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terça-feira, 30 de novembro de 2010

CERIMONIA DE ENTREGA DO TÍTILO DE PROFESSOR EMÉRITO

O reitor da Universidade Federal Fluminense,

professor Roberto de Souza Salles, tem a honra de convidar

V.Sa. para a solenidade de entrega do título de Professor Emérito ao

Professor Theotonio dos Santos

a realizarse no dia 15 de dezembro de 2010, às 15 horas, no Auditório

do ICHF - Rua Prof. Marcos Waldemar de Freitas Reis, s/n,

Bloco O, 2° andar - Campus do Gragoatá - Niterói-RJ.

NOVAS AMEAÇAS DA DIREITA ESTADUNIDENSE

Fidel Castro volta a chamar atenção sobre a onda direitista como ameaça de uma guerra que pode converter-se em nuclear. As forças pró-imperialistas dos Estados Unidos desesperadas brincam com fogo.

Uma insólita reunião acontecera no Capitólio dos Estados Unidos entre um grupo de legisladores da direita fascista desse país e líderes da direita oligárquica e golpista da América Latina. Ali se falou do derrubamento dos governos da Venezuela, da Bolívia, do Equador e da Nicarágua.

O fato aconteceu poucos dias antes do encontro de Ministros de Defesa dos países do hemisfério, em Santa Cruz, na Bolívia, onde o presidente Evo Morales pronunciou sua enérgica denúncia em 22 de novembro.

Mas não se tratava de uma campanha midiática caluniosa ?algo habitual na política imperialista?, senão de uma atividade conspirativa que, com certeza, conduziria na Venezuela a um inevitável derramamento de sangue.

Pela experiência vivida ao longo de muitos anos, não albergo a menor dúvida do que aconteceria na Venezuela se Chávez fosse assassinado. Não haveria que partir de um plano prévio contra o Presidente; bastaria um alucinado, um consumidor habitual de drogas, ou a violência desatada pelo narcotráfico nos países da América Latina, para produzir na Venezuela um problema extremamente grave. Analisando o fato do ponto de vista político, as atividades e os hábitos da oligarquia reacionária proprietária de poderosos meios de informação, encorajada e financiada pelos Estados Unidos, conduziria inevitavelmente a choques sangrentos nas ruas venezuelanas, como são as intenções claras da oposição venezuelana, semeadora de ódio e atos de violência a olhos vistos.

Guillermo Zuloaga ?proprietário de um canal de televisão opositor à Revolução Bolivariana e prófugo da justiça venezuelana?, é um dos conspiradores que participou da reunião de congressistas convocada por Connie Mack e Ileana Ros-Lehtinen ?de origem cubana e filiação batistiana?, conhecida por nosso povo como a “loba feroz” por sua conduta repugnante aquando do seqüestro de Elián González e sua negativa de entregar o menino a seu pai. A congressista republicana é um símbolo do ódio e do ressentimento contra Cuba, a Venezuela, a Bolívia e os demais países da ALBA; quase com toda certeza o Congresso dos Estados Unidos a elegerá Presidenta do Comitê de Relações Exteriores da Câmara de Representantes; foi defensora do governo golpista de Honduras, rejeitado pela maioria dos países da América.

O Governo Bolivariano da Venezuela estava perante um grave e provocador desafio. Era um tema realmente delicado. Perguntava-me qual seria a reação de Chávez. A primeira resposta enérgica partiu de Evo Morales em seu brilhante e sentido discurso que nosso povo já conhece hoje. Há dois dias, na terça-feira 23, foi anunciado que Chávez abordaria o tema na Assembléia Nacional.

O ato foi convocado para as 17h00 e começou quase exatamente à hora marcada. Os discursos ali pronunciados foram enérgicos e precisos. Todas as atividades decorreram em apenas duas horas e alguns minutos. Os venezuelanos tinham tomado o problema bem em sério.

Chávez começou mencionando os nomes de numerosas pessoas presentes e, depois de brincar com a nova campeã mundial de Katá e o jogo entre dois times profissionais de Beisebol, entrou progressivamente em matéria:

“…vou, na verdade, na verdade, na verdade, ser breve. Foi dito, digam-me, esse documento que foi lido pelo deputado Roy, obrigado Roy, Roy Daza, por essa leitura; esse documento, não só em defesa da Venezuela, como aqui já foi dito, Eva o disse. Não, estamos saindo em defesa da pátria humana; a gente poderia dizer, inclusive, em defesa da possibilidade humana.

“Trouxe uns livros […] Este foi o mesmo exemplar, já está um pouquinho desgastado, que ergui lá, nas Nações Unidas, Chomsky, Hegemonia ou sobrevivência —continuo recomendando este livro—: A estratégia imperialista dos Estados Unidos, Noam Chomsky. Eva o mencionava e nos lembrava a este grande do pensamento crítico, do pensamento criador, da filosofia, da luta pela humanidade.

“Eis a continuação deste, Estados falidos: o abuso de poder e o ataque à democracia. Aqui, nada mais e nada menos, Chomsky coloca a tese de que o primeiro Estado falido neste mundo é o Estado estadunidense, um Estado falido, uma verdadeira ameaça para todo o planeta, para todo o mundo, para a espécie humana.”

“Aqui tem uma parte da entrevista, das conversações, onde Chomsky faz reflexões acerca da América Latina e sobre a Venezuela, de maneira muito valente, muito objetiva e generosa, defendendo nosso processo revolucionário, defendendo nosso povo, defendendo o direito que temos e estamos exercendo, de dar-nos nosso próprio caminho, como todos os povos do mundo têm, e o império ianque tem desconhecido este direito e pretende desconhecê-lo.

“No mesmíssimo capitólio federal —acho que o chama—, na mesmíssima Washington se reuniu, foi instalada uma cúpula de terroristas; uma cúpula, uma patota —diriam os argentinos, e também os venezuelanos falamos patota—, uma verdadeira patota de delinqüentes, trapaceiros, terroristas, ladrões, malandros, reuniram-se, e, além disso, aprovados por ‘prestigiosas’ figuras do estabelecimento, do establishment, não só das correntes da extrema direita republicana, mas também do Partido Democrata, e lançaram —como já foi dito aqui, Eva o disse, também Roy no maravilhoso documento que leu, um documento de Estado, um documento nacional— abertamente uma ameaça contra a Venezuela, contra os países e os povos da Aliança Bolivariana.

“Saudamos desde aqui a Evo Morales, valente companheiro, camarada, e ao povo da Bolívia.

“Saudamos desde aqui a Rafael Correa, valente companheiro, camarada, e ao povo equatoriano.

“Saudamos desde aqui a Daniel Ortega, esse comandante presidente, valente companheiro, camarada, e ao povo da Nicarágua.

“Saudamos desde aqui a Fidel Castro, a Raúl Castro e a esse valente povo cubano.

“Saudamos desde aqui a todos os povos do Caribe, a Roosevelt Skerrit e ao povo de Dominica, valentes líderes; São Vicente e as Granadinas; Ralph Gonçalves, Spencer, aos povos da ALBA, da Aliança Bolivariana, a seus governos, aos nossos governos, e, é claro, desde aqui ao povo bravio da Venezuela, nosso compromisso e nosso apelo à unidade e a continuar batalhando pelo futuro da pátria, pela independência, cuja ata original —já o disse nossa presidenta Cilia— aí está, a ata original que data de 200 anos.

“Estamos entrando já em 2011, preparemo-nos de todos os pontos de vista: espiritual, político, moral, para comemorar os 200 anos daquele primeiro Congresso, daquela primeira Constituição, a primeira da América Latina, daquele nascimento da Primeira República, o nascimento da pátria venezuelana, muito mais que em 5 de julho, é todo 2011, e o início da guerra revolucionária de independência que comandou primeiro Miranda, depois Bolívar e os grandes homens e mulheres que nos deram pátria.

“O documento que lia Roy Daza começa fazendo citação de uma frase de Bolívar em carta ao agente Irving, um agente estadunidense que veio aqui para reclamar aqueles navios que Bolívar e suas tropas apreenderam no Orinoco porque os Estados Unidos enviavam armas e apetrechos.

“Não é novo, Eva, não é novo tudo isso que você denuncia aí, de enviar milhões de dólares, apoio logístico. Não. Desde essa época o governo dos Estados Unidos enviava armas e apetrechos às tropas imperialistas da Espanha. E é famoso. Assim o recolheu em parte esse bom escritor cubano, Francisco Pividal, em outro livro que não deixo nunca de recomendar: Bolívar, pensamento precursor do antiimperialismo. Lê-se de uma vez. E tema í um conjunto de citações extraordinárias. Você já sublinhava uma.



“Mas em alguns trechos de algumas dessas cartas de Bolívar a Irving —acho que foi a última que ele lhe enviou—, quando já Irving começa a ameaçá-lo com o uso da força, Bolívar lhe diz: não vou cair na provocação, nem em essa linguagem. Só desejo dizer-lhe, senhor Irving —por aí está escrito, vou parafrasear, porque é a idéia, é a dignidade de nosso pai Bolívar o que se impõe, o que importa nesta sala plena de magia, plena de símbolos, plena de pátria, plena de sonhos, plena de esperança, plena de dignidade—, disse-lhe Bolívar: Saiba, senhor Irving, que mais da metade ou a metade —era 1819, já tinha decorrido quase uma década de guerra a morte— ou quase a metade dos venezuelanos e venezuelanas morreu na luta contra o império espanhol, a outra metade dos que cá ficamos estamos ansiosos de seguir esse mesmo caminho se Venezuela tivesse que enfrentar o mundo inteiro por sua independência, por sua dignidade.

“Esse era, esse é Bolívar, e aqui estamos seus filhos, suas filhas, Maria, dispostos a fazer a mesma coisa. Saiba o mundo, estamos dispostos a fazer a mesma coisa. Se o império ianque, com todo seu poderio, do qual não nos rimos, não, é preciso levá-lo em conta —como bem nos recomenda Eva—; decidisse agredir, continuar agredindo e agredir abertamente Venezuela para tentar deter esta revolução, cá estamos dispostos, saiba, senhor império e suas personificações, que aqui estamos dispostos a fazer a mesma coisa: a morrer todos por esta pátria e sua dignidade!

“Haveria que se perguntar, essa reunião de cúpula de terroristas que se reuniu em Washington, alguns venezuelanos, bolivianos, instrumentos de genocídio —como se perguntava ontem um bom jornalista em uma entrevista— seria bom saber quê passaporte estão usando esses delinqüentes, por onde entraram, se alguns deles estão no código vermelho da INTERPOL. Chegaram muito fácil, e chegam e passeiam pelas ruas de Washington, são bem tratados. Por isso tem razão Noam Chomsky. Repito com Noam Chomsky: O Estado estadunidense é um Estado falido que age mais além das leis internacionais, não respeita absolutamente nada e se sente, também, com direito a fazê-lo, não responde perante ninguém. É uma ameaça não só para a Venezuela e para os povos do mundo, senão para seu próprio povo, povo que é agredido permanentemente por esse Estado antidemocrático.

“Vejam aqui, apenas um resumo. Wikileaks, familiar, não é?

