Discreto, aplicado, criador, inventivo, inquieto, generoso. Tudo de bom se juntava no velho amigo pois nos conhecemos durante o curso que a CEPAL deu na Universidade de Brasília em 1963. Desde então nos encontramos em várias oportunidades sempre com discussões profundas em função do avanço de seus trabalhos de pesquisa. Sua companheira Ana Célia foi sempre uma colega de inquietações e trabalho. Imagino seu sofrimento e me ponho à sua disposição para o que puder ajudar. Por enquanto coloco no meu blog esta notícia inesperada para os vários amigos comuns e os que não o conheciam.


Ex-presidente do BNDES morre após desabamento de laje no Rio


Antônio Barros de Castro estudava em casa na hora do desmoronamento.
'Ele foi embora deixando um vazio em nosso corações', disse filha.

Renata Soares Do G1 RJ


O economista Antônio Barros de Castro, ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), morreu na tarde deste domingo (21) após o desabamento da laje da casa onde morava na Rua Icatú, no Humaitá, na Zona Sul do Rio.


Fachada da casa onde Antônio Barros de Castro morava na Rua Icatú, no bairro do Humaitá, Zona Sul do Rio (Foto: Renata Soares/G1)

Segundo relato de Ana Clara Barros, filha do economista, Antônio, que tinha 73 anos e era também professor emérito do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), estudava em seu escritório quando aconteceu o acidente. "Minha mãe ouviu um barulho, mas não deu importância. Depois de 20 minutos, resolveu ir até o escritório e encontrou meu pai morto", disse a administradora de empresas, que mora em outro local.

Chorando bastante, ela destacou que ainda não está preocupada com as possíveis causas do desmoronamento: "Não queremos entrar no mérito do motivo do acidente. O que vale é a pessoa que ele foi. Todos os quatro filhos, a neta e a esposa o amavam muito. Infelizmente ele foi embora deixando um vazio dentro dos nosso corações", destacou Ana Clara, relembrando o cotidiano recente do pai, que conduziu o BNDES no governo do presidente Itamar Franco.

"Ele sempre foi uma pessoa muito estudiosa e ativa. Ainda dava palestras e escrevia artigos. Não à toa estava estudando quando a laje desabou", ressaltou a administradora.

Ainda de acordo com Ana Clara, o velório deve ser realizado nesta segunda (22), na capela do campus da UFRJ, na Ilha do Fundão, subúrbio do Rio.


Um comentário:

Anônimo disse...

Tanta laje pra cair. Tanta gente ruim para ser desabada, e infelizmente se foi nosso querido professor.

Um grande abraço de um ex-aluno da casa e eterno admirador do trabalho deste grande homem.

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