sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Importante Simpósio sobre as lutas sociais na América Latina.

É importante constatar o interesse crescente pelo destino da América Latina e pelo pensamento crítico e particularmente marxista na região. É ainda mais importante constatar o afastamento doloroso com o pensamento marxista europeu que não conseguiu superar o eurocentrismo apesar de sua decadência cada vez mais evidente. Pode-se ver também as instituições marxistas que estão engajadas neste simpósio pelos distintos envolvidos no envio do documento sobre o encontro.

V SIMPÓSIO LUTAS SOCIAIS NA AMÉRICA LATINA

Revoluções nas Américas: passado, presente e futuro

10 a 13 de setembro de 2013

Universidade Estadual de Londrina http://www.uel.br/; – Paraná/Brasil



CHAMADA DE TRABALHOS


(artigos e/ou propostas de painéis)

04/02 a 12/05/2013



Caros/as,

a partir de amanhã, 04/02, se inicia o período de envio de trabalhos (artigos e/ou painéis) aos GTs (Grupos de Trabalho) por meio de formulário eletrônico https://www.sistemasweb.uel.br/index.php?contents=system/insc/index.php&pagina=view/inscricoes/seleciona_evento.php&cod_evento=505;. Abaixo, segue a relação de GTs com as suas respectivas ementas. Não serão aceitos trabalhos enviados diretamente para os e-mails dos GTs ou do evento, portanto, eles devem ser submetidos à avaliação por meio do formulário eletrônico https://www.sistemasweb.uel.br/index.php?contents=system/insc/index.php&pagina=view/inscricoes/seleciona_evento.php&cod_evento=505; . Consultem também as orientações e normas para a elaboração dos artigos e/ou painéis http://www.uel.br/grupo-pesquisa/gepal/resumo_normas_submissao_trabalhos.pdf. Para maiores informações, consultem: www.uel.br/gepal.

Agradece-se pela ampla divulgação!

Sds,

Eliel.



GRUPOS DE TRABALHOS


GT 1 - Lutas camponesas e indígenas na América Latina

Coordenadores: Alexander Hilsembeck Filho (Unicamp), Juliana Faria Caetano (UEL), Michelly Ferreira Monteiro Elias (UFVJM), Tiago Tobias (UEL)


Ementa:

Aborda os processos e as dinâmicas das lutas sociais no campo latino americano. Movimentos sociais camponeses e indígenas, trabalhadores (as) na luta pela terra, pela água, pelos territórios da vida. Essas lutas têm ocupado lugar de destaque nas últimas décadas: MST no Brasil; EZLN no México; Cocaleiros na Bolívia; Mapuche no Chile e Argentina; entre outros.
Serão privilegiadas pesquisas que examinam as potencialidades de ação dos movimentos sociais na disputa pelos territórios e que estão buscando/construindo a superação da sociedade capitalista. Na medida em que estas lutas e resistências emergem numa conjuntura marcada por governos que se apresentam como de “esquerda”, como analisar teoricamente a relação entre Estado capitalista e movimentos sociais camponeses e indígenas? Como se concretiza suas relações e reivindicações de autonomia? Quem são os sujeitos inseridos nas lutas sociais do campo latino-americano? Quais suas ideologias de protesto e bandeiras de luta?

GT 2 - Estado, ideologias e meios de comunicação

Coordenadores: Carla Silva (Unioeste), Eduardo Granja Coutinho (UFRJ), Francisco Fonseca (FGV)


Ementa:

Discute o papel dos meios de comunicação e sua relação com as classes dominantes e com os movimentos sociais (processos culturais e comunicacionais de contestação, pressão e resistência). Propõe o debate sobre a relação dos meios de comunicação com o Estado. Estuda questões ligadas à produção de ideologia. Debate os conceitos de Hegemonia e Contra hegemonia. Analisa a imprensa contra-hegemônica e sua relação com os movimentos sociais. Desenvolve análises críticas sobre a imprensa liberal. 
Problematiza a sociedade civil, os intelectuais e a organização da cultura, seja como dominação, seja como resistência.

