quinta-feira, 24 de março de 2011

Cartaz da aula inaugural do DPCP da UFRJ

DCP / IFCS / UFRJ

O DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA POLÍTICA CONVIDA PARA A

A U L A I N A U G U R A L

(2011-1)

O Pensamento crítico e os desafios do Brasil na década de 2010

Emir Sader

(SECRETÁRIO EXECUTIVO CLACSO PROFESSOR UERJ E PROFESSOR APOSENTADO USP)

Terça-feira | 29 de março |10h30 | Salão Nobre do IFCS

O Brasil não quer entrar na era da educação à distância sob o pretexto oligárquico (defendido por muitos intelectuais de esquerda!!! entre outros) de que é necessário preservar a qualidade... aqui vai uma lista de alternativas que recebi do Professor Enrique Saravia, à qual poderia agregar outras iniciativas, como a CLACSO na argentina e o centro que dirige Atilio Borón depois de deixar a direção da CLACSO.Veja-se também o Centro dos Sindicatos dirigido por Julio Gambina. Ver em:

Dr. Atilio A. Boron
Director del PLED
Programa Latinoamericano de Educación a Distancia en Ciencias Sociales
Centro Cultural de la Cooperación "Floreal Gorini"
Corrientes 1543 – C1042AAB Buenos Aires, Argentina
Teléfonos (54-11) 5077-8021/22/24
Visita mi blog www.atilioboron.com

Julio C. Gambina
Presidente de la Fundación de Investigaciones Sociales y Políticas, FISYP

Convite seminário POLOP 50 anos e lançamento do livro "Conquistas e Impasses do Socialismo"

O Arquivo Nacional está apoiando um estudo sobre a POLOP que está conduzido pelo Centro de Estudos Victor Meyer. Como já chamamos a atenção no comentário sobe o livro que o centro publicou sobre a POLOP, trata-se de uma tendência que buscou manter a organização depois das fortes defecções de 1967 que deram origem a váias movimentos armados. Esta tendência esteve sempre profundamente ligada a Eric Sachs que teve um papel muito importante na criação da POLOP mas que, segundo nosso ponto de vista, não compreendeu a evolução dos acontecimentos e as especificidades da situação brasileira teminando muito isolado. Sua dissolução no PT foi contudo um ato sensato que, como vimos, teve frutos positivos. Os organizadores deste seminário buscaram incorporar todas as tendencias da POLOP e, ente outros me convidaram para participar como expositor do mesmo. Contudo, como tinha já uma viagem programada para Espanha e depois Venezuela não pude comparecer. Creio que estes companheiros estão fazendo um trabalho honesto e amplo e gostaria de ter participado. A herança da POLOP ganhou uma dimensão bastante fundamental com a eleição de Dilma Rousseff que iniciou sua militância nesta organização em Minas Gerais.
Vale a pena prestigiar este seminário e os trabalhos do Centro Victor Meyer com o apoio do Arquivo Nacional.

Caros Amig@s,

No próximo dia 29 de março, das 09 às 17:00 horas será realizado, no Arquivo Nacional, o seminário "Importância da POLOP na História Contemporânea do Brasil". O Seminário pretende apresentar e debater os depoimentos e posições de ex-militantes de diferentes fases da trajetória dessa organização revolucionária nas lutas de classe, entre a data de sua fundação, em janeiro de 1961, e sua dissolução no Partido dos Trabalhadores (PT), em 1985.


Estão abertas as incrições para o seminário Importância da POLOP na História Contemporânea do Brasil.

Às 17h, teremos o lançamento do livro Conquistas e Impasses do Socialismo, no pátio interno do Arquivo Nacional.

Esperamos por você!

Saudações!

Samuel Warth

Centro de Estudos Victor Meyer-Rio

Eis o programa do evento:

Importância da POLOP na História Contemporânea do Brasil.

Local: Auditório do Arquivo Nacional - Praça da República 173 Centro. Rio de Janeiro - RJ

De 9h às 17h

Coordenação

Eduardo Navarro Stotz – Sociólogo, prof. da Escola Nacional de Saúde Pública (ESNP-Fiocruz), membro do Centro de Estudos Victor Meyer. Ex-militante da POLOP

8h às 9h

◘ Recepção, inscrições e entrega de crachás e pastas

9h às 9h30 - Abertura

◘ Eliza Tieko Yonezo – Diretora do Centro de Estudos Victor Meyer. Ex-militante da POLOP

◘ Prof. Jaime Antunes da Silva – Diretor-geral do Arquivo Nacional

9h30h às 10h

Importância da POLOP na História do Brasil Contemporâneo (1961-1985)

Ceici Kameyama – Engenheiro; membro do Centro de Estudos Victor Meyer. Ex-militante da POLOP

10h às 10h30

O surgimento da POLOP no quadro da luta de classes na América Latina nos anos 1950-60

Emir Sader – professor doutor adjunto do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana da UERJ

10h30 às 11h - Coffee Break

11h às 11h30

As greves de 1968 e a mobilização independente da classe operária

Flavio Koutzii – Sociólogo; coordenador de Assessoramento Superior do Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Ex-militante do Partido Operário Comunista (POC)

11h30 às 12h - Debates

12h às 13h30 - Almoço

14h às 14h30

A luta na clandestinidade e o voluntarismo na esquerda revolucionária

Eliza Tieko Yonezo – Diretora do Centro de Estudos Victor Meyer. Ex-militante da POLOP

14h30 às 15h

Posição da POLOP diante da redemocratização e da formação do PT

Sérgio Antão Paiva – Engenheiro; membro do Centro de Estudos Victor Meyer. Ex-militante da POLOP

15h às 15h30 - Coffee Break

15h30 às 16h

Os balanços da trajetória da POLOP: uma análise histórico-política

Eurelino Coelho - Historiador; prof. da Universidade estadual de Feira de Santana/Bahia.

