IMPERIALISMO E DEPENDÊNCIA: REVISITANDO UM CLÁSSICO
Carlos Eduardo Martins*
1. Um Panorama da Obra de Theotônio Dos SantosCarlos Eduardo Martins*
e) A sua postulação da identidade regional dos processos revolucionários latino-americanos. Esta afirmação ganha força à medida que a integração das forças produtivas torna as tendências ideológicas da conjuntura cada vez mais abrangentes, fazendo-as ganhar espaço crescente nas agendas públicas nacionais. A eleição de Hugo Chavez e Evo Morales, sua articulação com Fidel Castro, Lula e Kirchner têm impulsionado as forças de esquerda e centro-esquerda na região e desatado uma enorme reação conservadora, cuja confrontação está em processo de maturação e desenhará o panorama das lutas sociais para o próximo decênio.
* Chefe do departamento de Ciência Política do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP), diretor acadêmico da REGGEN.
* Chefe do departamento de Ciência Política do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP), diretor acadêmico da REGGEN.
[1] Entre estes se destacam não apenas os esforços do próprio Theotônio dos Santos que reorienta a teoria da dependência para destacar na economia mundial um tema central de investigação, mas os de André Gunder Frank, Samir Amin e, sobretudo, o grupo do Fernand Braudel Center, com Immanuel Wallerstein e Giovanni Arrighi, que desenvolverão, entre outros, os conceitos de moderno sistema mundial – como superestrutura política da economia-mundo capitalista –, ciclos sistêmicos e de semiperiferia.
[2] O multinacionalismo tem levado a superexploração do trabalho aos países centrais ao destruir a pequena e média burguesia, elevar o desemprego, precarizar o emprego e reduzir os salários, como é o caso, em particular, dos Estados Unidos.
[3] Já em A ideologia Alemã (1846), Marx e Engels afirmam que o comunismo depende para o seu desenvolvimento da universalização das forças produtivas e que qualquer vitória do comunismo que seja local está destinada a ser varrida pela expansão das trocas.
[2] O multinacionalismo tem levado a superexploração do trabalho aos países centrais ao destruir a pequena e média burguesia, elevar o desemprego, precarizar o emprego e reduzir os salários, como é o caso, em particular, dos Estados Unidos.
[3] Já em A ideologia Alemã (1846), Marx e Engels afirmam que o comunismo depende para o seu desenvolvimento da universalização das forças produtivas e que qualquer vitória do comunismo que seja local está destinada a ser varrida pela expansão das trocas.
[4] Estes déficits são função dos monopólios tecnológicos, financeiros e comerciais internacionais e se apresentam nos pagamentos de fretes, nas remessas de lucros, pagamentos de serviços tecnológicos, assistência técnica, patentes, juros e serviços da dívida.
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