Todos os países da OEA,
menos EUA e Canada, desaprovaram a Ordem Executiva assinada pelo
Presidente dos EUA, Barack Obama, assinada dia 9 passado que
considera a Venezuela uma grave ameaça à segurança pública dos
EUA. Segundo o jornal O Globo, mesmo aqueles Diplomatas que
"admitiram indícios de excessos do Governo de Nicolás Maduro
(...) consideraram a ação dos EUA unilateral, exagerada e
polarizadora. E temem que o confronto capture a agenda da 7ª Cúpula
das Américas em abril".
Destaca-se a ingenuidade
ou cinismo do representante interino dos EUA na OEA, Michael
Fitzpatrick. Segundo ele:
"A linguagem da
Ordem Executiva foi mal compreendida e interpretada" e “os EUA
não estão preparando uma invasão militar” ou "buscando
desestabilizar ou derrubar o Governo Maduro em um golpe de Estado".
Contudo, o jornal O
Globo, cuja subordinação à política norte-americana é conhecida
e reconhecida unanimemente não pôde negar os fatos. Segundo ele:
"Quase em uníssono
os membros da OEA concordaram com a Venezuela de que a Ordem
Executiva dos EUA viola princípios internacionais de não
intervenção internacional. A exceção foi o Canadá, que não
mencionou as sanções americanas”.
Ao que tudo indica as
revelações e denúncias, sempre falsas, da rede de jornais a qual
pertence O Globo que mantém uma campanha de mentiras e calúnias
sobre a Venezuela não conseguiu convencer um só país da América
Latina. Para concluir voltemos as declarações ingênuas ou cínicas
do representante interino dos EUA na OEA:
"Não estamos
participando de uma conspiração internacional para prejudicar a
economia ou o povo venezuelano - disse Fitzpatrick - o que a Ordem
Executiva deixa muito claro é que a questão premente é a erosão
dos direitos humanos e da democracia na Venezuela”. Como afirma O
Globo:
“Para o representante
americano são notórios os casos de abuso do Governo Maduro,
antecipando as críticas de que os EUA acabaram ainda mais
polarizando a OEA, Fitzpatrick disse que seu país respeita as
posições dos que acreditam que não se deve fazer barulho contra as
violações na Venezuela, para não prejudicar a tentativa de
diálogo. Mas deixou claro que Washington não concorda com essa
visão. E cobrou os sócios da Organização:
'Devemos perguntar se nós
da OEA, instituição fundada sobre princípios democráticos, não
denunciarmos agora, quando faremos ?' - questionou Fitzpatrick - a
história de democratização nesse hemisfério foi escrita com a
tinta da solidariedade aqueles que tiveram seus direitos negados. Sem
essa solidariedade internacional teria sido possível para
ex-prisioneiros políticos participar da política democrática e
ganhar eleições aos mais altos cargos em suas nações como Dilma
Rousseff, Michele Bachelet (Chile) e José Mujica (Uruguai)".
Parece que temos que
retirar a possibilidade de inocência, esse senhor é simplesmente um
cínico. Pergunte a Dilma Rousseff, a Michele Bachelet e a José
Mujica quanto devemos aos EUA a transição democrática que
conseguimos com nosso sangue. Mas sim sabemos quanto as ditaduras
neste continente foram apoiadas e até mesmo criadas pelos governos
dos EUA, segundo as confissões e as revelações dos próprios
personagens que as executaram. E todas as vezes atribuíram nossas
denúncias à propaganda anti norte-americana.
Se existe alguma dúvida
a respeito dessas realidades brutais veja-se o efeito da campanha nas
Redes Sociais exigindo a revogação da Ordem Executiva de Barack
Obama, intitulada #OBAMADEROGAELDECRETOYA que alcançou o primeiro
lugar entre os Trending Topics do Twitter durante grande parte do dia
de hoje. Se você está de acordo, você ainda pode agregar sua
opinião. Ver publicação anterior neste Blog.
Nenhum comentário:
Postar um comentário