16:00 às 16:30 h – Debates

16:30 às 17:00 h – Conclusão: palavras finais dos palestrantes

17 h: Lançamento do Livro:

Conquistas e Impasses do Socialismo. Seleção de textos na tradição da Organização Revolucionária Marxista Política Operária.

Organização de Eduardo Navarro Stotz e Samuel Warth. Edição do Centro de Estudos Victor Meyer.

Para participar:
- Entre na página d
o Arquivo Nacional: http://www.arquivonacional.gov.br
- Clique em:
Ficha de inscrição
- Preencha os campos e envie o arquivo para o seguinte endereço:
pi@arquivonacional.gov.br
- As incrições são gratuitas mas são limitadas a capacidade do auditório, para 150 pessoas.
- As inscrições podem ser feitas até momentos antes do seminário, porém recomendamos fazê-lo com antecedência.



Marta Harnecker entrevista a Ricardo Ulcuango

Marta Harnecker siempre acompañado los procesos revolucionarios latinoamericanos hace una entevista de gran atualidad a Ricardo Ulcuango, lider indígena de Ecuador. El confronto entre los movimientos indígenas y el gobierno ecuatoriano ha tomado dimensiones muy peligrosas. Hay que analisar con cuidado estos choques ente fuerzas esenciales para la lucha antiimperialista en América Latina.

Para ler, clique aqui.

MANIFESTO ASSINADO POR OSCAR NIEMEYER E INTELECTUAIS DA REDE EM DEFESA DA HUMANIDADE

DO POVO BRASILEIRO A BARACK OBAMA

O presidente Lula foi definitivo: quando nos dirigimos a V. Exa não parece que falamos com o representante de um poder imperial e sim com um brasileiro como qualquer um de nós. Sua eleição trouxe muita admiração e muita esperança para o povo brasileiro e para toda a América Latina. Contudo, devemos confessar-lhe que nos encontramos profundamente decepcionados.”
Acreditamos nas promessas de campanha, entre elas esperávamos que seu governo trouxesse a paz e a justiça para nossa querida Ilha Cubana, que como é sabido, apesar do embargo de mais de 50 anos conseguiu ocupar um lugar de destaque no mundo com avanços significativos na área da biotecnológica, educacional e na área de saúde publica.Apesar da campanha difamatória e da propaganda violenta Cuba resiste a todas as agressões e intempéries com dignidade.Desnecessário citar a V. Exa todos os desmandos contra Cuba, sob as mais mentirosas alegações. Assim foi a Baia de Porcos, assim foi a promessa de desativar Guantánamo, assim é a prisão dos Cinco Cubanos em prisões Estadunidense com julgamentos sem nenhum critério ético e justiça, assim foi assinado há mais de 50 anos um embargo econômico, cruel e desumano.
Assim tem sido contra Honduras, Venezuela, Bolívia, África, sem citar o apoio e o trabalho das agencias de inteligência contra os países sul americanos nas décadas de 60 e 70 de século passado.
São incontáveis essas agressões. O senhor chegou como esperança de crescimento do homem em todas as esferas. Veio de uma classe média diferenciada, traz nas veias a herança de seus antepassados, os mesmos que construíram a economia de seu Pais.
Sabemos de seus interesses na grandiosidade de Brasil, que transcende o imaginável: Pré - sal, riquezas inesgotáveis de energia, e biodiversidade, mão de obra barata, são apenas alguns exemplos.
Senhor Presidente Barack Obama, nosso contencioso é grande mas nosso carinho pelo povo norte americano transcende as desavenças.
Queremos aproveitar esta ocasião para uma reflexão necessária: a generosidade, a solidariedade, o respeito a soberania de cada pais, e principalmente,centrar nossas potencialidades para transformar o caos em que vivemos num mundo melhor.

Vejam também este vídeo:

AINDA SOBRE A DEFESA DA TESE DOUTORAL DE MONICA BRUCKMANN: "O INVENTAMOS O NOS EQUIVOCAMOS"

Num ambiente de forte concentração intelectual, a mesa composta dos doutores Cunca Bocayuva (PUC), Aluizio Alves(UFRJ), Claudio Gurgel (UFF), Gisálio Cerqueira (UFF-orientador), Carlos Walter Porto Gonçalves (UFF), Gizlene Neder (UFF) argui a doutoranda Monica Bruckmann, cujas respostas foram precisas e instigantes, conduzindo a um plano de pesquisa de longo prazo sobre uma problemática fundamental para o destino da região. O resultado foi a aprovação com nota dez (maxima).



quarta-feira, 16 de março de 2011

LEOCÁDIA PRESTES – UMA HOMENAGEM.