GT 3 - Trabalho e classes sociais no capitalismo contemporâneo

Coordenadores: Paula Marcelino (USP), Sávio Machado Cavalcante (UEL), Thiago Leibante (UEL)


Ementa:

O GT pretende reunir trabalhos e pesquisas, de natureza teórica e/ou empírica, sobre o conceito de classe social relacionado aos estudos sobre trabalho e organização sindical dos trabalhadores no Brasil e nos outros países da América Latina. Interessam, portanto, os trabalhos que reflitam sobre os impactos das políticas socioeconômicas das últimas décadas e do processo de reestruturação produtiva capitalista dentro das empresas sobre as relações entre as classes sociais e as condições de vida, trabalho e organização dos trabalhadores.

GT 4 - Imperialismo, nacionalismo e militarismo na América Latina

Coordenadores: Danilo Enrico Martuscelli (UFFS), Lúcio Flávio Rodrigues de Almeida (PUC/SP), Mariana de Oliveira Lopes (UEL)


Ementa:

Tendo como ponto de partida as ações político-militares dos Estados Unidos na América Latina nas últimas décadas (tentativa de golpe de Estado na Venezuela, em 2002; intervenções no Haiti, em 1994-1996; Plano Colômbia; instalação de bases militares no Equador, Colômbia, Peru, Aruba, El Salvador, Argentina), as ações econômicas (NAFTA, ALCA, Pacto Andino), bem como a hegemonia do capital financeiro a partir dos anos 1990, pretende-se enfatizar as discussões sobre o (novo?) imperialismo, o nacionalismo e o militarismo na região e as prováveis e possíveis ligações entre eles (veja-se, por exemplo, o recente golpe de Estado em Honduras). Para tanto, tem-se como pano de fundo as relações entre Estado e classes sociais sob o impacto do neoliberalismo no subcontinente, a questão da dependência e as experiências alternativas à ortodoxia neoliberal e os limites da democracia
na América Latina.

GT 5 - Lutas sociais urbanas

Coordenadores: Débora Goulart (Unesp/Marília), Gustavo Alberto Cabrera (UEL), Ivone Cristina de Sá Cavalcante (UEL), Jair Pinheiro (Unesp/Marília)


Ementa:

Este GT pretende reunir estudos sobre movimentos sociais urbanos da América Latina que, nas suas lutas, combatem os efeitos sociais da produção capitalista da cidade e a orientação neoliberal das políticas públicas (de Estado). As reflexões sobre as reivindicações destes movimentos, sejam
questões de gênero, ecológicas, raciais, relacionadas a moradia, emprego, saúde, educação, condições de vida, dentre outras, estarão presentes, assim como sobre as formas de organização destes movimentos. Enfim, o GT pretende reunir pesquisas sobre um amplo espectro de movimentos sociais, considerando a heterogeneidade de sujeitos que isto pressupõe, assim como de lutas que vão desde as reivindicações econômicas mais imediatas até aquelas de caráter marcadamente anti-sistêmico.

GT 6 - Revoluções na América Latina e dilemas do socialismo

Coordenadores: Daniel Antiquera (UFPB), Flavia Bischain Rosa (UEL), Julia Gomes e Souza (Unicamp), Soraia de Carvalho (UFCG)


Ementa:

Após mais de 20 anos de hegemonia neoliberal, a América Latina se vê marcada pela presença de governos que colocam na pauta do dia o tema da mudança. Qual a natureza destas mudanças? Qual seu impacto, sua profundidade, suas contradições? Qual o espaço existente na região para a pauta da
transformação radical da sociedade? Trata-se de discutir a revolução hoje, não só na América Latina atual, mas a partir dos desafios trazidos por seu momento histórico - e se estendendo a reflexão por outras experiências revolucionárias em outras regiões e contextos. Este GT busca reunir trabalhos de pesquisa e reflexão sobre os processos revolucionários encampados por variados atores políticos em diferentes momentos históricos.
Interessa debater suas especificidades, diferenças, generalidades e, especialmente, seus significados quanto as perspectivas para as transformações revolucionárias hoje. Antes disso, como caracterizar um
contexto revolucionário? Quais os seus fatores fundamentais - meios, atores, métodos, classes, objetivos? O que as experiências históricas têm a nos ensinar e em que medida podem indicar caminhos a serem adotados atualmente?
Quais os desafios da reflexão teórica sobre a revolução?

