domingo, 28 de abril de 2013

Muchos Chávez van a continuar la lucha - América Latina en Movimiento‏

Segundo o Globo em advertência aos bolivarianos estamos em decadência. Eles não percebem que são eles que estão. Este artigo nos conta algumas destas razões que explicam seus ódios e nossas vitórias. Ah nois aqui de novo!

Muchos Chávez van a continuar la lucha - América Latina en Movimiento - para ler o artigo, clique aqui.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Convite - Lançamento 3º Prêmio Jornalista Abdias Nascimento‏

Abdias continua ampliando sua mensagem no coração de nosso povo. Este prêmio é mais uma prova disto.


V Seminário Vozes da Educação

Mais uma atividade com o apoio do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana da UERJ (PPFH).


Llamado a inscripciones: maestría en procesos sociopolíticos venezolanos y procesos de integración latinoamericanos y del Caribe - 1ra cohorte 2013/2014‏

Miguel Angel Perez Pirela e Luiz Brito são dois pensadores e combatentes do processo venezuelano de alto nível. Vale apena trabalhar com eles neste mestrado.

LLAMADO A INSCRIPCIONES
MAESTRÍA EN PROCESOS SOCIOPOLÍTICOS VENEZOLANOS Y PROCESOS DE INTEGRACIÓN LATINOAMERICANOS Y DEL CARIBE  -   1RA COHORTE 2013/2014
DIRIGIDO A
Profesionales graduados con título de licenciado o equivalente en disciplinas científico-sociales y humanísticas, comprometidos con el cambio social.
Total de estudiantes esperado: 40
REQUISITOS PARA POSTULANTES
Carta de postulación académica (entre 1 y 2 cuartillas)
Pre-proyecto de investigación (Breve exposición del tema de interés para la investigación entre 3 y 5 cuartillas.   Enmarcado en una de las líneas de investigación de la maestría)
Currículum Vitae (destacar actividades de formación y proyectos comunitarios)
LINEAS DE INVESTIGACIÓN
Transformación de Estado Venezolano
Movimientos Sociales y Prácticas Participativas
Medios de Comunicación y Massmediación Política
Procesos Sociopolíticos y de Integración Latinoamericana
CRONOGRAMA ACADÉMICO  
OFERTA ACADÉMICA PRIMER CUATRIMESTRE  mayo – agosto 2013
Fecha de inicio 13/05/2013   
Historia de las ideas políticas (3 UC) Dr. Miguel Ángel Pérez Pirela
Postulaciones hasta el 06/05/2013                                                                  
Pensamiento latinoamericano de la liberación (3 UC) Dr. Luis Britto García
Medios y Poder (3 UC) Dra. Ximena González Broquen

Tel: 0212 9035063 / 5064 / 5113

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Manifestação da CAPES


O Conselho Superior da CAPES e seu Diretor se manifestam contra aspectos aberrantes da lei que redefine a carreira de magistério federal.  



MANIFESTAÇÃO DO CONSELHO SUPERIOR DA CAPES SOBRE A LEI 12772/2012, QUE REDEFINE A CARREIRA DO MAGISTÉRIO FEDERAL


O Conselho Superior da CAPES, coerente com sua missão de zelar pela qualidade da pós-graduação no país e sintonizado com a prioridade nacional de aumentar consideravelmente a atividade de inovação, vem apontar sérias deficiências na recém-implementada Lei 12772/2012, que redefine a carreira docente nas Universidades Públicas Federais. Essa lei representa de fato um retrocesso para essas instituições, vai em direção contrária ao Plano Nacional de Pós-Graduação e mina os esforços de inovação em nosso país.