A MÃE DE LUIZ CARLOS PRESTES QUE LUTOU PARA RETIRAR AS NETA DAS MÃOS DOS NAZISTAS EM PLENA ALEMANHA E QUE MANTEVE UM FORTE MOVIMENTO INTERNACIONAL PARA LIBERTAR A SEU FILHO VAI RECEBER UMA HOMENAGEM MUITO JUSTA E NECESSÁRIA, OGANIZADA PELO CECAC, UM CENTRO CULTURAL QUE TEM CUIDADO MUITO BEM DA MEMÓRIA DAS LUTAS SOCIAIS BRASILEIRAS E INTERNACIONAIS. CONFIRAM A ENTREVITA MINHA QUE FOI PUBLICADA NO MEU BLOG. LEIAM SUA BIOGRAFIA NO SEGUINTE LINK E NÃO DEIXEM DE PARTICIPAR DESTA HOMENAGEM:


Caros camaradas e amigos,



Estamos divulgando junto com o convite para a Palestra e Debate “Leocádia Prestes – mãe coragem” (na próxima 5ª feira, no CeCAC), o emocionante e combativo texto de Lygia Prestes que retrata a trajetória de vida (pouco conhecida nos dias de hoje) de Leocádia, expressão de um época de significativas vitórias na luta contra o imperialismo, contra a exploração capitalista, contra o fascismo e de avanço da revolução e das experiências de construção do socialismo.



Consideramos importante a leitura e divulgação do texto, pelo exemplo de coragem e luta desta mulher que, entre outras atividades, esteve à frente de uma campanha internacional pela libertação de Luiz Carlos Prestes e demais presos políticos brasileiros na década de 1930 e enfrentou a Gestapo (polícia nazista) para resgatar sua neta Anita, filha de Prestes e Olga Benario. Sua dedicação e coragem servem como estímulo à luta revolucionária na conjuntura de hoje.



A atividade do CeCAC é também uma homenagem à mulher brasileira, no mês do Dia Internacional da Mulher, resgatando o espírito com que foi lançado esse dia de homenagem às lutas das mulheres - diferentemente do quanto tem sido banalizada e "comercializada" esta data.



Solicitamos a sua colaboração para divulgação da atividade e do texto de Lygia Prestes. Seguem os links das páginas do sítio do CeCAC, do cartaz e texto:




Saudações, Marco Antonio



Foto do enterro de Leocádia, em 1943, no México:



"No dia 18 de junho de 1943, realizou-se o enterro, que se transformou em uma verdadeira manifestação popular. O cortejo atravessou toda a cidade a pé, até as colinas de Tacubaya, onde ficava o cemitério. O caixão, coberto pela bandeira brasileira, foi levado em ombros e cercado por uma guarda de honra que levava as bandeiras de todas as Nações Unidas que, naquele momento, travavam a luta contra o nazismo. À beira da sepultura, vários oradores se fizeram ouvir, inclusive representantes de outros países latino-americanos, como Cuba, Uruguai, Chile e, também, de países europeus, principalmente alemães e espanhóis. O grande poeta chileno Pablo Neruda leu o seu Poema Dura Elegia [para leitura, clicar], escrito especialmente para aquele triste momento, no qual ele define a importância da vida de Leocádia Prestes com estas singelas palavras: “Señora, hiciste grande, más grande, a nuestra América...”.

IV Jornadas de Economía Crítica

ESTES ENCONTROS SÃO MUITO CONCORRIDOS E BASTANTE IMPORTANTES. JÁ PARTICIPEI COMO CONFERENCISTA NELES E TENHO A MELHOR LEMBRANÇA DOS DEBATES. RECOMENDO POIS FAZ PARTE DA RECUPERAÇÃO DO PENSAMENTO CRÍTICO LATINOAMERICANO.




IV Jornadas de Economía Crítica

Dilemas de la Acción y del Pensamiento Critico latinoamericano:
Desarrollo, Estado, Movimientos Sociales.