GT 7 – Feminismos, sexualidades e marxismos na América Latina

Coordenadores: Luciano Fabbri ( Universidad de Buenos Aires); Maira Abreu (Unicamp); Rafael Dias Toitio (Unicamp); Renata Gonçalves (Unifesp/BS)

Contato: feminismo@uel.br;

Ementa:

A relação entre feminismo e marxismo com frequência foi recebida como uma controvérsia para um e outro campo teórico-político, o que por muitas vezes dificultou a compreensão de como as opressões sexual e de gênero favorecem ao capitalismo. Na contramão de anúncios do fim de práticas políticas que vislumbram a emancipação feminina, sexual e social, este GT tem por objetivo impulsionar o debate sobre a imbricação classes sociais e permanência de tais opressões. Qual a relação entre o capitalismo e opressões sexual e de gênero? Quais as formas de resistências passadas e atuais que vislumbra(ra)m uma superação da desigualdade de classes e de gênero no subcontinente latino-americano? Serão privilegiadas pesquisas que, a partir de uma análise marxista, se debruçam sobre o estudo de movimentos de mulheres, movimentos feministas, movimentos e organizações LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) na América Latina.

GT 8 - Marxismos latino-americanos

Coordenadores: Angélica Lovatto (Unesp/Marília), Eliel Machado (UEL), Gilberto Grassi Calil (Unioeste), Gonzalo Adrián Rojas (UFCG)

Contato: marxismo@uel.br;

Ementa

O foco principal deste GT é o exame crítico da produção teórica de autores brasileiros e latino-americanos marxistas como, por exemplo, José Carlos Mariátegui, Ernesto Guevara, Caio Prado Jr., Ruy Mauro Marini, Marcello Segal, Julio Antonio Mella, Sérgio Bagú, entre outros. Procura-se resgatar
as formulações teóricas, políticas e ideológicas para as lutas sociais e as polêmicas em seu interior.

GT 9 - Pensamento de direita e chauvinismo na América Latina

Coordenadores: Cândido Moreira Rodrigues (UFMT), Jefferson Rodrigues Barbosa, (Unesp/Marília), Márcia Regina Carneiro (UFF)


Ementa:

O GT Pensamento de direita e chauvinismo na América Latina buscará reunir pesquisas que abordem o estudo de intelectuais, ideologias, organizações, partidos políticos e outras instituições que possam ser identificados entre critérios reconhecidos nos conceitos de Direita e Chauvinismo. Aqueles que, ao defenderem a manutenção do status quo, têm a pretensão do exercício da ordem e da força, que congregam elementos de conservadorismo, da antidemocracia, do anticomunismo e praticas segregadoras e violentas, manifestadas, sobretudo, através de ações marcadas pela nacionalismo
exacerbado, pela xenofobia, homofobia e racismo. Entre movimentos e partidos deste tipo, o integralismo, fascismo, nazismo, skinheads, grupos tradicionalistas fundamentalistas cristãos e monarquistas, como a Tradição Família e Propriedade (TFP), entre outros, que podem ser identificados como aqueles que vêem na defesa de ações e ideais, o meio para a manutenção da “ordem” como preservação de valores que lhes são específicos, como manifestação de reação defensiva as questões conjunturais do capitalismo e de oposição a concepções de esquerda.

GT 10 – Teoria política marxista

Coordenadores: Gustavo Casasanta (UEL), Luciana Aliaga (UEL), Marcos Del Roio (Unesp/Marília)


Ementa:

Este GT procura reunir trabalhos que se proponham tanto ao estudo do pensamento original de K. Marx como de seus intérpretes europeus, clássicos e contemporâneos, entre os quais estão Engels, Lênin, Trotsky, R. Luxemburg, A. Gramsci, G. Lukács, W. Benjamin, L. Althusser, N. Poulantzas, R.
Miliband, entre outros. Interessam igualmente aqueles trabalhos que tratem das polêmicas que emergiram no interior do campo teórico do marxismo, bem como de seus desenvolvimentos e contribuições.

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