Em particular, destacamos aspectos da lei que precisam ser modificados com urgência:


1. A Lei prevê que o ingresso na carreira docente só ocorrerá no primeiro nível da classe de Auxiliar, mediante concurso para o qual se exige apenas diploma de graduação. Quem já tem título de doutorado será Auxiliar por 3 anos, podendo ser promovido para Adjunto somente após o estágio probatório. Essa exigência, por um lado, desvaloriza o doutorado, ignora o número crescente de doutores formados e já disponíveis no Brasil, e ameaça a qualidade das instituições federais de ensino superior. Por outro lado, desestimula a atração de jovens qualificados, atualmente realizando estágios de pós-doutorado no Brasil e em outros países, para as instituições federais. O sistema anterior permitia a entrada no nível de Adjunto e não vedava a solicitação, por algumas Unidades, de vagas nas classes de Assistente ou de Auxiliar. Tem sido prerrogativa da instituição a definição da classe de ingresso.  Essa flexibilidade deve ser mantida, com o entendimento de que as vagas para Auxiliar e Assistente devem ser solicitadas em caráter excepcional, com justificativa sólida e compromisso de que os docentes contratados para as mesmas serão incentivados a se qualificarem para a obtenção de título de doutor.


2. A exigência de 20 anos de experiência ou de doutorado, no tema do concurso, para o ingresso no cargo de Titular-Livre, deve ser suprimida. Ela impede a contratação de pesquisadores brilhantes, que embora não atendendo a esse critério, já tenham dado contribuições marcantes em sua área de conhecimento e pesquisa, um procedimento adotado nos países que têm tido maior sucesso em seu desenvolvimento científico e tecnológico. É fundamental para o desenvolvimento de nosso país reconhecer e premiar a competência; ao invés disso, ela é desencorajada pela Lei atual.


3. A Lei, em seu art. 21, que enumera as atividades remuneradas compatíveis com o regime de DE, deixou de incluir uma situação prevista no sistema anterior, que é a colaboração esporádica em assuntos de especialidade, devidamente autorizada pela instituição e de acordo com regras  próprias. Essa possibilidade, no entanto, é a que respalda uma série de contratos em vigor – que são de interesse do país e têm sido prática corrente na Universidade --, inclusive práticas  incentivadas pela Lei de Inovação Tecnológica (Lei 10.973/2004), voltadas para estimular a participação ativa de docentes das Instituições Públicas de Pesquisa em projetos que envolvam as instituições de ciência e tecnologia e empresas. A Lei aprovada está portanto em sentido contrário aos importantes passos dados na Lei de Inovação.


Apelamos para o Ministro Aloizio Mercadante que envide esforços no sentido de reverter essa séria ameaça ao desenvolvimento científico e tecnológico de nosso país.


Brasília, 26 de março de 2013.

Sobre o segundo retorno


Caro Theotonio,

Li com muita emoção, no sábado, a reportagem do suplemento literário Prosa e Verso, que com toda justiça, coloca a sua obra, a da Vânia e do Rui Mauro no patamar que merece e que só agora, tardiamente, começa a ser valorizada no Brasil. A referência ao voo de retorno do México mexeu particularmente com as minhas emoções e sentimentos mais profundos, já que - como você deve lembrar - nesse mesmo voo, além de vocês dois, do Betinho e da Maria, estávamos o Neiva Moreira e eu, e também um casal de professores baianos, cujo nome não lembro neste momento.

Para todos vocês era o tão sonhado retorno à pátria, depois de um longo e sofrido exílio; para mim, uruguaia que nunca tinha vindo ao Brasil, salvo ligeiras visitas ao Chui - quando o Neiva colocava um pé do lado brasileiro da rua que faz as vezes de fronteira entre o Brasil e o Uruguai e brincando dizia que tinha finalmente colocado os pés na sua terra - era o começo da vida num novo país, que viria a ser, com muito orgulho, a minha segunda pátria.

A matéria confirmou a minha certeza de que o tempo se encarrega de fazer justiça! Que bom que Vânia e você estão aí, firmes, coerentes, com a lucidez que sempre caracterizou a produção que nos brindaram! Parabéns!