Llamado a Presentación de Ponencias

25, 26 y 27 de agosto, Córdoba, Argentina

La actual coyuntura nacional, latinoamericana e internacional nos llama a reflexionar. A nuestro alrededor se evidencian innumerables conflictos en el sistema económico mundial, desde la crisis de la deuda soberana con foco en Europa (a poco tiempo de la crisis del sistema financiero mundial con epicentro en Estados Unidos) hasta las revueltas que se riegan por África y Oriente Medio. Por otra parte, no podemos dejar de destacar que, a diez años de las jornadas del 19 y 20 de diciembre de 2001, resulta ineludible discutir qué aspectos de los ámbitos político, económico y social exponen rupturas o continuidades con los patrones anteriores.
En tanto, ¿qué tiene para decir la Economía Política como Ciencia, sobre estos hitos de la historia argentina y mundial? ¿Puede desprenderse de las cadenas que el orden imperante le ha arrojado encima, de los prejuicios de la doctrina degradada que se nos enseña en las Universidades, de las trabas que enfrentan los movimientos sociales para a la vez reproducirse como trabajadoras/es y desarrollar una conciencia liberadora? Y más aún, si la Economía Política es capaz de colaborar en algo con la urgencia de una porción cada vez mayor de las/os trabajadoras/es del mundo por hacerse de medios para subsistir, ¿qué es lo que debe aportar: políticas para el desarrollo, alternativas al desarrollo, o un cambio de paradigma respecto de lo que es el desarrollo? ¿Con qué actores y otras Ciencias debe relacionarse la Economía Política, para avanzar conceptualmente hacia una teoría que nos permita comprender y transformar nuestra realidad?
Las IV Jornadas de Economía Crítica (JEC) se proponen consolidar el espacio de discusión abierto hace ya 5 años, para que estudiantes, graduadas/os, docentes, investigadoras/es y profesionales en Ciencias Económicas y Sociales puedan reflexionar, debatir e interpretar su realidad. Nuestra intención aborda todo el espectro del pensamiento y accionar sociales, políticos y económicos críticos, combinando los aportes teóricos de cada disciplina con la dinámica propia de las organizaciones sociales.
Las JEC han tenido un importante crecimiento desde su primera edición en 2007 en La Plata, pasando por la organización del IV Coloquio Internacional de la SEPLA en 2008, las II JEC en 2009 en Bahía Blanca, el Encuentro Nacional de Discusión de Planes de Estudio en 2010 en Mar del Plata, cuya etapa más reciente fueron las III JEC en Rosario en 2010 -además de numerosas actividades llevadas a cabo por cada regional organizadora. Sin embargo, el mayor éxito de este espacio de análisis, discusión y formación pluralista y abierto reside en la riqueza de sus intercambios, en la contundencia de sus críticas y aportes a las Ciencias Sociales y en el entusiasmo que han ayudado a construir los centenares de participantes en reuniones y debates realizados en estos años -sintetizados en las más de 600 personas que asistieron a las últimas JEC y en los 180 trabajos allí presentados-; sumado al número cada vez mayor de personas que se comprometen voluntariamente en su organización y difusión.
En efecto, las JEC se proponen continuar abriendo nuevos horizontes y caminos para la Economía Política, en un ámbito donde la ortodoxia dominante (en la academia y en las instituciones educativas) pretende atiborrarnos de ahistoricidad, de pensamiento único y monolítico, de herramientas que poco sirven para explicar la realidad y actuar sobre ella. Hoy nos encontramos en camino hacia una verdadera red de economistas críticos, que colabore en trascender (en el tiempo y en el espacio) las limitaciones que enfrenta en nuestro país y continente el desarrollo de la Economía Política como Ciencia.
Las IV JEC tendrán lugar en la Facultad de Ciencias Económicas de la Universidad Nacional de Córdoba (Av. Valparaíso s/n Ciudad Universitaria). Los días jueves 25, viernes 26 y sábado 27 de agosto de 2011, de 9:00 a 20:00 hs. aproximadamente, se abrirán para el debate varias instancias, entre las cuales se incluyen paneles de presentación de ponencias, mesas abiertas, talleres de formación y actividades especiales, tal como en las Jornadas pasadas.
Como siempre, invitamos especialmente a jóvenes estudiantes o graduados recientes -cuyos aportes la ortodoxia suele menospreciar-, a enviar sus ideas, trabajos y/o tesinas de grado o postgrado y (desde ya) a participar de todos los ámbitos de debate.
Las JEC son gratuitas y abiertas a todo el que quiera participar. Se entregarán certificados de asistencia y exposición. Las regionales organizadoras se encargarán de ofrecer medios de transporte al costo desde las distintas ciudades del país. Más adelante comunicaremos también alternativas dealojamiento en Córdoba.
Toda información disponible se publicará en jornadaseconomiacritica.blogspot.com. Por cualquier consulta o sugerencia, escribir ajornadaseconomiacritica@gmail.com.
Las IV Jornadas de Economía Crítica son organizadas por la Escuela de Economía Política de la UNLP (EEP-UNLP), Escuela de Economía Política de la UBA (EsEP-UBA), Red de Estudios de Economía Política de la UNR, Regional Bahía Blanca de la UNS, Grupo de Economía Scalabrini Ortiz de la UNMdP, Regional Córdoba de la UNC, y la Escuela de Pensamiento Crítico de la UNQ (EPeC-UNQ).

Fechas importantes

Presentación de resúmenes Hasta el viernes 20 de mayo

Presentación de ponencias Hasta el viernes 15 de julio

Preinscripciones de asistentes Hasta el miércoles 24 de agosto

IV Jornadas de Economía Crítica
25, 26 y 27 de agosto

Ejes temáticos:
a. Patrones y políticas de Crecimiento, Distribución y Empleo en Argentina - horizontes y límites.
b. Clases sociales y políticas públicas en el Desarrollo.
c. América Latina en una economía mundial en Crisis: desafíos y problemas de la inserción e integración.
d. Economía Crítica en Movimiento: las Teorías y Prácticas que interpelan el Pensamiento Único.
e. Deconstruyendo la realidad a través de la Historia Económica y Social.
f. A 10 años del 19 y 20 de diciembre: aportes para comprender el conflicto social.
Se enfatiza que no es requisito que la ponencia se encuadre estrictamente en estos ejes (que son tentativos y no excluyentes), mientras su contenido sea afín con la finalidad de las Jornadas de Economía Crítica de promover alternativas teóricas a las ideas neo- y nuevo-clásicas.
Requisitos para la presentación de ponencias:
Para el envío del resumen deberá completarse el formulario de presentación que estará disponible online en el blog de las Jornadas,jornadaseconomiacritica.blogspot.com. Se debe completar una ficha de inscripción por persona y por trabajo (es decir, si un trabajo tiene varios coautores, debe llenar una ficha cada uno, y si una persona presenta más de un trabajo debe llenar una ficha por cada trabajo). Una vez completado el formulario, enviar el resumen como archivo adjunto a jornadaseconomiacritica@gmail.com.
Los resúmenes, de entre 1 y 2 carillas de extensión, deben ser enviados antes del 20 de mayo, en formato documento de Word 2003 (.doc) u OpenOffice (.odt), tipografía Tahoma 10, interlineado 1,5 líneas. Sin ser obligatorio ni excluyente, agradeceremos que en el resumen al menos se presente la temática, se delimite el problema a tratar y se explicite la forma de abordarlo.
El texto completo debe ser enviado antes del 15 de julio, bajo las mismas condiciones de formato que el resumen. Enviar como archivo adjunto ajornadaseconomiacritica@gmail.com, con el nombre “JEC.2011-(apellido/s del/las/los autor/as/es).doc/odt”; por ejemplo, “JEC.2011-Rojas y Lopez.doc”.
Los trabajos presentados serán publicados en los anales de las IV JEC, que contarán con ISBN y podrán adquirirse en el transcurso de las Jornadas. La presentación de los trabajos en las Jornadas debe ser realizada en español. El día, horario y duración de dicha exposición será anunciado con anterioridad a las IV JEC[1].
Preguntas o sugerencias acerca de los objetivos de las Jornadas, el formato o contenido de las ponencias, otros temas relacionados con el programa, transporte o alojamiento en Córdoba u otras cuestiones: jornadaseconomiacritica@gmail.com.