“O quê dirá esta senhora representante, fascista, que nos chama a nós, a Evo, a Correa e a mim, foragidos? Foragida ela, é uma foragida que bem pudesse um tribunal venezuelano solicitar extradição dessa foragida por estar cometendo delitos e conspirando, e muitos outros, contra a soberania do nosso país. É uma foragida. Só resta desmascará-la perante o mundo; é o que resta, e aos foragidos.

“O quê dirão esses foragidos, sobre isto, por exemplo?

“Leio:

“‘O quê dirá o Parlamento estadunidense sobre estes relatórios, sobre estes documentos que eram secretos e agora têm sido publicados nesta página Wikileaks? O quê significará Wikileaks? Assim como Chávez Candanga.

“‘Em 15 de março de 2010, Wiki Candanga publicou um relatório do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, no qual tratava várias filtrações protagonizadas por esta Web relacionadas com interesses estadunidenses e propunha diversas vias para marginalizá-la: vídeo de assassinatos de jornalistas.’ Eis alguns dos documentos, são públicos. Seria bom ver se alguma autoridade nos Estados Unidos toma alguma iniciativa perante esses delitos, ou esses supostos delitos, não é? Não sou juiz para determiná-lo, supostos delitos graves cometidos por cidadãos de seu país, civis, militares; por seu governo.

“Leio: ‘No dia 5 de abril de 2010, Wikileaks publicou um vídeo no qual se vê como soldados estadunidenses assassinam o repórter de Reuters, Namir Noor-Eldeen, a seu ajudante e mais nove pessoas. Vê-se claramente que ninguém dos presentes fazia fintas de ataque ao helicóptero Apache do qual lhes disparavam. Ainda que a agência Reuters solicitasse em numerosas ocasiões o vídeo, foi-lhe negado até que Wikileaks conseguiu este vídeo inédito que pôs em xeque o aparelho militar dos Estados Unidos.’

“Bom, pôs em xeque é fala, né? Pelo menos moralmente.

“Mais uma vez, o quê dirão as Nações Unidas? O quê se passaria se isso acontecesse em alguns dos países da ALBA? O quê se passaria? O quê dirá a OEA, o quê dirá o Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Conselho de Direitos Humanos? O quê dirá a tristemente célebre Corte Internacional de Direitos Humanos? Para que vejamos a dupla rasoura com que se medem aqui os direitos humanos, o respeito à vida, o terrorismo e todos esses fenômenos.

“Diários de guerra do Afeganistão, 25 de julho de 2010, foram também publicados. Registros da guerra do Iraque. Reparem nesta frase: ‘Em 22 de outubro de 2010’—há poucos dias— ‘Wikileaks tornou público em sua página Web um compêndio denominado Documento da guerra no Iraque, que contém 391 831 documentos filtrados, desde o Pentágono, sobre a guerra do Iraque e sua ocupação, entre 1 de janeiro de 2004 e 31 de dezembro de 2009, nos quais se revelam, entre outros assuntos, o uso sistemático de torturas, a cifra de 109 032 mortos no Iraque, dos quais 61 081 foram civis, 63%; 23 984 'inimigos etiquetados como insurgentes', 15 196 chamados do país anfitrião.’ Que maneira de visitar um país! ‘E 3 771 mortos 'amigos', força da coligação. Os documentos revelam que cada dia morreram 31 civis como média durante um período de seis anos.’

“Quem investiga isto? Quem responde por isto? Não, é o império, é o falido Estado norte-americano. Leio esta frase: ‘Estes documentos que estão ordenados cronologicamente e por categorias descrevem ações militares mortais que afetam o exército dos Estados Unidos, incluindo o número de pessoas assassinadas, feridas o detidas como resultado dessas ações, bem como a localização geográfica precisa de cada acontecimento; além disso, detalha as unidades militares implicadas e as armas utilizadas.’ Suficientes detalhes para uma investigação.

“O quê dirá o Congresso dos Estados Unidos sobre isto? Lá está nosso embaixador em Washington. Você ainda é embaixador lá? Sim, você é embaixador. Que saibamos aqui não se disse nada, não é?

“Aqui diz: ‘A maioria das entradas do diário foram escritas por soldados e membros dos Serviços de Inteligência, que escutavam os relatórios transmitidos por rádio desde a frente de combate.

“‘Vítimas civis provocadas pela força da coligação. Ao mesmo tempo’, diz aqui, ‘foi publicado um grande número de ataques e mortes, como resultado dos disparos das tropas contra condutores desarmados, perante o temor de que esses fossem terroristas suicidas.

“‘Um relatório detalha como uma criança foi assassinada e outra resultou ferida quando o auto no qual viajavam recebeu os disparos das tropas. Em compensação por este ataque foi pagado a seus familiares 100 000 afganis pelo menino morto, 1 600 euros.’ O capitalismo paga, 20 000 afganis, 335 euros pelo ferido e 10 000 afganis, 167 euros pela viatura. E a tudo isso lhe chamam nos relatórios, aqueles que o redigem, ‘pequenas tragédias’, ‘pequenas tragédias’. Esta é a grande ameaça, a maior ameaça que hoje vive o planeta.

“O império ianque, sem dúvida, entrou em uma fase de declínio político, econômico e, sobretudo, ético; mas quem pode negar seu grande poderio militar, que, combinando esses fatores, converte este, o mais poderoso império da história da Terra, em uma ameaça muito maior para nossos povos. O quê nos resta? Já foi dito também: unidade, unidade e mais unidade.

“O quê vai fazer o Congresso dos Estados Unidos a partir de janeiro, um Congresso de extrema direita? Bom, o Parlamento venezuelano a partir de 5 de janeiro deve ser de extrema esquerda.

“E faço um apelo para os deputados e deputadas eleitos pelo povo, pelos movimentos populares, os movimentos sociais, os partidos da revolução, têm um grande compromisso a partir do 5 de janeiro.

“É na verdade inaudito, e Eva nos lembrou isso. Como é que aqui se continua permitindo que a gente, tendo esta Constituição —quanto custou, quantos anos de batalha, quanto suor, quanto sangue, quantos esforços; cá está bem claramente estabelecido, também está ali na primeira Constituição, a primeira ata de independência e nossa primeira Constituição, somos um país soberano—, a risco de que nos chamem outra vez ‘a pátria boba ou a revolução boba’, ou se quisermos ser muito mais populares na palavra ‘a revolução pentelha’; como é que a gente vai permitir que partidos políticos, ONGs, personalidades da contra-revolução continuem sendo financiados com milhões e milhões de dólares do império ianque e andem por aí fazendo uso da plena liberdade para abusar e violar nossa Constituição e tentar de desestabilizar o país? Imploro que seja feita uma lei bem severa para impedi-lo. Essa deve ser a forma como a gente deve responder à agressão imperial, à ameaça imperial, radicalizando posições, não afrouxando absolutamente nada, ajustando posições, afincando o passo, consolidando a unidade revolucionária. Não apenas um Parlamento, muito mais à esquerda, muito mais radicalmente à esquerda, precisamos de um governo muito mais radicalmente à esquerda, uma força armada, general Rangel —general em chefe, que o ascenderemos finalmente no sábado, que é 27 de novembro, Dia da Força Aérea—, muito mais radicalmente revolucionária, junto do povo.

“Não deve existir cabimento em nossas fileiras civis, militares, para palavras vagas. Não, uma só linha: radicalizar a revolução! E isso o tem que sentir essa grosseira burguesia apátrida, deve senti-lo! Essa burguesia venezuelana, sem-vergonha e sem pátria, deve sentir, deve saber que não é gratuito que um dos seus mais conotados representantes vá no mesmíssimo Congresso do império a arremeter contra a Venezuela e que continue tendo aqui um canal de televisão. E assim por diante, e assim desse jeito! A burguesia venezuelana deve saber que vai-lhe custar cara a agressão contra o povo, e não andar se passeando por aí.

“Lembro —aí está José Vicente Rangel, Maduro e companheiro, obrigado por nos acompanhar— quando no governo de Betancourt, inclusive foram apreendidos, sem julgamento prévio nem fórmula prévia, deputados dos partidos de esquerda, sem prova alguma os meteram na cadeia, tiraram-lhes a imunidade parlamentar.

“Dentro de poucas semanas ingressará neste recinto um grupo de deputados da extrema direita. Bom, apenas é preciso lembrar-lhes que aqui existe uma Constituição. Assim como foi ilegalizado aqui, em seu momento, o Partido Comunista da Venezuela, e muitos outros partidos, e a muitos deputados lhes retiraram a imunidade parlamentar, mesmo sem provas, outros foram para a montanha, como o grande Fabricio Ojeda, que renunciou a sua cadeira e foi para a montanha para dar o sangue pela revolução e pelo povo. Imagino que este digno Parlamento não aceitará, tendo a representação majoritária das forças populares, que aqui venha a força da ultra direita a tentar subverter a ordem constitucional. Suponho que o Estado, tenho a certeza de que o Estado ativará todos os mecanismos em defesa da Constituição e da lei perante as agressões que não se deixarão esperar.




“Em resumo, a ameaça... Como é que chamaram o evento dos terroristas? ‘Ameaça nos Andes’, né?, Nicolás; Perigo nos Andes, é como o título de um filme, Perigo nos Andes; aliás, haveria que advertir ou alertar o perigo no mundo, o perigo é mundial.

“mesmo agora tem uma situação, nestes momentos, lá na Península da Coréia. Quando eu vinha para cá ainda as notícias eram confusas, como confuso foi o afundamento daquele navio da Coréia do Sul, o Cheonan; mas depois surgiram evidências de que essa nave foi afundada pelos Estados Unidos. Agora em uma pequena ilha, naquela península dividida pelo império ianque, invadida, arrasada durante anos, existe uma situação de tensão, umas bombas, uns mortos e uns feridos.

“Fidel Castro leva vários meses alertando acerca dos graves riscos de uma guerra nuclear. Há pouco estive lá, mais uma vez, e me explicava, desenvolvia seu pensamento —já bastante o conhecemos, é claro, não há nada melhor que dialogar— e me dizia: ‘Chávez, qualquer teco ali nessa zona, cheia de armas de destruição maciça, de armas atômicas, pode escalar para uma guerra, que pudesse ser, primeiro, convencional...’; mas ele está convencido de que vai direto a uma guerra nuclear, que pudesse marcar o fim da espécie humana. Portanto, não é o perigo nos Andes, esquálidos de Washington; o perigo é mundial.

“Cá na Venezuela, como Eva dizia, acendeu-se uma luz, e na América Latina acendeu outra, acendeu outra e acenderam outras. Hoje podemos dizer —não Venezuela; não—: América Latina é o continente da esperança e o império ianque não pode fechar as portas da esperança.

“A nós, aos venezuelanos e venezuelanas, sempre nos coube, por alguma razão, ou por algumas razões de diferentes sinais, estar na vanguarda dessas lutas, há séculos.

“Vejo lá o retrato de Miranda, de Bolívar, e lá Martín Tovar e Tovar, Carabobo, e tudo isso Roy o lia e o dizia com paixão: Cá está, em nossos genes, em nosso sangue. Parafraseou Mao, o grande timoneiro.

“Esse império, esse Estado falido que são os Estados Unidos, apesar de seu imenso poder, de suas ameaças, vai terminar sendo um gigantesco tigre de papel e nós somos obrigados a nos converter em verdadeiros tigres de aço, pequenos tigres de aço, invencíveis, indomáveis.