Um carinhoso abraço,

Beatriz Bissio

O segundo retorno

O suplemento editorial do Globo, Prosa e Verso, aponta o desconhecimento da teoria da dependência no Brasil e destaca o renascimento da teoria. Fenômeno que não acontece somente no Brasil. Agora mesmo, na minha última viagem à China escutei várias vezes a afirmação de que o tema da teoria da dependência ganha enorme reconhecimento nos meios acadêmicos e políticos do país. Vejam a importante matéria publicada no dia 30 de março no Globo:







O segundo retorno do exílio
30/03/2013 | Brasil

Mais de 30 anos depois da anistia e da volta dos exilados pela ditadura, livros escritos na década de 1970 pelos cientistas sociais Vânia Bambirra e Ruy Mauro Marini — que, junto com Theotonio dos Santos, foram os principais formuladores brasileiros da teoria marxista da dependência — são lançados no Brasil, alimentando a retomada dos estudos sobre a integração dos países periféricos ao sistema capitalista mundial.

Por Leonardo Cazes.

No dia 15 de setembro de 1979, o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, parava o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, no seu retorno do exílio depois de oito anos. No mesmo grupo que vinha do México estavam Theotonio dos Santos e Vânia Bambirra, que voltavam ao Brasil após 13 anos no exterior. Os dois, junto com o também exilado Ruy Mauro Marini, foram os principais formuladores brasileiros da linha marxista da teoria da dependência, que procurava compreender o modo de integração dos países periféricos ao capitalismo mundial.

O grupo é reconhecido e influente na América Latina — Theotonio, por exemplo, nos últimos anos teve cinco livros lançados em espanhol e apenas um em português. Porém, só agora Vânia e Marini têm suas obras publicadas no Brasil, como pontapé inicial da coleção “Pátria Grande”, parceria entre a editora Insular e o Instituto de Estudos Latino-americanos da Universidade Federal de Santa Catarina (IELA/UFSC). As razões para que “Capitalismo dependente na América Latina”, de Vânia, e “Subdesenvolvimento e revolução”, de Marini, demorassem tanto tempo para serem publicados por aqui se confundem com a história do grupo e dos estudos sobre a dependência desenvolvidos desde a década de 1950.


Início na UnB


Theotonio, Vânia e Marini se conheceram no congresso de fundação da Organização Política Marxista Política Operária (Polop), no interior de São Paulo, em 1961. No ano seguinte, Theotonio seria convidado por Darcy Ribeiro para ingressar, como professor, da recém-criada Universidade de Brasília (UnB) e levaria os dois companheiros. Na UnB, o trio encontraria o economista americano André Gunder Frank, vindo da Universidade de Chicago. Estava formado o quarteto que daria o pontapé inicial nos estudos sobre a teoria marxista da dependência.

Na UnB, os quatro organizaram um grupo de leitura de “O Capital”, de Karl Marx — como já ocorria na Universidade de São Paulo (USP) sob o comando de Florestan Fernandes — e começaram a fazer uma crítica da interpretação nacional-desenvolvimentista elaborada pela Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), centro do pensamento econômico estruturalista e muito influente na região. A Cepal via uma oposição entre um Brasil feudal e agrário e um Brasil moderno e industrial. A superação do subdesenvolvimento passaria, então, por uma aliança entre Estado e burguesia nacional industrial na forma de uma revolução nacionalista e capitalista.

A visão cepalina foi duramente criticada pelo grupo por fazer uma oposição entre arcaico e moderno e por defender que havia uma série de etapas a serem necessariamente atravessadas para se atingir o desenvolvimento. Já a teoria marxista da dependência afirmava que o Brasil não era um país feudal, pois estava integrado ao sistema capitalista mundial como grande fornecedor de matérias-primas. A própria existência de uma burguesia nacional industrial era questionada. Nas críticas à Cepal, o grupo concordava com a interpretação da dependência da escola sociológica paulista, que concentrava ao redor de Florestan Fernandes, na USP, nomes como Fernando Henrique Cardoso e Francisco de Oliveira.