Organizan estas IV Jornadas de Economía Crítica:

Escuela de Economía Política (EEP-UNLP) / Escuela de Economía Política (EsEP-UBA) / Regional Bahía Blanca (UNS) / Red de Estudios de Economía Política Rosario (UNR) / Grupo de Economía Scalabrini Ortiz Mar del Plata (UNMdP) / Regional Córdoba (UNC) / Escuela de Pensamiento Crítico (EPeC-UNQ)

Adhieren:

Universidad Nacional de Quilmes (UNQ)
Área de Economía Política de la Universidad Nacional de General Sarmiento (UNGS)
Área de Economía y Tecnología de la Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales (FLACSO)
Carrera de Economía Empresarial de la Universidad Nacional de Lanús (UNLa)
Dto. Desarrollo Productivo y Tecnológico de la Universidad Nacional de Lanús (UNLa)
Instituto Argentino para el Desarrollo Económico (IADE)
Economistas de Izquierda (EDI)
Área de Economía del Centro REDES
Grupo de Estudios de Ciencias Sociales del IADE
Centro de Estudios Económicos y Monitoreo de las Políticas Públicas (CEMoP)
Centro de Estudios para el Desarrollo Argentino (CENDA)
Colectivo de Estudios e Investigaciones Sociales (CEISO)
Revista Realidad Económica
Revista EPQ? (Economistas Para Qué?)
II Jornadas Indisciplinarias sobre Conocimiento Científico (Argentina)
III Encuentro Internacional "La economía de los trabajadores" (México)
IV Encuentro Internacional de Economía Política y Derechos Humanos (Argentina)
AGD-Económicas. Comisión Oscar Braun (UBA)
Asociación de Docentes de la Universidad Nacional del Sur (ADUNS)
Centro de Estudiantes de Economía de la Universidad Nacional del Sur (CEE - UNS).

IV Jornadas de Economía Crítica
25, 26 y 27 de agosto, Córdoba, Argentina

segunda-feira, 7 de março de 2011

"Como países soberanos, tenemos todo el derecho de pelear nuestras luchas", Manuel Zelaya Rosales

Honduras continua viva.Vejam as declarações de Manuel Zelaya reivindicando sua luta pela reintegração de Cuba à OEA depois de anos da vergonhosa expulsão da revolução cubana deste organismo. Também justifica sua integração na ALBA e sua aproximação com o “socialismo do sul” como ele chama os regimes da Venezuela, Bolívia e Equador.


Del escritorio de José Manuel Zelaya R.

Santo Domingo República Dominicana 30 de enero 2011

Lo notorio en los cables diplomáticos de los embajadores imperiales es que se tomen tan en serio, la misión de “interpretar” desde su beneficio las cosas que hacemos otros países. Que Terminen confundiendo el día con la noche, lo negro con lo blanco, y, en general cualquier actitud que les sea adversa.

Nunca van entender las derechas, del continente que como países soberanos, tenemos todo el derecho de pelear nuestras luchas, con la perspectiva de ganarlas, y eso logramos precisamente con la anulación de las resoluciones contra Cuba en San Pedro Sula, y con nuestra apertura con el socialismo del sur.

Las resoluciones de OEA, en Honduras, a favor de la revolución Cubana, y mi adhesión al ALBA; fueron victorias, porque cada una de ellas produjo la posibilidad de acercarnos a Latinoamérica por la justicia y la libertad que merece el pueblo hondureño.

Patrocinar la anulación de estas resoluciones de 1962, ni el pueblo cubano, ni sus líderes, en su magnífica dignidad, nos lo pidieron; - esta fue una iniciativa totalmente de Honduras- y desde luego tampoco el imperio americano tenía interés. Hubo que sortear todas estas dificultades durante largos 2 años, a la que nos acompaño y puede dar fe; el SG: José Miguel Insulza, como todos los cancilleres de América

La anulación -se realizo unos días antes del Golpe de estado de Honduras - fue una rectificación HISTORICA de esta generación. Sobre un error, un crimen cometido por otras gentes, hechas gobierno, cuatro décadas atrás, que llenaron de vergüenza a nuestros pueblos, cuando sin justificación- como quedo demostrado en SPS- expulsaron al país heroico de Martí, Fidel y Maceo del " TIAR" y de la Organización de Estados Americanos.

Nada más, ni nada menos se puede decir de ese hecho histórico.