“Senhora Presidenta, prometi ser breve, e o disse no começo, e o repito: Acho que tudo o que aqui devia ser dito, foi dito entre Eva Golinger, a valente mulher, e este valente cavaleiro deputado Roy Daza, recolhido nesse documento que agora entendo que vai circular pelos quatro cantos da Venezuela, e mais além, pela América Latina.

“Agradeço o convite a este ato; agradeço o gesto, e só, como mais outro, junto-me a este gigantesco batalhão, por assim dizer, em defesa da Venezuela, em defesa da pátria venezuelana.

“Olhando o quadro, mais do que um quadro, a obra monumental de Tovar e Tovar, a gente enxerga lá a infantaria, e enxerga lá a cavalaria. Inspiremo-nos ali: Infantaria, baionetas caladas, a passo redobrado! Cavalaria, ao galope, em defesa da pátria bolivariana, da Aliança Bolivariana de nossos povos!

“Abaixo o império ianque!”, exclamou finalmente, e vivas à ALBA, à Pátria e à Revolução.

Não há a menor dúvida de que Chávez, um homem de profissão militar, porém muito mais apegado à persuasão e ao diálogo do que à força, não hesitará para impedir que a direita pró imperialista e anti patriótica lance venezuelanos enganados contra a força pública para ensangüentar as ruas da Venezuela.

Na Bolívia e na Venezuela a máfia imperialista tem recebido uma resposta tão clara e enérgica que talvez não imaginava.

Fidel Castro Ruz

25 de novembro de 2010

18h34

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

ALBA 51: MANIFIESTO ANTIIMPERIALISTA EN DEFENSA DE LA PATRIA

MANIFIESTO ANTIIMPERIALISTA EN DEFENSA DE LA PATRIA
A CONFIANÇA REVOLUCIONARIA DE BOLIVAR FOI DEMONSTRADA NA PRÁTICA. AGORA QUE VIVEMOS UMA SITUAÇÃO SIMILAR EM TERMO DE POSSIBILIDADE HISTÓRICA DE LIBERARNOS DA DOMINAÇÃO IMPERIALISTA NORTEAMERICANA E EUROPÉIA E COLOCARMOS NOSSOS PAISES EM IGUALDADE DE CONDIÇÕES DIPLOMÁTICAS COM AS GRANDES POSTENCIA MUNDIAIS VALE A PENA LER O TEXTO DE BOLIVAR.
Por fortuna se ha visto con frecuencia un puñado de hombres libres vencer a imperios poderosos.
Simón Bolívar
(Carta a Juan Bautista Irvine, agente norteamericano, 1819)

Desde Caracas, capital de la República Bolivariana de Venezuela, los hijos e hijas de esta tierra que fue cuna y recinto predilecto de nuestro Libertador Simón Bolívar; los representantes de los Poderes Constitucionales, del Poder Popular y de todo nuestro pueblo, declaramos en este manifiesto la siguiente posición en defensa de nuestra patria: Planteamos al mundo la determinación de derrumbar las cadenas imperiales que nos han mantenido dominados hasta nuestros días. Sacar adelante el proyecto que está permitiendo liberar a los pueblos históricamente oprimidos de nuestra América es el objetivo estratégico. Quienes hemos tomado la decisión de construir nuestra propia historia, basada en los inalienables principios de autodeterminación y soberanía, hemos decidido continuar el tránsito en el sendero de la definitiva independencia de nuestras naciones, como continuación de los proyectos enmarcados en las gestas independentistas planteadas por nuestros libertadores hace doscientos años.

A quienes han pretendido mantenernos sometidos a los designios de los centros de poder, tanto en épocas coloniales como en estos tiempos de imperios, declaramos: con el ejemplo de Simón Bolívar, la valentía de nuestros hombres y mujeres que conformaron el Ejército Libertador, reafirmamos nuestro compromiso con el Proyecto Bolivariano, nuestra indoblegable entrega a la lucha por la liberación nacional y por la construcción de la patria.

Hoy, las fuerzas coloniales, enemigas de la independencia, son enormemente más poderosas que hace dos siglos. El imperio más grande y poderoso que haya existido en la historia de la humanidad no da tregua en su ambición infinita. Una vez más, somos testigos de las pretensiones opresoras que ya desde tiempos de la doctrina Monroe atentaban directamente contra el ideal bolivariano de la unión.

Pero en esta ocasión el pueblo de nuestra América está en pie de lucha, porque ha vuelto a levantarse, esta vez hecho millones. Ha vuelto a rebelarse para revindicar el martirio de millones de aborígenes masacrados en el mayor genocidio registrado en la historia de la humanidad, como lo fue la conquista y colonización de nuestro continente. Ha vuelto para liberar a los descendientes de los millones de hijos de la madre África que fueron arrancados a sangre y fuego de su vientre para vivir condenados a la esclavitud. Ha vuelto para recibir el legado de los hombres y mujeres que en la primera gesta de independencia dieron su sangre por construir un territorio de libertad, con sus luchas patrióticas en defensa de nuestra América libre y soberana.

EL INVENTARIO DE AGRAVIOS

Es por ello que la caja de los truenos volvió a ser abierta por quienes pretenden frenar el ímpetu libertario de ese pueblo. Tras una breve pausa de aparente voluntad de construir una coexistencia respetuosa entre el imperio y nuestros países, la farsa de la democracia estadounidense ha reeditado su viejo dictatum.

Tras los resultados de las elecciones legislativas de Estados Unidos, resucita el pacto bipartidista que pretende imponerle al mundo la sumisión a los designios del imperio yanqui, tras la ilusoria fachada de su falsa democracia.

En una vergonzosa demostración de soberbia imperial, los nuevos factores hegemónicos del parlamento estadounidense comienzan a lanzar sus amenazas a nuestra región, demostrando con ello que el sistema capitalista no distingue diferencias partidistas ni figuras más o menos carismáticas, que su proyecto es uno solo, y que su supervivencia depende del sometimiento de nuestros pueblos y de la conculcación de nuestros derechos para poder llevar adelante el expolio de nuestros recursos naturales y la explotación inescrupulosa de nuestros hombres, mujeres y niños.

Las amenazas ya han sido proferidas, en alta voz y bajo el patrocinio del propio congreso estadounidense, desde cuya emblemática sede nuestros países han sido abiertamente amenazados por una ultra derecha embriagada en sus delirios de victoria electoral, escoltada por un aquelarre compuesto por señalados representantes de los sectores más reaccionarios, de las oligarquías más rancias, de las clases históricamente dominantes, de los apátridas del continente. Por ello, no podemos subestimar el poder que nos amenaza.

En el contexto del siglo XXI, cuando los pueblos de nuestra América han decidido tomar el control sobre su propio destino, se intenta desconocer la voluntad popular plasmada en los procesos constituyentes, descalificándolos como manipulaciones al sistema democrático, sólo porque no se pliegan a la pantomima de democracia burguesa al gusto estadounidense, diseñada para contener los excesos de las mayorías en contra los privilegios de las minorías, según el planteamiento de James Madison, uno de sus principales ideólogos.

Dentro de este esquema, resulta pasmoso el descaro y la tranquilidad con la que los conjurados admiten estar trabajando por la exclusión del sistema internacional de los países de la Alianza Bolivariana para los Pueblos de Nuestra América (ALBA), buscando provocar un aislamiento como el que han venido intentando contra la gloriosa Revolución Cubana desde hace más de 50 años.

En ese propósito, se pretende desconocer la voluntad popular, arrojando dudas sobre aquellos procesos electorales cuyos resultados no son favorables a sus aliados políticos locales, sus lacayos incondicionales. En este entretejido de patrañas, el imperio intenta convencer al mundo de que la libertad de prensa comienza y termina con la satisfacción de los intereses corporativos de unos cuantos propietarios de empresas capitalistas del tráfico de información, y pretende imponerse el secuestro de la verdad como doctrina.

También se intenta descalificar cualquier corriente del pensamiento que no haga reverencias al altar del neoliberalismo, que no se incline ante el tótem del mal llamado “libre mercado”, o que no sucumba ante el fetiche de una apertura comercial fraudulenta, pensada para facilitar y legitimar que las grandes economías del norte devoren a las del sur, modelo perverso que en los últimos treinta años ha sumergido a los pueblos del mundo en la inequidad y en la pobreza.

Se pretende satanizar a un gobierno como el de Venezuela, legítimamente instaurado por la voluntad popular, que se ha perfilado a lo largo de once años como catalizador del desarrollo y constructor del bienestar de su pueblo. En la misma línea, se acusa de dependencia y concentración de poder a la acción mancomunada de las instituciones del Estado, solamente porque comparten una visión y un proyecto de país, recogido en una Constitución refrendada popularmente.

Se desprecia el nacimiento de nuevos actores económicos, los cuales reducen las desigualdades sociales, mediante la democratización de las oportunidades y la redistribución de la riqueza, políticas que a su vez, no se conjugan con los intereses de las transnacionales y de las oligarquías, cuestión que quiebra la tradicional estructura económica basada en la conocida división internacional del trabajo, modelo generador de desigualdades entre el centro y la periferia del poder económico mundial.

Nuestra nueva independencia pasa por quebrar las lógicas supranacionales de dominación, generadoras de pobreza y demás problemas sociales. Se ha pretendido desconocer los avances en materia de reducción de la pobreza, puesto que nuestra meta, en ese sentido, no es apaciguar la miseria, sino acabar con los factores económicos que la originan.

La imposición del pensamiento liberal-burgués, manipula una y otra vez con el chantaje del supuesto desarrollo económico, que desde su lógica toma en cuenta únicamente los tamaños de las economías y la generación de supuesta riqueza, que no es más que la plusvalía de las grandes corporaciones, despreciando los avances de las sociedades en términos sociales, culturales o ambientales, y la evolución de otros indicadores integrales de aceptación internacional, como el Índice de Desarrollo Humano o el Coeficiente de Gini, son simplemente despreciados.

Con una audacia que raya en la temeridad, se desvirtúa con mentiras la realidad de lo que pasa en nuestros países, desconociendo los avances en educación, en inclusión social, en democratización del acceso a la información, a los alimentos, a las fuentes de trabajo, al uso de la tierra, a la salud, y en definitiva, en el aumento de la equidad social.

Los tecnócratas defensores del modelo de expoliación de nuestros países pretenden blindar para su disfrute exclusivo y excluyente sectores estratégicos de la economía como la banca, los servicios públicos, la extracción de materias primas o la explotación de la tierra, en virtud de lo cual alzan sus voces con indignación frente a la acción firme y decidida del Estado popular y patriótico en la regulación y control de estos sectores primordiales para el desarrollo nacional de nuestras sociedades.

Así, se desconoce la potestad de los Estados para ejercer su soberanía sobre los sectores sensibles de la economía, que tradicionalmente se han mantenido en manos de los grupos poderosos que han impedido el acceso del pueblo a los beneficios que por derecho propio tiene sobre éstos.

Por todo lo anterior, el proyecto redivivo de estos sectores retrógrados descalifican las figuras de líderes electos con masivo apoyo popular, y para ello no escatiman en manipular, a través de su potente aparato de difamación masiva, las realidades regionales, históricas o culturales, dejando en evidencia el carácter racista, supremacista, de su comportamiento, que remonta a los tiempos de la Alemania nazi y de la Italia fascista.