A experiência em Brasília era favorável ao surgimento de novas ideias sobre o país. Theotonio lembra que Darcy Ribeiro conseguiu montar um time intelectual de alto nível e havia um entusiasmo geral por participar de uma universidade inovadora num momento de intensa discussão sobre o futuro.

— O debate fluía muito naquela época e a universidade era o grande centro de discussão. Viver o impacto de tudo o que acontecia no país em Brasília era muito interessante. O Darcy trouxe uma equipe inicial e nós fomos convidando outras pessoas. O Victor Nunes Leal, membro do Supremo Tribunal Federal, era diretor do departamento de Ciência Política. O Oscar Niemeyer andava pelo campus com os alunos da Arquitetura — conta Theotonio, hoje professor emérito da UFF e professor visitante na Uerj.

Contudo, a UnB de Darcy duraria pouco. A universidade foi um dos primeiros alvos do golpe militar de 1964 e Theotonio, Vânia e Ruy Mauro caíram na clandestinidade. Dois anos depois, a situação se complicara. A filha de Vânia e Theotonio, casados à época, nascera. O professor fora condenado à revelia e era considerado foragido. Em meio às disputas internas na Polop, o casal foi para o Chile. Ruy Mauro também os reencontraria, depois de uma passagem pelo México, no Centro de Estudos Socioeconômicos (CESO) da Universidade do Chile.

Num momento em que diversos países latino-americanos sofriam com golpes de Estado, o país era uma verdadeira ilha de democracia. Sob o governo do democrata-cristão Eduardo Frei, tornou-se o principal refúgio para intelectuais perseguidos pelas ditaduras do continente. Em 1970, a chegada ao poder da Unidade Popular de Salvador Allende e sua original “transição pacífica ao socialismo”, incendiaria ainda mais Santiago, cidade que abrigava desde a Cepal até ex-colaboradores de Che Guevara no governo cubano.

— O instigante mesmo não foi a UnB, foi o Chile. Foi onde surgiu realmente a teoria da dependência. Em 1968, o Theotonio escreve um artigo, “O novo caráter da dependência”, que serviu de marco teórico para todos nós. A partir daí, ele reuniu no CESO um grupo de jovens pesquisadores: eu, o Orlando Caputo, o Roberto Pizarro, o Sergio Ramos. O Ruy Mauro estava no México, mas a situação complicou para ele lá e o trouxemos para o Chile. Nós fizemos uma divisão dos trabalhos e eu fiquei com o estudo da América Latina. O trabalho dessa época é que dá origem ao livro “Capitalismo dependente na América Latina” (lançado no Chile em 1972) — afirma Vânia.


Ligação com Allende


A professora conta que o Chile era uma ebulição, que aumentou após a vitória de Allende, em 1970. Vários membros do CESO foram convocados para assumir altos cargos na administração pública e a direção do centro foi entregue a Theotonio. Vânia recorda a preocupação dos colegas com a vitória da Unidade Popular.

— Foi uma reação interessante quando o Allende ganhou. Eles comemoraram, mas com muita preocupação. Sentiram a responsabilidade pesando nas costas deles: fazer um processo de transição ao socialismo pela via pacífica. O Chile era um país de base industrial muito interessante, uma sociedade politizada e organizada. Por isso a repressão dos militares foi violentíssima.

O golpe do general Augusto Pinochet, no dia 11 de setembro de 1973, derrubou mais que o governo. Vânia, Theotonio e Ruy Mauro se viram obrigados a um novo exílio, agora em direção ao México. O fim da experiência do socialismo chileno enfraqueceu também a difusão dos seus trabalhos no Brasil. Pela ligação do grupo com Allende, a própria teoria marxista da dependência acabou marginalizada como parte de uma experiência fracassada. Ao mesmo tempo, tornava-se hegemônica no Brasil a interpretação da escola sociológica paulista, apresentada no livro “Dependência e desenvolvimento na América Latina”, de Fernando Henrique Cardoso e Enzo Faletto, de 1970.