No entienden las derechas, de Washington, que con ellos la relación comercial es estrictamente de negocios; con los hermanos de Latinoamérica construimos la sociedad del futuro. Debemos ver de cerca las permanentes manipulaciones de esta gente que ya demostró una y otra vez, que les resulta más fácil callar la verdad que dejarme retornar a mi pueblo.

A los hombres nos definen nuestros actos, en ese sentido, dejo en manos de la historia y de los pueblos de América Latina el juicio de mis hechos y de mis ideas, de los que estoy profundamente orgulloso.

Hasta la victoria siempre

José Manuel Zelaya Rosales

Coordinador General FNRP


Estudiantes rechazan nominación de Uribe como profesor en Francia

Álvaro Uribe é uma das mais impressionantes construções da imprensa internacional. Implicado pelo governo norteamericano como um dos advogados do tráfico de trogas, criador comprovado pela justiça colombiana dos bandos de paramilitares dedicados ao tráfico de drogas e ao assassinato, tendo mais de 40 deputados seus aliados condenados na justiça colombiana e devidamente destituídos de seus cargos, tendo se encontrado os planos e ações estratégicas de sua "inteligência" comprando, intimidando e desaparecendo com políticos e jurados europeus que julgavam e denunciavam suas atividades delituosas, nada disto impede que a imprensa "livre" o trate como um modelo de político "democrático" que por oposição firme do sistema jurídico colombiano se viu impossibilitado de exercer um teceiro mandato presidencial. Sem falar na sua política de extensão da guerra civil colombiana com uma coorte de mortos, torturados e perseguidos. veja no meu blog a matéria radiofônica de um ex-admirador de uribe em meu blog e veja a reação dos estudantes colombianos, latino-americanos e franceses contra sua nomeação como professor em um universidade francesa. Vergonha para a França. Lembremos que em Estados Unidos não foi aprovado ainda o tratado de livre comércio com a Colômbia diante destes e outros terríveis antecedentes do governo daquele país.

quarta-feira, 2 de março de 2011

AINDA SOBRE A CARTA ABERTA A F.H.C.. ALGUNS ESCLARECIMENTOS DEPOIS DA PAIXÃO ELEITORAL.

RECEBI CENTENAS DE COMUNICAÇÕES SOBRE A MINHA CARTA ABERTA A FERNANDO HENRIQUE CARDOSO. MUITAS (A MAIORIA) FRANCAMENTE FAVORÁVEIS. OUTRAS CHEIAS DE RIDÍCULAS OFENSAS. OUTRAS BUSCANDO ESCLARECER ASPECTOS QUE FICARAM POUCO EXPLICADOS. ENTRE ESTAS DESTACO A CORRESPONDÊNCIA ENVIADA HÁ POUCO POR ORLANDO LIMA. QUE BUSQUEI RESPONDER POIS ME PARECIAM OBJEÇÕES HONESTAS. É LAMENTÁVEL CONTUDO VER A QUANTIDADE DE PROFESSORES DE ECONOMIA QUE DESCONHECEM A MINHA OBRA E ATÉ UM QUE ME ENVIAVA COSELHOS SOBRE COMO PODIA ACOMPANHAR A SITUAÇÃO ECONÔMICA MUNDIAL CITANDO REVISTAS INTERESSANTES DE GRANDE DIFUSÃO COMO THE ECONOMIST. SERIA CÔMICO SE NÃO FOSSE EXPRESSÃO DO NÍVEL DE NOSSAS FACULDADES DE ECONOMIA EM GERAL E DO BOICOT QUE SOFRE NOSSO PENSAMENTO NA ACADEMIA BRASILEIRA.

Caro Orlando

Você coloca sempre honestamente problemas importantes e merece minha atenção pois isto é uma raridade.
Mas vejamos bem o problema da chamada corrupção. Corrupção seria o uso ou desvio dos recursos públicos em benefício do patrimônio privado, Porém este desvio é definido por lei e não pela importância dos recursos utilizados. Ora, as leis e os mecanismos de sua interpretação são controlados exatamente pelos maiores beneficiários dos recursos públicos. Por exemplo: Segunda lei de responsabilidade fiscal, apresentada como um caso exemplr de combate à corrupção, se um governador destinar 1milhão de reais à construção de uma escola sem dispor dos recursos necessários, gerando uma dívida pública não coberta, el pode ir para a cadeia, segundo a lei. Contudo, 7 dirigentes do Banco Central podem DECIDIR aumentar a taxa de juros paga pelo governo em porcentagens não definidos sem nenhuma fonte de renda existente, aumentando assim radicalmente o gasto público em cerca de 10 BILHÕES DE REAIS e simplesmente obrigar o governo a diminuir os gastos públicos destinados à nossa precária educação, saúde, sanidade, pesquisa, et.,etc. para encontrar o financiamento desta decisão. Cabe uma pergunta imediata: a função do Estado é garantir educação, saúde e outras necessidades básicas da população ou é pagar juros. Creio que o pagamento de juros não é função do Estado e nenhum teórico ou filósofo político se atreveria a defender este ponto de vista. Mas você poderia dizer: O aumento da taxa de juros é necessário para garantir o chamdo equilíbio econômico... Cabe responder contestaondo cad item desta afirmação:

Não há nenhuma teoria econômica e nenhuma evidência empírica que prove esta afirmação de que os juros altos são uma maneira de combater a inflação. Ademais, a que altura? Segundo premio Nobel de economia neoliberal Allain, o maior especialista deles em taxas de juros, as taxas de juros pagas pelo Estado não podem estar próximas da taxa de crescimento do país, pois neste caso seriam uma simples transferência de recurso para o setor financeiro impedindo o desenvolvimento. Estas são palavras bonitas para descrever o roubo mais violento e descarado dos recursos públicos. Sabe quanto soma os gastos em pagamento de juros do Estado braileiro? Simplesmente eles representam em torno de 30% do gasto público. Sim, o povo brasileiro paga 1/3 dos impostos que desigualmente le cobram para sustentar em torno de 30.000 cidadãos brasileiros que vivem do pagamento dos absurdos juros da dívida pública. Grande parte deles extrangeiros que remetem estes lucros para o exterior obrigando os brasileiros a trabalhar brutalmente para exportarem mais do que importam para dispor de um superávit comercial que financie estas aventuras econômicas.
Repito: Os argumentos que eles usam para a defesa destes juros altos estão em choque com a boa teoria econômica (inclusive esta teoria de baixo nível neo liberal que eles dizem cultivar). Trata-se portanto de um roubo colossal e eles não podem ser declarados corruptos apesar de sair dos governos convertidos em banqueiros quase todos. Você nunca encontrará ma campanha na imprensa expondo esta situação. Pode até encontrar uma pequena nota aqui ou ali, mas nunca algo que fique na sua memória, pois há uma aliança inabalável entre o sistema de comunicação e o sistema financeiro. Não vou me aprofundar nisto pois já provei muitas vezes que em vez de combater a inflação, os altíssimos juros praticados pelo governo brasileiro são a principal fonte de inflação no nosso país. Mas tenho sido ouvido somente pela imprensa internacional ou por pequenos meios de comunicação no Brasil. Nas vezes que estive na televisão sempre me cortaram quando entro nestas questões, razão pela qual não me disponho mais a ir dizer o que eles querem. Ademais uma simples entrevista curta não pode contrarrestar horas e horas de mentiras.
Você dirá: Mas o Lula manteve a autonomia do Banco Central. Sim, foi um preço altíssimo para que limitassem seus ataques ao seu governo. Estiveram próximos da derrubada do governo durante a crise do chamado “mensalão”. Mas Fernando Henrique foi, como sempre, prepotente, subestimando o adversário, “Não vamos derrubá-lo. Vamos somente sangrá-lo”. E o iniciador do mensalão que era simplesmente o presidente do PSDB? Não só o mantiveram na presidencia mas ainda por cima fizeram uma sessão do senado de homenagem ao ilustre senador mineiro de ilustre família..E você crê realmente que a origem familiar ou de classe social não conta? O filho de Lula é acusado, e todo mundo sabe disto, de haver sido protegido por uma empresa privada, Escândalo. O filho de Fernando Henrique era marido com bens comuns, portanto dono também, do Banco Nacional que confessou ter criado 2.000 contas falsas (conhece crime maior que este nalgum banco? Digo, crime reconhecido) para beneficiar os acionistas do Banco que não sabiam (imagine isto na imprensa impiedosa com os que pretende derrubar) de onde vinham estes excedentes de benefícios. São bilhões de reais que estavam em jogo. O governo investiu alguns bilhões de reais (fala-se até em 14 bilhões de ajuda ao Banco presidido pela nora do presidente) e terminou negociando-o com o UNIBANCO e vendendo-o por 4 bilhões de reais... Você sabe disto. Tudo é público e “legal”. Bom: e quanto às privatizações: existe algum escândalo no governo Lula que se aproxime das comissões obtidas em uma só delas? Por favor meu caro amigo: Sua percepção dos acontecimentos está demasiado comandada pela imprensa. O PT poderá vir a ser um centro de corrupção à altura do nosso sistema mas são uns simples aprendizes. Não há um só escândalo do governo Lula que se aproxime de longe do menor escândalo do governo do Fernando Henrique. Não se adquire uma tecnologia tão sofisticada em 8 anos.
Neste sentido é impressionante ver como esta imprensa disposta a jogar tudo contra Dilma, pela honestidade da qual ponho meu braço direito 9 pois a conheço muito bem ) esta imprensa não pôde levantar nada contra ela. E o caso de sua secretária geral, francamente, é uma brincadeira de criança diante do que sabemos que ocorrem nos altos escalões do serviço público. A acusação máxima que conseguiram seria a possível cooperação dela com a comissão ou remuneração de 150.000 reais! Por uma intermediação que fracassou... Francamente, a Folha de São Paulo ganhou o premio de jornalismo do ano pela reportagem que descobriu este “tremendo” rombo do Estado... E ela caiu do governo por não ter apresentado seu cadastro... Francamente não sei como se pode ter criado na cabeça das pessoas de que se estava diante do maior escândalo da história do país.
Não quero defender estas pessoas que por acaso estão envolvidas em negócios escusos. Mas nunca me guiarei por esta imprensa e esta opinião pública hipócrita para determinar os verdadeiros problemas do Brasil. Por sorte a maioria de nossos eleitores não acredita nestas coisas. Eles são bem mais sábios que os chamados “formadores de opinião”.
vamos parar por aqui pois estão me desviando de outras questões que apesar de não estarem na ordem do dia desta opinião pública são muito mais importantes para o país. Obrigado pelas suas opiniões e pelo seu interesse. Meus livros publicados em português estão quase todos esgotados. Na verdade o único que ainda tem exemplares é o último sobre Do Terror à Esperança: Auge e Decadência do Neoliberalismo., Idéias e Letras, Aparecida, S.P. Você encontrará referências a eles e vários artigos e livros que poderá baixar no web site da Cátedra UNESCO/UNU que eu dirijo: www.reggen.org.br., além evidentemente do meu blog que é contudo muito insuficiente.