De esa misma materia es que está hecha la demonización de la cultura musulmana y en particular del digno pueblo persa, pretendiendo correr un velo de “maldad” como justificación para imponer a nuestros países con quién pueden y con quién no pueden vincularse, criminalizando las normales relaciones entre los miembros de la comunidad internacional.

Mientras tanto, quienes argumentaban que el imperialismo era un concepto pasado de moda, pueden ver en esta arremetida la más rampante y soez muestra de la prepotencia imperial estadounidense, que tanto terror y miseria ha sembrado en nuestros países a lo largo de la historia y que sólo es de necios o de cómplices tratar de ignorar.

Una vez más, resulta vergonzoso el papel servil de algunos felones al servicio de potencias extranjeras, que aún continúan viviendo de la explotación y sumisión de su propio pueblo, y que ponen el poder económico, político, cultural y mediático que aún detentan, al servicio de destruir la Revolución Bolivariana, no por los errores que ésta pueda haber cometido, sino por sus enormes aciertos: por haber puesto al servicio del pueblo las riquezas de la nación, por haber recuperado la soberanía, la dignidad y la esperanza del pueblo venezolano, y por haber sido artífice de la auténtica unidad con otros pueblos de nuestra América, que hoy logra sus mayores frutos en el ALBA.

Ante estas pretensiones, se reivindica el pensamiento y acción del Libertador Simón Bolívar y la idea de la unión, que elevan y defienden los pueblos del continente.

LLAMAMIENTO AL PUEBLO DE VENEZUELA

Frente a las absurdas pretensiones y amenazas de estas corrientes imperiales que vienen desde los Estados Unidos, nuestro llamado es a la unidad y movilización permanente en defensa de la patria, en defensa de la Constitución y en respaldo al Jefe de Estado, que son objeto de una conspiración y agresión permanente.

Por eso, respaldamos la necesidad de reaccionar como pueblo unido, dejando de lado nuestras diferencias menores, poniendo por delante la dignidad nacional, el patriotismo, el deseo de igualdad y justicia que hoy, como hace doscientos años, anida en el corazón de cada hombre y mujer de buena voluntad de nuestra tierra.

Es por esto que llamamos a los hombres y mujeres que aman a Venezuela, a manifestar su justa indignación contra la obscena amenaza a nuestra Nación, que se organiza desde la propia capital de los Estados Unidos, con la complicidad de la oligarquía apátrida, continental y nacional. Convocamos, pues, a la defensa irrestricta de la patria, con la movilización popular, porque está en juego el futuro de Venezuela.

En los campos, en los ríos, en la selva, en el monte, en los llanos, en los andes, en el mar, en cada hogar, en cada aula, en cada oficina, fábrica y taller, los patriotas deben conocer y denunciar el peligro que se cierne sobre nuestra patria, actuando con responsabilidad, con organización, con unidad y conciencia nacional.

No volveremos a ser colonia, pues por nuestras venas palpita la sangre de Guaicaipuro, de Simón Bolívar, de Ezequiel Zamora, de Manuela Sáenz y del Negro Primero, de todos los hombres y mujeres que a diario construyen la patria con amor, responsabilidad y sacrificio.

A LOS PUEBLOS DEL ALBA, DE NUESTRA AMÉRICA Y DEL MUNDO

El golpe de Estado en Honduras, el acicate insurreccional en Bolivia, el intento de golpe y magnicidio en Ecuador, el intento por desconocer la soberanía de Nicaragua sobre su territorio, el acoso histórico contra Cuba y las amenazas directas a Venezuela, son el preámbulo del hostigamiento que la derecha del norte desatará contra nuestros países, y las recientes maniobras contra los países del ALBA en la OEA son testimonio irrefutable de la siniestra operación en marcha.

Frente a esta arremetida, nuestra estrategia seguirá siendo la unidad y el desarrollo de los proyectos grannacionales y de los demás acuerdos de integración entre los países de América Latina y del mundo, en abierta oposición al hegemonismo estadounidense. El pueblo de Venezuela, los pueblos del ALBA, los pueblos de nuestra América y del mundo, venceremos las pretensiones del imperialismo yanqui, que no intenta otra cosa que salir de sus crisis con más guerra y saqueo a los pueblos del mundo.

En estos tiempos del Bicentenario, ratificamos nuestro compromiso inclaudicable con la culminación de la preciada obra de la independencia, con la consolidación de la soberanía y con la construcción de la unidad entre nuestros pueblos, ante lo cual proclamamos que nuestra respuesta a la amenaza imperialista será: más unidad, más independencia y más integración.

¡Viva Venezuela libre y soberana!
¡Viva la patria de Simón Bolívar!
¡Viva el ALBA!
¡Vivan los pueblos del mundo!

Desde el Palacio Federal Legislativo de Caracas, sede de la soberana Asamblea Nacional de la República Bolivariana de Venezuela.

Dado, firmado y sellado a los veintitrés días del mes de noviembre de dos mil diez. Año 200º de la Independencia y 151º de la Federación.

NOTA DE THEOTONIO DOS SANTOS:

OS BRASILEIROS NÃO SABEM QUÃO CARIBENHAS SÃO NOSSAS RAIZES. HÁ UMA CIVILIZAÇÃO AFROAMERICANA POR TODO O ATLANTICO SUL ATE O CARIBE, INCLUINDO O SUL DOS ESTADOS UNIDOS. CHUCO QUINTERO SOUBE MUITO BEM RESGATAR ESTA DIMENSÃO FANTÁSTICA DE NOSSA CULTURA COMUM. E LHE DÃO O MERECIDO PRÊMIO DE HUMANISTA DE 2009. EU TENHO A HONRA DE TER UM ARTIGO FANTÁSTICO DE ANGEL QUINTERO NO LIVRO QUE A UNESCO FEZ EM MINHA HOMENAGEM EM 1998: Los Retos de la Globalización. Ensayos en Homenaje a Theotonio Dos Santos. (pode-se encontrar os textos do livro na biblioteca virtual da CLACSO e os textos originais no site da reggen: www.reggen.com.br. Para os amigos chineses, podem encontrar a edição em mandarim da Academia de Ciencias Sociais (mas eles infelizmente excluíram o texto de Angel pois lhes era muito difícil entendê-lo), em português nenhuma editora quis editar este livro fabuloso...Que viva la salsa y la amistad entre el Brasil y el Caribe.


El cuerpo hace cultura
Ángel G. Quintero Rivera explora los encuentros entre música, baile y espiritualidad

El reconocido sociólogo recibió la distinción que otorga la Fundación Puertorriqueña de las Humanidades como Humanista del Año en el 2009. (El Nuevo Día / Mariel Mejía )

Por Ana Teresa Toro / ana.toro@elnuevodia.com

Por demasiado tiempo el cuerpo ha tenido mala fama. Culpable de todo lo que nos aleja de la divinidad; así se ha pensado en el cuerpo y todo lo que a él se relaciona desde la óptica del pensamiento eurocéntrico.

Pero el Caribe es otra cosa. Y las dinámicas y herencias de las culturas que lo integran proponen otros modos de acercarse al cuerpo. El sociólogo Ángel G. “Chuco” Quintero Rivera, director interino del Centro de Investigaciones Sociales del recinto de Río Piedras de la Universidad de Puerto Rico, ha encontrado en la música y en los bailes caribeños las señales propicias para entender esa visión de las relaciones entre cuerpo y espíritu.

El resultado: el libro “Cuerpo y cultura: las músicas mulatas y la subversión del baile”, publicado en el 2009 por la prestigiosa Editorial Iberoamericana; obra que recientemente obtuvo el premio a “Mejor Libro 2009-2010” que otorga la Puerto Rican Studies Association. Además, en agosto fue galardonado en Cartagena de Indias con el premio Frantz Fanon 2010 que otorga la Asociación Caribeña de Filosofía.

Y es que la ruta de análisis que comenzó a trazar con la publicación de “¡Salsa, sabor y control! Sociología de la música tropical” ha encontrado continuidad con este libro en el que, a grandes rasgos, aborda el papel central del baile en la conformación de las identidades a través de las cuales se configuró el mundo civil de los países caribeños. El encuentro entre canto y baile, tan afín a las sintonías entre cuerpo y mente, toman protagonismo superando la división que se proponía desde Occidente. A esto se le suma un recorrido que abarca desde las primeras contradanzas y habaneras del siglo XIX hasta el reguetón de comienzos del siglo XXI.

Pero ante todo, Chuco Quintero -como se le conoce- es un cocolo. Y asegura que descifrar e indagar en estas manifestaciones con el lenguaje de la academia no les resta magia. “Al contrario, descubrir cosas me permite apreciarlo mejor. A veces escribiendo algo, ¡lloro!”, confiesa el académico, que habla, explica y va de un tema a otro como si llevara a su interlocutor en alguna de esas “maquinolanderas” de Ismael Rivera.

El tema no lo abandona, sea en la Isla o en el extranjero. “A nivel internacional la salsa se identifica esencialmente con el baile. Sin embargo, para nosotros la música y el baile no están separados”, señala Quintero, quien distingue entre “expresión” y “comunicación”.

“En el mundo europeo ha primado la idea de la expresión, que tiene que ver con una cultura que le da cada vez más importancia al individuo. Mientras que la música se piensa como algo muy colectivo. En la salsa, y en el jazz, ese momento del solo, del virtuosismo, de la descarga tiene sentido siempre y cuando esté en comunicación con lo que hizo el músico que le precede”, elabora.

La experiencia le ha permitido corroborar una y otra vez sus análisis. Como aquella ocasión en la que Maniní, un músico que entrevistó, miró a una pareja bailar y le dijo: “Están pidiendo piquete”. O como aquella otra en la que Papo Lucca tocaba el piano de modo tan intenso que provocó que los bailarines dejaran la pista para observarlo.

El hombre se paró y dijo: “Si ustedes no bailan, no puedo tocar”.

“El libro ataca esa cárcel de larga duración -como lo llama el colega peruano Aníbal Quijano- que es el pensamiento eurocentrista. Hay otras formas de entender el tiempo que no es únicamente lineal. Pero más importante es la idea de que el cuerpo es el ancla que no deja volar al espíritu, de que se supone que mientras más espíritu y menos cuerpo seamos, más cerca estaremos del arte y de la elevación”, explica.

“¡El cuerpo hace cultura! El cuerpo hace elaboración estética, hace arte. En ese sentido no se trata de que separemos el cuerpo y el espíritu, sino de todo lo contrario, como en las grandes tradiciones africanas en las que es a través del cuerpo que habla el espíritu”, abunda.

Pensamiento que lo lleva al último punto que redondea el proyecto y que analiza la conexión entre las energías del cuerpo y una sensibilidad ecológica.

“Otro gran lastre que tenemos de la visión europea es la separación del ser humano con la naturaleza. Nos damos cuenta por otras vías de que tenemos que respetarla como parte, no como algo que se antepone y eso nos viene a través de la experiencia afroespiritual”, detalla el profesor, quien toma como referencia las ideas de la antropóloga cubana Lydia Cabrera cuando dice de los Orishas que “esas fuerzas no están en el cielo, sino en el monte”.

