sexta-feira, 20 de março de 2015

A OEA CONTRA OS EUA

Todos os países da OEA, menos EUA e Canada, desaprovaram a Ordem Executiva assinada pelo Presidente dos EUA, Barack Obama, assinada dia 9 passado que considera a Venezuela uma grave ameaça à segurança pública dos EUA. Segundo o jornal O Globo, mesmo aqueles Diplomatas que "admitiram indícios de excessos do Governo de Nicolás Maduro (...) consideraram a ação dos EUA unilateral, exagerada e polarizadora. E temem que o confronto capture a agenda da 7ª Cúpula das Américas em abril".

Destaca-se a ingenuidade ou cinismo do representante interino dos EUA na OEA, Michael Fitzpatrick. Segundo ele:

"A linguagem da Ordem Executiva foi mal compreendida e interpretada" e “os EUA não estão preparando uma invasão militar” ou "buscando desestabilizar ou derrubar o Governo Maduro em um golpe de Estado".

Contudo, o jornal O Globo, cuja subordinação à política norte-americana é conhecida e reconhecida unanimemente não pôde negar os fatos. Segundo ele:

"Quase em uníssono os membros da OEA concordaram com a Venezuela de que a Ordem Executiva dos EUA viola princípios internacionais de não intervenção internacional. A exceção foi o Canadá, que não mencionou as sanções americanas”.

Ao que tudo indica as revelações e denúncias, sempre falsas, da rede de jornais a qual pertence O Globo que mantém uma campanha de mentiras e calúnias sobre a Venezuela não conseguiu convencer um só país da América Latina. Para concluir voltemos as declarações ingênuas ou cínicas do representante interino dos EUA na OEA:

"Não estamos participando de uma conspiração internacional para prejudicar a economia ou o povo venezuelano - disse Fitzpatrick - o que a Ordem Executiva deixa muito claro é que a questão premente é a erosão dos direitos humanos e da democracia na Venezuela”. Como afirma O Globo:

“Para o representante americano são notórios os casos de abuso do Governo Maduro, antecipando as críticas de que os EUA acabaram ainda mais polarizando a OEA, Fitzpatrick disse que seu país respeita as posições dos que acreditam que não se deve fazer barulho contra as violações na Venezuela, para não prejudicar a tentativa de diálogo. Mas deixou claro que Washington não concorda com essa visão. E cobrou os sócios da Organização:

'Devemos perguntar se nós da OEA, instituição fundada sobre princípios democráticos, não denunciarmos agora, quando faremos ?' - questionou Fitzpatrick - a história de democratização nesse hemisfério foi escrita com a tinta da solidariedade aqueles que tiveram seus direitos negados. Sem essa solidariedade internacional teria sido possível para ex-prisioneiros políticos participar da política democrática e ganhar eleições aos mais altos cargos em suas nações como Dilma Rousseff, Michele Bachelet (Chile) e José Mujica (Uruguai)".

Parece que temos que retirar a possibilidade de inocência, esse senhor é simplesmente um cínico. Pergunte a Dilma Rousseff, a Michele Bachelet e a José Mujica quanto devemos aos EUA a transição democrática que conseguimos com nosso sangue. Mas sim sabemos quanto as ditaduras neste continente foram apoiadas e até mesmo criadas pelos governos dos EUA, segundo as confissões e as revelações dos próprios personagens que as executaram. E todas as vezes atribuíram nossas denúncias à propaganda anti norte-americana.

Se existe alguma dúvida a respeito dessas realidades brutais veja-se o efeito da campanha nas Redes Sociais exigindo a revogação da Ordem Executiva de Barack Obama, intitulada #OBAMADEROGAELDECRETOYA que alcançou o primeiro lugar entre os Trending Topics do Twitter durante grande parte do dia de hoje. Se você está de acordo, você ainda pode agregar sua opinião. Ver publicação anterior neste Blog.

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