— Nosso grupo penetrou fortemente nos partidos de esquerda chilenos. A Unidade Popular assumiu a nossa perspectiva. Isso também foi um dos motivos do fortalecimento da interpretação do Fernando Henrique. A queda do Allende, em 1973, é transformada num fracasso da nossa visão, como se nós tivéssemos radicalizado o governo e o inviabilizado — afirma Theotonio.

Apesar de convergirem nas críticas à Cepal, as duas teorias da dependência divergiam quanto à possibilidade de desenvolvimento dentro do sistema capitalista mundial. Enquanto Cardoso e Faletto defendiam que era possível um desenvolvimento associado ao centro capitalista, os marxistas observavam que a superação do subdesenvolvimento era estruturalmente impossível dentro do capitalismo. Em meio ao “milagre brasileiro”, a visão marxista foi tachada por seus críticos de “estancacionista”, lembra Theotonio. Ele rejeita a pecha e explica que a teoria nunca negou que houvesse crescimento econômico, mas sim defendia que ele seria limitado por fatores estruturais.

No México, o trio integrou o corpo docente da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) e continuou com uma intensa produção acadêmica. Os livros de Vânia e Ruy Mauro, lançados pela editora Siglo XXI, já bateram a casa das dez edições. No retorno ao Brasil, em 1979, após 13 anos de exílio, o país e a universidade que eles tinham deixado eram muito diferentes. A vibração intelectual desaparecera e os espaços na academia estavam fechados. O retorno foi duro. Marini não pôde ver seu livro editado no Brasil. Morreu em 1997, aos 65 anos. Hoje, Vânia nota, com certa surpresa, o interesse renovado de alunos de pós-graduação por seu trabalho. A publicação de livros inéditos, 30 anos depois de lançados em espanhol, deve catalisar esse movimento.

Fonte: O Globo

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Independencia y socialismo en la América Nuestra


Fernando Martinez Heredia es uno de los más profundos formuladores de una concepción latinoamericana del proceso de transformación social global en el cual nuestra región cumple un rol específico que la incierta al mismo tiempo en la globalidad. Él representó siempre dentro de la revolución cubana esta sólida corriente de ideas que empieza con la afirmación fundamental de Simón Rodriguez (el maestro de Simón Bolívar) de que " o inventamos o erramos", apartando nos de la mentalidad colonial y dependiente que ve nuestro futuro
como una imitación de los logros y las miserias de la modernización capitalista. Esta corriente tiene muchos otros importantes epígonos pero será con el marxista peruano José Carlos Mariátegui que encontrará su expresión más original cuando afirmó que nuestra revolución será necesariamente creativa, descartado el rol de la copia y del calco.

Asimismo, Martí ya había afirmado la unidad regional al establecer el ideal de la Patria Grande latinoamericana. Fernando Martínez Heredia hace parte de esta tradición de pensamiento que encontró en Fidel Castro y Che Guevara sus más impresionantes expresiones. Nada de esto ha impedido a Fernando luchar por el pensar libre a servicio de las luchas de su pueblo, lo que produjo tensiones dentro del proceso de la revolución cubana que interrumpió por ejemplo el fantástico trabajo de latinoamericanización de la reflexión dentro de la revolución cubana expresado sobretodo en la revista Pensamiento Crítico. En el momento actual sus reflexiones adquieren fuerza creciente. 

Estas retomadas de líneas de pensamiento como la teoría de la dependencia es un característica de la coyuntura actual. Vean se las otras materias de este blog sobre la vuelta de la teoría de la dependencia. 


Independencia y socialismo en la América Nuestra

Fernando Martínez Heredia

ALAI AMLATINA, 28/03/2013.