A juicio de Quintero, aunque en Puerto Rico no hay una tradición afín tan fuerte como en Trinidad, Cuba o Brasil, sí se puede ver a grandes rasgos un “catolicismo popular que recoge muchas de esas mismas concepciones”. “No pensamos que hay sólo una fuerza, sino que hemos encontrado en los santos esa pluralidad. Nos comunicamos con ellos no como intermediarios”, apunta.

Un ejemplo concreto sería la talla de santos, donde hay muchísimos más Reyes Magos que Cristos crucificados. “Estamos pidiendo a la imagen de la heterogeneidad, porque ellos no son santos individuales, sólo juntos son santos”, identifica Quintero, quien próximamente estudiará ese aspecto relacionado a las artes populares. Después de todo, luego de partir del cuerpo, las conexiones son infinitas y, si se trata del Caribe, sobran mezclas para explorar.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

MENSAGEM AOS COLEGAS QUE PARTICIPAM NO COLÓQUIO SOBRE O CENTENÁRIO DA INDEPENDENCIA EM CUBA.


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Queridos amigos



Mi secretaria les envió un e-mail el domingo en la tarde para comunicarles que no pude viajar por razones de salud. Solo hoy en la noche tendré una consulta más amplia con mi médico para saber la gravedad de los síntomas que sentí. Espero que no sea nada grave. Solamente unas reacciones a un exceso de trabajo o el llamado “stresss”. Perdona que no haya me comunicado personalmente pero confié en el e-mail enviado por mi secretaria. No abrí mis comunicaciones hasta ahora que me siento mejor.



Solicito que se comuniquen con los demás compañeros para transmitirles mi pena de no participar en esta importante reunión. Estoy convencido que vivimos en América Latina en esta coyuntura una situación similar a los años de lucha por nuestra independencia. Las dificultades de Estados Unidos de mantener su hegemonía incontrastable y su obligación de buscar compartirla para sobrevivir como potencia mundial lo obliga a aceptar o por lo menos tolerar el avance de nuestros pueblos para un estadio superior caracterizado por mayor independencia, la integración regional, la concertación en búsqueda de una mejor posición en la economía y la política mundial. La principal base para esta nueva fase es el avance democrático de la región, obtenido a través de una lucha histórica contra las dictaduras militares y otros intentos de imposición autoritaria en toda la región. Para desesperación de la derecha, solamente Cuba, y ahora Venezuela, Bolivia y Ecuador (además de situaciones aún indefinidas como Nicaragua y El Salvador), alcanzaron una democracia pujante fundada en más de un siglo de lucha antiimperialista. Otras experiencias importantes como Brasil y Argentina caminan en una dirección parecida. Estas situaciones democráticas abren camino cada vez más al desarrollo de la conciencia de los amplios sectores populares en lucha por su liberación.



Sin embargo, estos avances no son definitivos y la derecha estadounidense prepara por su lado una ofensiva sobretodo militar en la región. La construcción de bases militares en todos los países que consiguen es una amenaza concreta que no podemos ignorar.

Para enfrentar estos desafíos la intelectualidad tiene un rol extremamente importante para asegurar el desarrollo de esta conciencia y para aguzar nuestra capacidad de análisis concretas de la realidad concreta para alcanzar la utilización plena del método dialéctico en un mundo cada vez más complejo. Necesitamos creatividad, romper con los esquematismos y una firme decisión de plantar nuestra reflexión desde el lado de las luchas de emancipación de nuestros pueblos.

Lamento no poder compartir con Ustedes estas reflexiones convocadas por la Casa de las Americas, centro de reflexión revolucionaria, abierto y creativo, lugar ideal para avanzar en ese momento que, espero, el pueblo cubano discuta en profundidad su adaptación a las nuevas realidades del mundo contemporáneo. Sin dejarse confundir por el terror intelectual ejercido por el pensamiento único manejado por las fuerzas sociales, económicas y políticas que controlan las conciencias desde unos instrumentos mediáticos e institucionales cercados de un prestigio adquirido por años de dominación ideológica,



Mis más sinceros deseos de que alcancen los mejores resultados en este conclave.



Abrazos



Theotonio Dos Santos

terça-feira, 16 de novembro de 2010

HONDURAS ESTÁ VIVA NO COMBATE AO GOLPE DE ESTADO

Llamado a la Asamblea Nacional Constituyente Popular, democrática y participativa, 1 millón cuatrocientas mil firmas lo respaldan.

http://www.youtube/watch?v=cfqSHsvbURs

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El capitalismo emplea constantemente la violencia y el terror contra el individuo y la sociedad.
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Red FIAN Honduras, capitulo nacional de la organización de derechos humanos FIAN Internacional.
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Envíe su correo electrónico a "fian-honduras@googlegroups.com".
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Web:
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Sitio Oficial del FNRP : http://resistenciahonduras.net
Comisión de Verdad: http://comisiondeverdadhonduras.org/
Vos el Soberano: http://voselsoberano.com
Defensores en Linea: http://www.defensoresenlinea.com/cms/

DEPENDENCIA ACADÊMICA: O DESAFIO DE CONSTRUIR CIENCIAS SOCIAIS AUTÓNOMAS NO SUL.

Entre os dias 3 e 6 de Novembro realizou-se em Mendoza, Argentina, a II Oficina sobre Dependencia Acaémica, dirigida por Fernanda Beigel, diretora do PIDAL, Programa de Investigaciones sobre Dependencia Académica en América Latina que funciona nla Facultad de Ciencias Políticas y Sociales da Universidad Nacional de Cuyo, com apoio do CONICET e do Programa Sul-Sul do CLACSO. Com a presença de pesquisadores dos 5 Continentes, este encontro representa um passo adiante na luta por desenvolver um pensamento crítico não somente na América Latina mas, pode-se dizer, numa dimensão mundial. A presença de estadunidenses e Europeus só enriqueceu o debate, apesar de uma parte deles ainda apegar-se a uma pretensa universalidade das Ciencias Sociais produzidas no centro do Sistema Mundial. Mas foi muito emocionante assistir por exemplo a participação por vídeo-conferencia do professor Syed Farias Alatas , da Universidade de Singapura, regatando o papel tão especial da teoria da dependencia na superação de uma ciência social criada a serviço de um projeto e uma prática colonialista e imperialista. Ele buscou inclusive destacar os antecedentes asiáticos desta empreitada teórica e empírica que seu famoso pai e outros importantes pensadores filipinos ya haviam iniciado desde o pós guerra. Não foi demasiado ousado, haver chamado a Conferencia Pública em que participaram além de Syed Alatas, Enrique Oteiza e eu com a moderação da própria Fernanda Beigel: A tradição dependentista latinoamericana e o desenvolvimento de um circuito acadêmico periférico.

De fato, além da ampla dimensão regional é interessante apontar a amplitude temática que abordou esta oficina de trabalho. Figuras de grande peso como Hebe Vessuri, do Instituto de Investigaciones Científicas da Venezuela, Sujata Pael, da University of Hyderabad, Índia, Hernan Sabea da American University of Cairo, Egito, e vários outros discutiram os problemas epistemológicos e teóricos articulados com a especificidade de cada região do sul; a construção de carreiras acadêmicas e a profissionalização no Sul; a importancia dos modelos de desenvolvimento; as alternativas diante da dependencia académica como as pequenas publicações e as agendas de pesquisa não eurocéntricas; a autonomia institucional, a dependencia financeira e o desenvolvimento do campo científico-universitário; a dependencia e a internacionalização das Ciencias Sociais; os desafios epistemológicos e políticos da ciência periférica; a construção de carreiras acadêmicas desde espaços periféricos: desigualdades de acesso à educação superior, mobilidade académica intra-regional e internacional.; a diisão intrnacional do trabalho científico e o intercambio desigual do conhecimento. Por esta agenda de debates os leitores podem avaliar a importância de todo um campo temático construido sistematicamente a partir destes seminários que desenvolvem e aprofundam uma problemática muito querida do pensamento crítico latinoamericano.

Creio que Enrique Oteiza, o artífice do Conselho Latino Americano de Ciencias Sociais (CLACSO) dirigido na atualidade por Emir Sader, sintetizou muito bem o espírito desta reunião quando me fez um comentário emocionado:” me sinto feliz de constatar como aquele espírito de debate de nossos tempos está de volta”. E com um forte e estimulante núcleo energético no qual predominam mulheres acadêmicas de ponta e jovens cientistas de todo o planeta com fortes traços étnicos não europeu. É uma resposta contundente aos que dizem que a teoria da dependencia está morta. Havia que perguntar: ONDE?

O LIVRO DO PRIMEIRO ENCONTRO:

AUTONOMIA E DEPENDENCIA ACADÉMICA:

Universidad e Investigación Científica en un Circuito Periférico: Chile y Argentina (1950-1980).

Fernanda Beigel dirigiu este livro editado por Editorial Biblos (Investigaciones y Ensayos) que foi lançado durante a II Oficina apresentada acima. Este livro vai desde uma Introdução da diretora sobre “Reflexões no uso do conceito de campo e sobre a “elasticidade” da autonomia em cirduitos acadêmicos periféricos” até um conjunto de estudos de historia do conhecimento que analisa com detalhe e profundidade a emergência teórica e analítica do Cono Sul (primeiro de 1950-a 1973), para estudar numa segunda parte os dependentistas e a dependencia académica, para, finalmente numa terceira parte, debruçar-se sobre o perído de ascenso do pensamento único neoliberal montado nas baionetas golpistas (tema que tratei muito criticamente no meu livro: Do Terror à Esperança - Auge e Decadência do Neoliberalismo, Idéias e Letras, aparecida, S.P.))sob o título A contração da Autonomia: Las Dictaduras y los Exílios (1973-1990).

Apesar de sua concentração nos casos da Argentina e do Chile, este livro contriui para a história das ciencias sociais não só na América Latina como em todo o mundo, particularmente neste universo cultural que se designa como o SUL.


quinta-feira, 11 de novembro de 2010

CUBA DISCUTE O BICENTENARIO DA INDEPENDENCIA

Excelente iniciativa da Casa das Américas. Leia com cuidado.


EL BICENTENARIO Y LA EMANCIPACIÓN CONTINENTAL A DEBATE
(Nota de prensa)

Filósofos, sociólogos, historiadores, economistas y otros representantes del pensamiento social participarán del 22 al 24 de noviembre próximo en el Coloquio Internacional “La América Latina y el Caribe entre la independencia de las metrópolis coloniales y la integración emancipatoria”, que organiza la Casa de las Américas con el auspicio del Ministerio de Cultura de la República Bolivariana de Venezuela y el apoyo del ALBA Cultural.

Según se informó este martes en conferencia de prensa, el encuentro se propone reflexionar desde una perspectiva actual acerca de esa “gesta sustantiva” para la historia de nuestro continente y da continuidad al abordaje de la efeméride del Bicentenario desde la Casa, entidad de vocación esencialmente integradora, subrayó Marcia Leiseca, vicepresidenta primera de la institución.

Leiseca recordó que en el año 2009 el Fondo Editorial publicó el volumen Tres documentos de Nuestra América, con los textos “Carta de Jamaica” (Simón Bolívar, 1815), el ensayo “Nuestra América” (José Martí, 1891), y la “Segunda Declaración de La Habana” (Fidel Castro, 1962), vitales como punto de partida para entender la hora actual de la América Latina y el Caribe, calificada por el presidente ecuatoriano Rafael Correa como un “cambio de época”.

