Desde o começo do século XX esta fase de violentas contradições internacionais levou ao fenômeno das guerras mundiais. A primeira resultou na Revolução Russa e no aparecimento, portanto, do primeiro Estado sob a direção dos trabalhadores e dos camponeses.
Entre a primeira e a segunda guerra mundial a crise de 1929 aprofundou as contradições interimperialistas dando origem ao nazismo alemão e seu projeto de dominação da Europa e da construção do Eixo com Itália e Japão para completar o domínio mundial. Esta foi a origem da segunda guerra mundial, com 60 milhões de mortos e culminada com o lançamento das bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki. Inaugurava-se assim o rompimento da matéria pelo conhecimento científico e sua aplicação na destruição massiva da própria humanidade.
Hoje vivemos uma nova etapa de luta mundial pelo acesso às matérias-primas que marcaram o pós-guerra e as novas matérias-primas que sustentam os novos materiais que fazem parte da terceira revolução industrial.
Neste momento a América Latina e particularmente a América do Sul aumentam dramáticamente sua importância no processo de globalização em marcha.
Surge no quadro internacional a oportunidade de expansão dos novos países industriais que a partir de profundas reformas agrárias e um forte capitalismo de Estado criam as condições para dinâmicos processos de desenvolvimento.
Entre esses países a China Popular com uma poderosa reestruturação do Estado e dos mecanismos de planejamento econômico sob uma direção política fundada nas forças populares (sobretudo operárias e camponesas) que lhes permite uma dinâmica econômica onde se combina a expansão do mercado interno colossal, uma abertura para a dinâmica exportadora típica da terceira revolução industrial, a gestão de um Estado em forte modernização sob a direção do Partido Comunista Chinês e (para desequilibrar totalmente a economia mundial) a clara orientação para o avanço da revolução científico-técnica e a disputa pela hegemonia da mesma junto com o estabelecimento de uma nova civilização planetária.
Neste quadro, é absolutamente necessário que a América do Sul recém articulada na UNASUL se dedique a conhecer detalhadamente as riquezas naturais que hoje estão sob domínio em grande parte dos capitais internacionais dos mercados de commodities e dos derivados financeiros, entre os quais o fantasioso mercado de futuros.
Neste contexto, nos seus dois anos de gestão, Alí Rodrigues Araque produziu vários encontros sobre essa temática replicados pelos vários Conselhos que compõem a UNASUL, entre os quais o de Segurança e o de Ciência e Tecnologia e o início de várias pesquisas e propostas de criações institucionais para dotar a região dos instrumentos necessários para a sobrevivência dos seus povos. Lembremo-nos que as explorações mineiras e os latifundios rurais vieram desde a colônia destruindo nossos potenciais mineiros, agrícolas e humanos.
Num importante acordo com o Conselho Latino Americano de Ciências Sociais - CLACSO se incia a divulgação desses trabalhos com a publicação do Livro abaixo indicado.
Seguramente a Secretaria-Geral da UNASUL, sob a nova gestão do ex-Presidente colombiano Ernesto Samper, dará continuidade a estas linhas de trabalho.
O livro abaixo faz um levantamento cuidadoso das principais Instituições voltadas para o estudo dos recursos naturais. Um instrumento necessário para avançar e aprofundar os objetivos já referendados pelo Conselho de Presidentes e Chefes de Estado da UNASUL.
Da página da CLACSO (http://www.clacso.org.ar/libreria-latinoamericana/libro_detalle.php?id_libro=903&pageNum_rs_libros=0&totalRows_rs_libros=871):
"Catálogo de instituciones y redes de investigación e información sobre recursos naturales
Unión de Naciones Suramericanas UNASUR. [Compilador]
....................................................................................
ISBN 978-9942-941-01-5
UNASUR. CLACSO.
Quito.
Agosto de 2014
La
gestión de los recursos naturales, además de estar en el centro de la
agenda de los países de UNASUR, es un proceso muy dinámico y requiere un
acompañamiento atento. La información y el conocimiento son fuente
fundamental para la elaboración de políticas y la toma de decisiones,
por lo que es indispensable crear instrumentos que permitan avanzar en
esta dirección. Se hace necesario un trabajo de investigación permanente
y sistemático para profundizar el estudio y el conocimiento de las
diversas dimensiones que implica el aprovechamiento de los recursos
naturales como base para el desarrollo integral de la región.
Este Catálogo de Instituciones y Redes de Investigación e Información
sobre Recursos Naturales es un esfuerzo por dotar de instrumentos de
investigación y producción de información sobre el tema a una diversidad
de usuarios del ámbito académico, político, social y de las diversas
instancias de UNASUR. Además, promover. la articulación de una amplia
red de investigadores e instituciones de investigación relacionadas con
las diferentes dimensiones del estudio de los recursos naturales y sus
impactos en la vida económica y social en la región."
Baixe o livro gratuitamente nesse link: Catálogo de instituiciones y redes de investigación e información sobre recursos naturales
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