El 12 de junio pasado, el Comandante Hugo Chávez Frías escribió, en su Programa de Gobierno para 2013-2019: “a la tesis reaccionaria del imperio y de la burguesía contra la Patria, nosotros y nosotras oponemos la tesis combativa, creativa y liberadora de la independencia y el socialismo como proyecto abierto y dialéctica construcción”. La riqueza de esa proposición me inspira a hacer un breve comentario sobre algunas de las cuestiones que ella plantea.

La primera independencia, obtenida en la gesta continental que va de 1791 a 1824, fue insuficiente, pero fundó a nuestras naciones cuando la idea misma de nación era incipiente en Europa, creó nuevas identidades y nos aportó una extraordinaria acumulación cultural revolucionaria, un legado inapreciable al que atenernos y la necesidad de promover nuevos proyectos de liberación.

La gran Revolución haitiana, el Grito de Murillo, la obra, el pensamiento y el proyecto de Bolívar, Sucre --el antioligarca de virtud sin par--, la epopeya de Hidalgo y Morelos, y después la trascendente propuesta de Martí, confirmada por la sangre del pueblo cubano, le pusieron metas muy altas a la libertad, mucho más altas que las vigentes en Europa. Esos revolucionarios bregaban por el gobierno del pueblo desde mucho antes de que el liberalismo europeo se decidiera a aceptar y utilizar su democracia. Le dieron un lugar preferente a la igualdad y la justicia en sus combates, algo que negaba los fundamentos mismos del sistema colonialista-imperialista que se fue desarrollando en el mundo, y que puso al derecho internacional y a la conciencia común a su servicio. La resistencia, la rebeldía y el proyecto de la América nuestra resultaban opuestos incluso a los fundamentos ideales burgueses de la civilización como misión patriarcal colonial de las potencias, y a su racismo “científico”, que eran dominantes hace un siglo en el mundo espiritual y de las ideas.

En América del Sur, las guerras de independencia se internacionalizaron, la independencia se consideró parte de una épica y un proyecto americanos y así quedó fijada en la conciencia social. Hidalgo se proclamó “General de los ejércitos de América”; Morazán intentó lograr la unión centroamericana. Esa experiencia nos permite hasta hoy referirnos a hechos históricos cuando pretendemos una integración continental.

En estos dos últimos siglos, los que han ejercido la dominación les han negado a amplios sectores de la población la igualdad real, la justicia social y muchos derechos en sus repúblicas, en todo lo que consideraron necesario y todo el tiempo que han podido hacerlo, para defender y ampliar sus ganancias, mantener su poder político y social y su propiedad privada, con un ordenamiento legal y político favorable a 
ellos. Han preferido no ser clase nacional y, cada vez que ha sido necesario, han sido antinacionales. Al mismo tiempo, el capitalismo mundial se impuso en la región de acuerdo a las características de sus fases sucesivas, mediante su viejo y su nuevo colonialismo, aplastando resistencias y rebeldías, cooptando y subordinando, hasta que en la actualidad su propia naturaleza imperialista saqueadora, parasitaria y depredadora ha cerrado la posibilidad de que bajo su sistema la América Latina pueda satisfacer las necesidades básicas de sus pueblos, mantener las soberanías nacionales, desarrollar sus economías y sus sociedades, defender y aprovechar sus recursos y organizar su vida en comunión con el medio natural.

Pero una constante latinoamericana y caribeña de resistencias, ideas, combates y sentimientos ha mantenido vivo el carácter popular del legado patriótico, sin entregarlo a los burgueses cómplices y subalternos del capitalismo imperialista, y le ha ido aportando desarrollos. El Presidente de Venezuela, compañero Nicolás Maduro, recordó en el funeral de Estado del Comandante Chávez en la Academia Militar los avatares póstumos del Libertador y de Sucre. Cada época tuvo sus logros y sus avances, porque, en su saldo histórico, ninguna revolución verdadera es derrotada.