Por su parte, Aurelio Alonso, subdirector de la revista Casa de las Américas y uno de los organizadores del Coloquio, explicó que la iniciativa de su celebración surgió a partir de un cuestionamiento profundo acerca de qué celebrábamos y como respuesta a cierta mirada complaciente que pretende presentar el proceso de independencia de las metrópolis coloniales como la culminación de la emancipación latinoamericana y caribeña cuando en realidad solo ha sido el comienzo.

Explicó que se ha logrado hacer coincidir una selección de pensadores y estudiosos de la izquierda latinoamericana, que ha sabido reponerse de la crisis de paradigma que representó la caída de la Unión Soviética e involucrarse en la búsqueda de salidas propias. Enfatizó que la “América Latina cuenta hoy con un pensamiento que se revela en la teoría y en la práctica, en las revoluciones emergentes y en los cambios políticos”.

Insistió en que la participación no puede rebasar un grupo pequeño, de quince o veinte pensadores y especialistas, pero que con sus conferencias y reflexiones puede generar un interesante debate en las tres sesiones, abiertas a todos los interesados en la Sala Che Guevara de la Casa de las Américas.

Alonso precisó que el punto de partida del Coloquio es que la emancipación no es un hecho consumado, y que solo lo será en la medida en que avance el proyecto integrador latinoamericano y caribeño.

En un rápido recorrido por la lista de invitados al evento, la mayoría de ellos con una profunda relación con la Casa, el sociólogo cubano dijo que figuran en ella varios ganadores del Premio Libertador al Pensamiento Crítico, que ha venido confirmando su importancia en sus cinco ediciones. Participan también importantes pensadores sociales cubanos.

En otro momento de la conferencia de prensa, Jorge Fornet, director del Centro de Investigaciones Literarias, se refirió a la más reciente entrega de la revista Casa, cuyo número doble 259-260, dedicado al Bicentenario, contiene ensayos de ocho de los invitados del Coloquio, lo que lo convierte en un valioso antecedente del evento.

La publicación, que con esta entrega cumple cincuenta años, será presentada este jueves 21 de octubre, a las 4 de la tarde, en la Sala Manuel Galich, por el doctor Eusebio Leal Spengler. Incluye entre otras contribuciones las del vicepresidente boliviano Álvaro García Linera, de la historiadora y diputada venezolana Carmen Bohórquez, del sociólogo mexicano Pablo González Casanova y del cubano Sergio Guerra Vilaboy, ganador del Premio extraordinario Bicentenario de la Emancipación Hispanoamericana, otorgado en el contexto del Premio Literario Casa de las Américas en enero de este año.

Por su parte, Maite Hernández-Lorenzo, directora de Comunicación e Imagen de la Casa, informó que dentro del programa del Coloquio, además de una nueva presentación del número 259-260 de la revista Casa, se expondrá la muestra “Voces en libertad”, concebida por la Bienal Internacional del Cartel en México como parte de las conmemoraciones por el centenario de la Revolución de 1910 y del Bicentenario del inicio de las gestas de independencia en el continente.

Se incluyen carteles, entre otros, de los creadores cubanos Héctor Villaverde, Michele Miyares, René Azcuy, Antonio Pérez (Ñiko), Laura Llópiz y Pepe Menéndez, director de Diseño de la Casa de las Américas y autor de la imagen del Coloquio, con la colaboración de Roilán Marrero. El spot del evento fue realizado, como es habitual, por Raúl Valdés (Raupa).

COLOQUIO INTERNACIONAL LA AMÉRICA LATINA Y EL CARIBE ENTRE LA INDEPENDENCIA DE LAS METRÓPOLIS COLONIALES Y LA INTEGRACIÓN EMANCIPATORIA
Del 22 al 24 de noviembre de 2010. Casa de las Américas, Sala Che Guevara
(Dossier de prensa)

El lastre de una emancipación inconclusa que la ruptura de los lazos coloniales dejó sobre nuestros pueblos -a la cual el año 1810 sirve de referencia por la concentración en él de episodios libertarios- hace de esta conmemoración un hito para volver a levantar la mirada hacia el horizonte común que se abre ante lo que Simón Bolívar llamó «un pequeño género humano», y José Martí, «Nuestra América».

Vivimos un «cambio de época», un tiempo de crisis, de crítica y de reconstrucción. Un tiempo que nos compromete con el rescate de las riquezas de nuestro suelo, la soberanía efectiva de nuestros pueblos, la superación del ciclo de la pobreza, la vindicación de nuestra identidad (hecha hoy de descendientes de aborígenes, europeos, africanos y asiáticos, con los correspondientes mestizajes), la reversión de opresiones foráneas e internas, de resistencia a las presiones hegemónicas imperiales, y la salvación de la atmósfera y el entorno del que somos parte.

Nuestra América ha comenzado a dar pasos de avance en esta dirección. Pero se alzan obstáculos que amenazan la paz, fuerzas que se obstinan en levantar barreras hegemónicas, que dificultan nuestros proyectos de integración, que intentan redefinir el campo de la batalla de ideas.

Estamos obligados a mirar de nuevo hacia las luchas por la independencia del yugo colonial, ahora con los ojos puestos en el presente y en el futuro, sin permitir que el pasado sea enmascarado por intereses enajenantes lesivos a nuestros pueblos.

El coloquio ha sido concebido para reunir a un grupo de estudiosos cuyos criterios, análisis, hipótesis, coincidentes o discrepantes, versarán en torno al tema de la emancipación americana. Se trata de figuras reconocidas por el rigor de su quehacer investigativo y que han dejado ya constancia de una posición sólidamente argumentada en el debate que tiene lugar entre las diversas lecturas acerca de la independencia.

INVITADOS CONFIRMADOS

Aurelio Alonso: Sociólogo y ensayista cubano. Subdirector de la revista Casa de las Américas. Autor de varios libros, entre los que se destaca El laberinto tras la caída del muro.

Carmen Bohórquez: Historiadora venezolana. Profesora Emérita Titular de la Universidad del Zulia. Integra la Comisión Presidencial para la Conmemoración del Bicentenario de la Independencia de la República Bolivariana de Venezuela. Son especialmente reconocidos sus trabajos sobre Francisco de Miranda.

Atilio Boron: Politólogo argentino. Titular de la cátedra de Teoría Política y Social de la Universidad de Buenos Aires (UBA). En su copiosa bibliografía se encuentra Imperio e imperialismo. Una lectura crítica de Michael Hardt y Antonio Negri, que mereció el Premio de ensayo Ezequiel Martínez Estrada de la Casa de las Américas, en 2004.

Daniel Camacho: Sociólogo costarricense. Profesor Emérito de la Escuela de Sociología de la Universidad de Costa Rica y director de su Revista de Ciencias Sociales. Es uno de los pioneros en el estudio de los movimientos sociales en la América Latina desde la década del ochenta. Fue coordinador del volumen Los movimientos populares en América Latina.

Suzy Castor: Politóloga e historiadora haitiana. Vicepresidenta de la Asociación de Historiadores de la América Latina y Directora del Centro de Formación e Investigación Económico-Social para el Desarrollo. Entre sus libros más importantes se encuentran La intervención norteamericana en Haití y sus consecuencias y Migración y relaciones internacionales. El caso haitiano-dominicano.

Ana Esther Ceceña: Politóloga mexicana. Directora del Observatorio Latinoamericano de Geopolítica e investigadora de la Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM). Entre sus libros más recientes se encuentra Derivas del mundo en el que caben todos los mundos.

Héctor Díaz Polanco: Antropólogo y sociólogo dominicano residente en México. Profesor del Centro de Investigaciones y Estudios Superiores en Antropología Social. Con Elogio de la diversidad. Globalización, multiculturalismo y etnofagia obtuvo el Premio de ensayo Ezequiel Martínez Estrada, que otorga la Casa de las Américas, en 2008.

Enrique Dussel: Filósofo e historiador argentino. Fundador de la Comisión para el Estudio de la Historia de la Iglesia en América Latina. Lleva a cabo una trilogía enciclopédica bajo el título genérico de Política de la liberación, cuyo primer volumen, Historia mundial y crítica, fue mención en el Premio Libertador al Pensamiento Crítico 2007; el segundo volumen, Arquitectónica, obtuvo el Premio en su edición correspondiente a 2009.

Roberto Fernández Retamar: Poeta y ensayista cubano. Presidente de la Casa de las Américas y director del órgano oficial de la institución. Entre sus ensayos más conocidos se encuentran «Caliban» y el volumen Para una teoría de la literatura hispanoamericana. Es Premio Nacional de Literatura y ha recibido la medalla José Martí, la más alta distinción que otorga el Estado cubano.

Marcos A. Gandásegui Jr.: Politólogo panameño. Profesor de sociología en la Universidad de Panamá e investigador asociado del Centro de Estudios Latinoamericanos «Justo Arosemena». Es miembro del comité editorial de la revista Tareas.

Pablo González Casanova: Sociólogo mexicano. Investigador Emérito y Profesor Emérito de la UNAM, y Premio Nacional de Ciencias Sociales. Condecorado por la Unesco en 2003 con el Premio Internacional José Martí, ha recibido el Doctorado Honoris Causa en varias universidades. Entre sus libros más reconocidos se halla La democracia en México, y entre los más recientes, Las nuevas ciencias y las humanidades: De la academia a la política.

Sergio Guerra Vilaboy: Historiador cubano. Profesor titular de la Universidad de La Habana y autor, entre otros muchos libros, de Breve historia de América Latina. Ganó el Premio Extraordinario Bicentenario de la Emancipación Hispanoamericana, convocado por la Casa de las Américas en 2010, con el volumen Jugar con fuego. Guerra social y utopía en la independencia de América Latina.

Franz Hinkelammert: Economista, teólogo y filósofo costarricense de origen alemán. Durante años fue director académico del Departamento Ecuménico de Investigaciones de la Universidad Bíblica Latinoamericana, en San José. Autor de numerosos libros, en 2005 obtuvo el Premio Libertador a las Ciencias Sociales, en su edición inaugural, con El sujeto y la ley. El retorno del sujeto reprimido.

Claudio Katz: Economista argentino. Investigador del CONICET y profesor de la Universidad de Buenos Aires. Autor de El porvenir del socialismo, mención honorífica en el Premio Libertador al Pensamiento Crítico 2005, El rediseño de América Latina: ALCA, MERCOSUR, ALBA, y de Las disyuntivas de la izquierda en América Latina, entre otros títulos.

Walter Martínez: Periodista y analista político venezolano nacido en Uruguay. Especializado en temas de política internacional y experto en el Medio Oriente, realiza el programa Dossier en la Televisión Venezolana.

Fernando Martínez Heredia: Historiador, politólogo y ensayista cubano. Presidente del Centro de Investigación y Desarrollo de la Cultura Cubana Juan Marinello. Premio Nacional de Ciencias Sociales. Es autor de títulos como El Che, el socialismo y el comunismo (Premio Casa de las Américas en 1989), En el horno de los 90 y Corrimiento hacia el rojo.

Isabel Monal: Filósofa cubana. Premio Nacional de Ciencias Sociales. Editó en la Casa de las Américas la obra en varios volúmenes (y con otro más en proceso) sobre Las ideas en la América Latina. Directora de la revista Marx Ahora y de la Cátedra de Estudios Marxistas Julio Antonio Mella, de la Universidad de La Habana.

Manuel Monereo: Jurista y politólogo español. Investigador durante varios años de la Fundación de Investigaciones Marxistas y actualmente del Centro de Estudios Políticos de Valencia. Autor de numerosos ensayos y compilador de libros como Diversidad y desigualdad: las razones del socialismo.

Alberto Prieto: Historiador cubano. Profesor titular de la Universidad de La Habana y presidente de la Cátedra Benito Juárez de dicha universidad. Entre sus principales libros se encuentran Apuntes para la historia económica de América Latina, Ideología, economía y política en América Latina, siglos XIX y XX y Las guerrillas contemporáneas en América Latina.

Pedro Pablo Rodríguez: Historiador cubano. Investigador del Centro de Estudios Martianos, es responsable de la edición crítica de las Obras Completas de José Martí. Ha sido merecedor del Premio Félix Varela y del Premio Nacional de Ciencias Sociales. Entre sus libros figuran De las dos Américas y El periodismo como misión.

Grínor Rojo: Ensayista chileno. Profesor titular de la Universidad de Chile, donde también dirige el Centro de Estudios Culturales Latinoamericanos de la Facultad de Filosofía y Humanidades. Su volumen Globalización e identidades nacionales y postnacionales... ¿de qué estamos hablando? obtuvo el Premio de ensayo Ezequiel Martínez Estrada de la Casa de las Américas, en 2009.

Theotonio dos Santos: Economista y sociólogo brasileño. Profesor titular de la Universidad Federal Fluminense. Fue uno de los artífices de la teoría de la dependencia, la cual evalúa en un libro de 2000: La teoría de la dependencia, balance y perspectivas. Su ensayo Del terror a la esperanza: auge y decadencia del neoliberalismo fue mención honoraria del Premio Libertador a las Ciencias Sociales 2007.

Beatriz Stolowicz: Socióloga chilena residente en México. Es profesora del Departamento de Política y Cultura en la Universidad Autónoma Metropolitana de Xochimilco y autora del volumen Gobiernos de izquierda en América Latina. El desafío del cambio.

Luis Suárez Salazar: Sociólogo cubano. Dirigió el Centro de Estudios sobre América y su revista Cuadernos de Nuestra América. Autor de varios ensayos, entre los más recientes se encuentra Madre América. Un siglo de violencia y dolor (1899-1998), mención honorífica en el Premio Libertador al Pensamiento Crítico 2006.

Juan Valdés Paz: Sociólogo cubano. Profesor titular adjunto de la Universidad de La Habana y del Instituto Superior de Relaciones Internacionales. Ha sido el compilador de los volúmenes Alternativas de izquierda al neoliberalismo y Cuba: construyendo el futuro, así como autor de La transición socialista en Cuba y Procesos agrarios en Cuba, 1959-1995.

Renan Vega Cantor: Sociólogo y pedagogo colombiano. Profesor de la Universidad Pedagógica Nacional de Bogotá. Obtuvo el Premio Libertador al Pensamiento Crítico 2007 con su monumental obra en dos tomos Un mundo incierto, un mundo para aprender y enseñar. Las transformaciones sociales y su incidencia en la enseñanza de las ciencias sociales.

«Voces en libertad» llega a la Casa de las Américas

Concebida por la Bienal Internacional del Cartel en México, en conmemoración de los cien años de la Revolución Mexicana y del Bicentenario del inicio de las gestas de independencia en el continente, «Voces en libertad» reúne a figuras de gran relevancia del diseño gráfico internacional provenientes de más de treinta países.

Prevista su inauguración en el Museo Franz Meyer, de la Ciudad de México, a fines de octubre durante la 11na. edición de la Bienal, la muestra podrá apreciarse en la Casa de las Américas como parte del programa del Coloquio Internacional del Bicentenario.

Teniendo como punto de partida la celebración de estos importantes acontecimientos, los organizadores convocaron a más de un centenar de diseñadores y diseñadoras de los cinco continentes para que expresaran sus ideas y concepciones gráficas en el formato de un cartel. De cada pieza seleccionada se ha realizado una tirada en offset de alta calidad para los autores y también para ser exhibidas en sus respectivos países de origen.

De Cuba estarán expuestos los trabajos de Héctor Villaverde, Michele Miyares Hollands, Laura Llópiz y Pepe Menéndez, junto a las obras de René Azcuy y Antonio Pérez Ñiko, estos últimos residentes en México.

La exposición, que contó en su país con la colaboración del Consejo Nacional para la Cultura y las Artes, llega a La Habana gracias al apoyo de la Embajada de México en Cuba. La muestra se incluye en la serie de acciones que a propósito de la celebración de los cien años de la Revolución Mexicana y el Bicentenario en el continente, la Casa ha desarrollado durante el presente año.

REVISTA CASA DEDICADA AL BICENTENARIO

El número 259-260 de la revista Casa de las Américas, que se presentará el próximo 21 de octubre a las 4 de la tarde en la Sala Manuel Galich, ocupará un momento especial en el programa del Coloquio Internacional «La América Latina y el Caribe entre la independencia de las metrópolis coloniales y la integración emancipatoria», del 22 al 24 de noviembre próximo en la institución cultural cubana.

«Con este número doble la revista Casa de las Américas arriba a sus cincuenta años de vida. Ninguna forma mejor de conmemorar la fecha que abordando con visión presente el grande e inconcluso batallar de nuestros pueblos en pos de su verdadera emancipación». Estas palabras cierran el editorial y abren las páginas de la más reciente edición de Casa, dedicada al bicentenario de 1810, fecha que simbólicamente engloba el inicio de las gestas emancipadoras en la América Latina y el Caribe.

El dossier se inicia con el texto «La crisis del horizonte de sentido colonial/moderno/eurocentrado», una versión del que presentara su autor, Aníbal Quijano, al recibir el Doctorado Honoris Causa de la Universidad Ricardo Palma en 2009.

A continuación se incluye el tercer capítulo del libro Jugar con fuego. Guerra social y utopía en la independencia de América Latina, de Sergio Guerra Vilaboy, ganador del Premio extraordinario Bicentenario de la Emancipación Hispanoamericana, convocado en el contexto del Premio Casa de las Américas en enero de este año.

La historiadora venezolana Carmen Bohórquez reflexiona en torno a «El sentido político del Bicentenario de las Independencias y la batalla de las ideas», mientras el científico social cubano Luis Suárez Salazar nos ofrece «algunas lecciones de la historia» para pensar «La ‘primera independencia’ de Nuestra América».

«¿Hubo una Ilustración americana? ¿Cuál tuvo mayor gravitación: la Ilustración francesa o la inglesa y en qué períodos?». Son dos de las preguntas que se plantea en su artículo «La hipótesis española y la Independencia americana» el novelista y pensador social ecuatoriano Alejandro Moreano. Por su parte, Alberto Prieto (Cuba) presenta una «Visión contemporánea del proceso independentista latinoamericano».

Del volumen América Latina hacia su segunda independencia. Memoria y autoafirmación, uno de sus compiladores, Arturo A. Roig, extrae el texto «Necesidad de una segunda Independencia».

Álvaro García Linera, vicepresidente boliviano, se centra en «El Estado en transición. Bloque de poder y punto de bifurcación» y desde México nos llegan las visiones del sociólogo Pablo González Casanova y de la economista Ana Esther Ceceña.

Brasil y su proceso emancipador están representados en este número doble de la revista Casa por los textos de Emir Sader acerca de «El destino manifiesto de ser colonizado» y Frei Betto, sobre el paso de ese país de colonia portuguesa a inglesa.

El ensayista chileno Grínor Rojo reflexiona a propósito de la democracia de su país en el contexto del Bicentenario, mientras Renán Vega Cantor cierra el dossier con un profundo cuestionamiento sobre la independencia en su país, Colombia.

La publicación incluye, como es habitual, las secciones de Notas, Páginas salvadas y Libros, esta última dedicada a los Premios Literarios Casa de las Américas de la convocatoria del 2009.

Notas contiene los textos «Pellicer, Neruda: del Poema iberoamericano al Canto general», de Jaime Concha, y «Cuerpo y espacio urbano», de Zaida Capote Cruz. Páginas salvadas abre con la «Introducción a un tríptico epistolar», de Luisa Campuzano, acerca del texto «Pequeña oda de noticias y gracias para Lilia y Alejo», concebido por José Lezama Lima para Carpentier y su compañera Lilia, también publicado en este espacio de la revista.

Entretanto, la sección Libros comprende comentarios sobre Globalización e identidades nacionales y postnacionales… ¿de qué estamos hablando?, de Grínor Rojo (Premio de ensayo Ezequiel Martínez Estrada), La ceiba de la memoria, de Roberto Burgos Cantor (Premio de narrativa José María Arguedas) y El alternado paso de los hados, de Carlos Germán Belli (Premio de poesía José Lezama Lima).

Asimismo, se incluyen textos de Antonio Aja Díaz sobre el libro Bugalú y otros guisos, ensayos sobre culturas latinas en los Estados Unidos, de Juan Flores (Premio extraordinario de Estudios Latinos en los Estados Unidos); de Lourdes González Herrero acerca de El exilio voluntario, de Claudio Ferrufino-Coqueugniot (Premio de novela) y de José Ignacio López Vigil a propósito de Mañana es lejos. Memorias verdes de los años rabiosos, de Eduardo Rosenzvaig (Premio de literatura testimonial).

Enrique Pérez Díaz reseña La prometida del Señor de la Montaña, de Yolí Fidanza (Premio de literatura para niños y jóvenes) y Carlos Martí Brenes, Réquiem, de Lêdo Ivo (Premio de literatura brasileña, poesía), mientras la editora Ingry González comenta el volumen Lo que no fue, de Enrique Ferrari (Mención de novela).

Como es tradicional, esta entrega de la revista cierra con las secciones de actualidad Al pie de la letra y Recientes y próximas de la Casa.




QUESTÕES ESTRATÉGICAS SE PRECIPITAM NAS RELAÇÕES BRASIL/EE.UU.

Desde 1968 vêm se deteriorando as relações dos EE.UU. com os militares latinoamericanos. O aparecimento de um governo de segurança nacional de esquerda no Peru foi o toque de alerta. A iniciativa da direita militar brasileira (os chamados “sargentões”, segundo a elite pró-norteamericana que controlou o golpe de 1964) que se opôs à Frente Ampla, deu o golpe no golpe em 1968 e tentou indicar um presidente por voto interno das forças armadas descobrindo que elas preferiam o general “pró peruano” Albuquerque Lima. Este acontecimento levou ao ridículo impedimento da nomeação do mesmo general sob o pretexto absurdo de que ele só tinha 3 estrelas, o que criaria um problema de hierarquia. Depois tivemos o acordo nuclear com a Alemanha que provocou a ira dos Estados Unidos ( segundo Pastor, encarregado da segurança dos EE.UU. para a América Latina na época: o veto a este acordo tinha por razão principal impedir o acesso a material nuclear para a Alemanha, mas é evidente que buscava também deter o avanço nuclear do Brasil). Também foi muito humilhante a resposta de Kissinger a Golberi quando este tentou incluir a criação de uma forte Armada brasileira no Atlântico Sul dentro dos acordos EE.UU. Brasil. Proposta descartada sumariamente pelo Pentágono.