El largo camino ha brindado conocimientos y certezas, que ayudan a los que se han puesto en marcha en este continente a tener una conciencia superior. La primera región del Tercer Mundo que logró crear Estados independientes y mantenerlos aprendió que el capitalismo también podía desarrollarse y establecer sistemas de dominación nuevos, neocoloniales, más funcionales a su madurez que el bárbaro colonialismo, y así subordinarnos, dividirnos y perpetuar nuestra condición mísera e inerme, teniendo a las relaciones económicas capitalistas como centro de esa dominación. Pero no por eso los revolucionarios despreciaron a sus repúblicas. Al contrario, levantaron en una sola bandera la causa del verdadero patriotismo y la causa de las luchas de las clases explotadas y oprimidas.

Hemos tenido que ir más lejos que compañeros de otras regiones, que no lograron entender que esta mitad del mundo no podía considerarse “atrasada” y resignarse a vivir en supuestas etapas intermedias en espera de una providencia ajena. Que para poder ser nosotros, y para pelear por ser realmente libres, teníamos que pensar con cabeza propia.

Cuando la libertad y la justicia son planteadas de tal modo y con tanta hondura desde el inicio, la independencia tiene que tornarse liberación nacional, y la justicia social, socialismo. Experiencias y estudios, 
combates y debates, han sido el taller y la escuela. Un avance fundamental está en la comprensión de la relación que ha existido históricamente entre la independencia y el socialismo. No ha sido fácil ni rápido, una cultura entera universalizante ha estado en contra de que lo entendamos, sobre todo desde el imperialismo, que levantó promesas sucesivas, como el progreso, el panamericanismo y el desarrollo, siempre dirigidas a conducir a los emprendedores, confundir a todos y neutralizar y vencer a los rebeldes y a los que querían avances para sus países. El capitalismo actual ha perdido la posibilidad de ofrecer promesas, solo propone palabras como éxito y fracaso, imágenes e informaciones controladas en un sistema totalitario de formación de opinión pública y conversión de la gente en el público --el rostro de un mundo despiadado en que todo es mercancía--, y reparte algunos premios para los cómplices. Sin embargo, no podemos subestimar su poder, su agresividad y su criminal inmoralidad, ni los atractivos de su colosal capacidad de manipulación cultural.

Pero también hemos encontrado muchas dificultades y obstáculos en nosotros mismos. En la nación independiente que no sabe ser la nación para todos sus hijos, y el gobierno que ante las crisis no lleva su desafío frente a enemigos tan poderosos hasta cruzar la frontera de darle más poder al pueblo, que es al final su única fuerza, y convertirse en un poder popular. En la educación y la cultura que, en países formalmente independientes, siguen siendo escuela y agencia de colonización de las mentes y los sentimientos, sostén de desprecios y exclusiones de una parte del propio pueblo y refugio de la legitimación de las dominaciones de unas personas sobre otras. En los Estados que no logran liberarse de las marcas infamantes de la época de balcanización, y en los que levantan demasiado la ventaja particular en sus tratos con los países que su interés estatal bien entendido debiera considerar como hermanos.

Otra América nuestra es posible, porque hemos ido creando sus cimientos. Para que tomemos posesión de esa fuerza fue que el Presidente Chávez se lanzó a liberar el pasado. Una historia en la que Simón Rodríguez enseñó a Simón Bolívar que es necesaria una revolución social, cultural y económica junto a la revolución política. En la que Sandino dirigió una gran insurrección de campesinos pobres que pelearon durante seis años contra el invasor yanqui sin ser derrotados, y le pudo escribir a un dirigente comunista que su ejército era la vanguardia del proletariado de la América Latina. En la que el Che, entre tantas lecciones incomparables de pensamiento y de acción que dio, afirmó que en este continente se hará “revolución socialista o caricatura de revolución”, y que para triunfar, habrá que instaurar gobiernos de corte socialista. Y el líder de la herejía cubana, Fidel, que es tan grande y es de todos, aclaró hace más de cuarenta años que el gran revolucionario Carlos Marx concibió el socialismo como consecuencia del desarrollo, pero en nuestro mundo, será el socialismo el que haga posible el desarrollo.

Ese socialismo, dice Chávez hace dos años, tiene que ser un poder, pero un poder del pueblo, una nueva concepción de poder y una nueva forma de crear poder y distribuir poder. Como reza la Constitución venezolana, en un Estado democrático y social de derecho y de justicia que propugna como valores superiores la vida, la libertad, la justicia, la igualdad, la solidaridad, la democracia y los derechos humanos. Y en su texto de junio de 2012: “Este es el tiempo, como nunca antes lo hubo, de darle rostro y sentido a la Patria Socialista por la que estamos luchando”.

Ya sabemos que la bonanza económica por sí sola no trae ningún avance real para las mayorías, y las modernizaciones bajo un régimen de dominación traen consigo, en el mejor caso, la modernización de la dominación. La actividad liberadora es lo decisivo, ella es la que será capaz de darle un sentido a las fuerzas sociales económicas. El carácter de una revolución no está determinado por la medición de la estructura económica de la sociedad, sino por la práctica revolucionaria. En las condiciones desventajosas de la mayoría de los países del mundo, la transición socialista y la sociedad a crear están obligadas a ir mucho más allá de lo que su “etapa del desarrollo” supuestamente le permitiría, y ser superiores a la reproducción esperable de la vida social: consistir en simultáneas y sucesivas revoluciones culturales, que las vuelvan invencibles. Es preciso acometer la creación de una nueva cultura, que implica una nueva concepción de la vida y del mundo, al mismo tiempo que se cumplen las tareas imprescindibles, más inmediatas, urgentes e ineludibles.

Lo decisivo es que existe una gran acumulación cultural en este continente, de capacidades económicas, cultura política y social, identidades, experiencias e ideas, de poderes populares y procesos autónomos que buscan bienestar para sus pueblos y tienen voluntad de integración y unión. Esa acumulación cultural nos hace capaces de enfrentar en mejores condiciones que las otras regiones del mundo los males a los que ha sido sometido en las últimas décadas y la rapacidad y las guerras actuales del imperialismo, y de emprender en consecuencia transformaciones profundas que hagan posible y conviertan en realidad lo que impide el sistema capitalista.

Somos los herederos de una tradición maravillosa, que convirtió lo que en el Viejo Mundo y en las ideas colonizadas se consideraban luchas nacionales burguesas o rebeldías primitivas de grupos sociales arcaicos en unas formidables revoluciones de los humildes y sus guiadores y representantes, lanzados a conquistar la asunción de la plena soberanía sobre nuestras patrias y el pleno dominio sobre nuestros recursos, y desde ellos, como plantea el Plan de la Patria, asegurar la mayor suma de seguridad social, estabilidad política y felicidad.

Hay que llamar a las cosas por su nombre. El socialismo es la forma nuestra, latinoamericana, de ser independientes.

- Fernando Martínez Heredia es investigador cubano, galardonado con el Premio Nacional de Ciencias Sociales 2006.

Intervención para el X Encuentro Internacional de intelectuales, artistas y luchadores sociales en defensa de la humanidad, Plan de la Patria: pensamiento y acción de Hugo Chávez, celebrado en Caracas los días 25 y 26 de marzo de 2013.

Theotonio na China II

Estas fotos são do Museu que abriga um dos jardins mais antigos da China e que inaugurou uma concepção de jardins tradicional muito típica.





Theotonio na China I

Fotos da visita de Theotonio dos Santos ao museu sobre o movimento democrático chinês que derrubou a última dinastia imperial chinesa: depois publicaremos noticias sobre este movimento.






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