Mas o choque norte americano com os militares de direita, seus aliados por anos na Argentina para impedir que este país majoritariamente Peronista pudesse ser uma democracia onde esta maioria exercesse o poder, foi brutal na crise das Malvinas. A ação dos militares argentinos contava com o apoio da direita norte americana, no poder com Reagan, a partir dos acordos militares depois da II Guerra Mundial que consagravam o princípio do panamericanismo (Doutrina Monroe). Neste pacto, os paises das Américas se uniriam sempre que estivessem sob uma “ameaça externa”. Naquela época se havia inventado que havia uma ameaça comunista (sobretudo da União Soviética) sobre as Américas. Mas, na prática, os EE.UU. apoiou o governo inglês contra a Argentina, numa guerra desigual e brutal. Desde então a doutrina Monroe foi definitivamente banida da região, afetando radicalmente o pensamento geopolítico da direita latino americana tradicional, particularmente das correntes militares que se alimentavam da submissão estratégica aos interesses hegemônicos dos EE.UU., disfarçados em uma guerra fria contra a “expansão” soviética. Depois do fim da guerra fria, imposto pela liderança política da União Soviética, não se dispõe mais de um substituto ideológico para justificar esta submissão que já se encontrava em crise desde a década de 70. Vejam meu livro Imperialismo y Dependencia, Era, México, 1978.

O fim da guerra fria eliminou, por exemplo, a necessidade da OTAN. Para mantê-la, o Pentágono lançou várias justificativas entre as quais se incluía o direito dos EE.UU. a “ações militares preventivas”, assim como o direito de impor os “direitos humanos” a todos os povos do mundo, e,na atualidade, o direito de suspender todas as garantias constitucionais para impor os princípios “democráticos” segundo a interpretação norte americana. A aceitação dos princípios da guerra fria levou uns 10 anos para converter-se numa “lei natural” das relações internacionais. Os novos princípios estão ainda em tentativa de imposição mas são claramente muito mais confusos e contraditórios. Por outro lado, assim como surgiu contra a guerra fria o Movimento dos Não-Alinhados que unificou a maioria dos países do mundo e terminou minando definitivamente a doutrina da Guerra Fria, hoje, a articulação em torno de uma visão plural e anti-hegemônica é muito mais ampla. Particularmente no inicio do século XXI, quando os centros hegemônicos, particularmente os EE.UU., entram em crise e se expandem as novas potências emergentes ( ver a série de livros coodenados por mim sob o título geral de Hegemonia e Contra Hegemonia, 4 vols., Editora Loyala e PUC-Rio, 2003 a 2005) começam a se impor os princípios de uma “hegemonia compartida”, conforme já indicávamos nesta coleção de textos. E caminhamos mesmo para, num futuro próximo, afirmarmos uma nova civilização planetária, múltipla e plural.

O documento das Forças Armadas brasileiras, colocado pelo seu ministro, une a Estratégia de Segurança com a política externa e com os princípios de uma política econômica voltada para o desenvolvimento sustentável e humano que devem caracterizar a atuação do Brasil pelo menos nos próximos anos, sob crescente apoio da sociedade brasileira. Leiam com cuidado este texto:

07/11/2010

JOBIM AFIRMA QUE BRASIL NÃO ACEITA SOBERANIA 'COMPARTILHADA' DO ATLÂNTICO SUL



Jobim: Brasil não aceita soberania “compartilhada” do Atlântico Sul


4 de Novembro de 2010 – 9h16



Jobim defende soberania da América do Sul e critica Otan e EUA



do Vermelho



O ministro da Defesa, Nelson Jobim, criticou veementemente as estratégias militares globais dos EUA e da Otan — aliança militar ocidental. Ele afirmou que nem o Brasil nem a América do Sul podem aceitar que “se arvorem” o direito de intervir em “qualquer teatro de operação” sob “os mais variados pretextos”.



Jobim disse que o Brasil não aceita discutir assuntos relativos à soberania do Atlântico enquanto os norte-americanos não aderirem à convenção da ONU sobre o direito do mar, que estabelece regras para exploração de recursos em águas nacionais.



Ele lembrou que os EUA não firmaram a Convenção sobre o Direito do Mar da ONU e, portanto, “não reconhecem o status jurídico de países como o Brasil, que tem 350 milhas de sua plataforma continental sob sua soberania”. “Como poderemos conversar sobre o Atlântico Sul com um país que não reconhece os títulos referidos pela ONU? O Atlântico que se fala lá é o que vai à costa brasileira ou é o que vai até 350 milhas da costa brasileira?”



Também referiu-se a uma “alta autoridade” americana que defendeu “soberanias compartilhadas” no Atlântico. “Não pensamos em nenhum momento em termos de soberanias compartilhadas. Que soberania os Estados Unidos querem compartilhar? Apenas as nossas ou as deles também?”, questionou.



O ministro da Defesa falou na abertura da 7ª Conferência do Forte de Copacabana, promovida pela Fundação Konrad Adenauer, ligada à Democracia Cristã alemã, para criar um “diálogo” entre América do Sul e Europa em segurança.

América do Sul

Ele se disse contrário ainda as alianças militares entre a América do Sul e os Estados Unidos. “Nossa visão é a de que podemos ter relações com os EUA, mas a defesa da América do Sul só quem faz é a América do Sul”. O ministro defendeu que o Brasil não deve se aliar a forças militares que não aceitem o comando de outros exércitos. “Os EUA não participam das forças humanitárias da ONU porque não admitem ser comandados por outros exércitos. Não podemos aceitar esse tipo de assimetria”, declarou.



Papel dominante



Em resposta ao alemão Klaus Naumann, ex-diretor do Comitê Militar da Otan, que disse que a Europa é o “parceiro preferencial” de que os EUA necessitam para manter seu papel dominante no mundo, o ministro disse: “Não seremos parceiros dos EUA para que eles mantenham seu papel no mundo”.



Segundo Jobim, a Europa “não se libertará” de sua dependência dos EUA e por isso tende a sofrer baixa em seu perfil geopolítico. O da América do Sul tenderia a crescer, pelo crescimento econômico e os recursos naturais, água inclusive, de que dispõe em abundância, enquanto escasseiam no mundo.



Energia Nuclear



Na avaliação de Jobim, as relações entre os países signatários do Tratado Sobre a Não-Proliferação de Armas Nucleares também é assimétrica e penaliza aqueles que buscam gerar energia nuclear para fins pacíficos. Para ele, não há problemas no interesse da Venezuela em dominar essa tecnologia. “A Venezuela sentiu o problema da sua base de energia elétrica ser hidrelétrica e teve inclusive que fazer racionamento”, disse. “A Venezuela fez tal qual o Brasil. E nós aplaudimos”, complementou sobre o país vizinho, considerado um problema no continente pelos EUA.



Cuba



As críticas de Jobim aos norte-americanos ainda abordaram a relação do país com Cuba. “Qual foi o resultado do bloqueio a Cuba? Produziram um país orgulhoso, pobre e com ódio dos EUA”, disse.



Para o ministro, os riscos à segurança da América do Sul e os conflitos do futuro estarão relacionados à água, minerais e alimentos. “Isso a América do Sul tem. Temos aqui o aquífero Guarani, a Amazônia, somos os maiores produtores de grãos e de proteína animal do mundo”, enumerou. “Temos que nos preparar para isso”, advertiu sobre possíveis ameaças futuras.



As declarações do ministro Jobim ratificam no terreno da defesa, os traços determinantes da política externa brasileira. O Brasil optou pelo caminho do exercício da sua soberania, da integração regional e do anti-hegemonismo estadunidense. O pronunciamento reveste-se de grande atualidade, porquanto a Otan, pacto militar agressivo sob a hegemonia norte-americana se reunirá ainda este mês em Lisboa, para definir o novo conceito estratégico. Entre outros pontos, na pauta da cúpula da Otan estão a expansão do raio de ação, com foco para todas as regiões do mundo, incluindo o Atlântico Sul.



Íntegra do discurso no arquivo anexo:

www.defesanet.com.br/forte/vii_jobim.htm (copie e jogue no navegador)

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

SOBRE A CARTA ABERTA NA ULTIMA HORA:

DADOS SUPER PEDIDOS SOBRE O VALOR DA DÍVIDA PÚBLICA. HÁ MUITA CONFUSÃO E RECORRO AO TABALHO DE UM ESPECIALISTA NO TEMA, APESAR DE CONSERVADOR, ACOMPANHA COM EXTREMA SERIEDADE OS DADOS DAS VÁRIAS DÍVIDAS PÚBLICAS DO PAÍS. TRATA-SE DE Ricardo Bregamini, cujo site é da melhor qualidade sobre esta temática;

Dívida Líquida
Total da União (Interna e Externa)
Fonte MF - Base R$ bilhões.
Itens 1994 % PIB 2002 % PIB Ago/10 % PIB
DMIM 32,1 9,19 558,9 37,82 1.524,6 45,62
DMIBC 33,5 9,59 282,1 19,09 659,6 19,74
DET 22,2 6,35 262,9 17,79 93,5 2,80
Total 87,8 25,13 1.103,9 74,70 2.277,7 68,16
Legenda: DMIM - Dívida Mobiliária Interna em Poder do Mercado;
DMIBC - Dívida Mobiliária Interna em Poder do Banco Central;
DET - Dívida Externa Líquida.


Pode-se ver claramente que a afirmação de que o governo Fernando Henrique é um exemplo de rigor fiscal é um atrevimento contra os fatos. Nenhum economista sério ou mesmo qualquer cidadão honesto pode considerar que elevar a dívida pública da 87 bilhões de reais para 1,103 trilhões de reais em oito anos (um aumento de mais de 11 vezes!) sem aumentar os gastos em investimento, em educação, em saúde, etc. é um caso de DISCIPLINA FISCAL...



ESPERO NÃO RECEBER MAIS CONTESTAÇÕES NA BASE DO DESCONHECIMENTO DOS DADOS. Não faço afirmações improvisadas ou “ideológicas” ou partidários quando se trata de analisar a realidade. Sobretudo quando se trata de assuntos sobre os quais venho trabalhando sistematicamente há 50 anos. Os mesmos dados contundentes podria dar sobre a queda das hiperinflações dos anos 80 em princípio dos 90 em todo o mundo, sobre a inflação nos anos 94 a 2002, sobre o câmbio fixo de 1994 a 1999 (janeiro), sobre as divisas que tinha os país em 2002, etc. etc. Houve uma enxurrada de contestações de pessoas que não têm nenhuma informação séria sobre os dados e não há tempo para contestar a todas. Lamento. Vejam meus livros e artigos no meu blog e no website da reggen ou mesmo nas minhas milhares de entradas no google. Para os enfezados: não sito estas coisas para vangloriar-me e sim porque são instrumentos de trabalho sérios à disposição de quem tenha um real interesse pelos temas discutidos na véspera da eleição mas que são preocupação permanente dos cientistas sociais preocupados com o destino do país.



Theotonio Dos Santos



Theotoniodossantos.Blogspot.com