Abraços

Theotonio Dos Santos
23/02/2011.


De: Orlando Lima [mailto:guaxinindourado@hotmail.com]
Enviada em: terça-feira, 22 de fevereiro de 2011 19:09
Para: thdossantos@terra.com.br
Assunto: RE: RES: Carta aberta a Fernando Henrique Cardoso

Prezado Professor Theotonio,

Muito obrigado pela sua gentileza em responder a minha mensagem. Visitei o seu blog e a ele voltarei outras vezes pois contém assuntos interessantes. Busquei, via internet, localizar alguns dos seus livros para adquiri-los e, infelizmente não obtive êxito. Mesmo nos sebos não consegui localizá-los. Ficaria reiteradamente agradecido se o senhor puder me indicar algum local onde possa adquiri-los.
A sua resposta contemplou a minha dúvida com relação a ocorrências no campo da Economia. No que diz respeito a dívida pública dos governos FHC e Lula, embora concorde que FHC aumentou a dívida em 15 vezes o valor por ele herdado do governo anterior, enquanto que o governo Lula apenas duplicou o valor recebido de FHC, não podemos esquecer que o valor do aumento da dívida criada pelos dois governos foi bem próximo: cerca de 800 bilhões de reais. Assim, em termos de aumento da dívida pública, se equivaleram.
No que pese expressar o meu total acatamento à sua discordância quanto ao nível de corrupção no governo Lula, permita-me fazer uma pequena ponderação. Valendo-me ainda do que foi publicado na imprensa durante o período dos dois governos quanto ao quesito corrupção, embora não tenha feito um levantamento estatístico, acredito estar fora de dúvida que no governo Lula os jornais impressos e televisivos trouxeram a público maior número de casos ensejadores de possíveis atos de corrupção do que no governo FHC. Ressalte-se ainda a conduta aloprada do nosso ex-presidente em, ao ter programas do seu governo com várias irregularidades encontradas pelo TCU colocados sob suspeita e com a suspensão do seu andamento recomenndada, resolver dar carão nos ministros do TCU e até propor a necessidade de regramento jurídico limitando o alcance das ações daquele Órgão fiscalizador. No entendimento do ilustre ex-presidente, e o disse claramente em rede de televisão, o governo não pode ficar paralizado por uma decisão do TCU ou pela decisão de um juiz. Se é verdade, por um lado, que no governo Lula não tivemos corrupção próxima de um bilhão de reais, é igualmente verdade, por outro lado, que no seu governo tivemos numericamente muito mais casos denunciados como corrupção. Basta lembrar o balcão de favores e liberação de verbas em que se transformou o nosso Parlamento diante do Executivo, ao longo das legislaturas.
Não creio que nos últiimos 30 anos da nossa República o tema corrupção tenha se tornado um instrumento de luta da classe dominante contra os setores populares que ascendem a posições de poder e que não sabem manejar bem os mecanismos de corrupção tornando-se facilmente fonte de escândalo por pequenas quantias tentando muitas vezes imitar seus antagonistas das classes dominantes que manejam esses recursos colossais sem uma só acusação de corrupção. Ocorreu exatamente o contrário. A cognominada elite capitalista governou o país até 2002. Os partidos populares, pelo menos nos últimos 20 anos, fizeram campanha declarando à exaustão que o governo capitalista era corrupto e que a corrupção estava entranhada em vários setores do governo. Basta que se verifique o número de CPIs e denúncias públicas feitas pelos partidos populares, ou pequenos partidos. Realmente acredito que toda a história política brasileira está, infelizmente, tisnada de vários atos de corrupção. Em 2003, pela primeira vez na História do Brasil, os partidos populares elegeram um presidente. É de se imaginar que, considerando os vários anos em que o partido político do agora presidente fez campanha e denúncias contra a corrupção, estaria mais do que conhecedor de todas as veredas e engodos que levam a tal procedimento na política brasileira. Mesmo se isso não fosse verdade, o novo presidente, por dever de ofício e pelas promessas de campanha haveria de se cercar das melhores autoridades técnicas e administrativas, no sentido de evitar a continuidade da corrupção no Brasil. Ao contrário do que se esperva, a corrupção espraiou-se em todos os sentidos e atingiu todos os partidos, especialmente o do presidente recém-eleito. Uma pena!
Finalmente, não acredito que criticar ou denunciar atos condenáveis das pessoas signifique persegui-las. Todos nós vivemos, ou deveríamos viver, sujeitos às devidas punições legais aplicáveis a cada um dos atos ilegais que praticarmos. Esta parece ser, salvo erro ou engano, a forma adequada pela qual deve se reger qualquer sociedade, qualquer governo que deseje viver num Estado Democrático de Direito. Lamentavelmente, admito, os brasileiros ainda estão muito longe de alcançarem esta condição sócio-política.

Atenciosamente,

Orlando Lima


Subject: RES: Carta aberta a Fernando Henrique Cardoso
Date: Tue, 15 Feb 2011 21:58:32 -0200

ATENÇÃO: ISTO É MATÉRIA PARA O MEU BLOG. SOB O TÍTULO

ESCLARECIMENTOS SOBE A CARTA A FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

Prezado Orlando Lima

Muito interessante e procedente seu e-mail e suas questões que vou responder de maneira sumária, recomendando que se você tem interesse em aprofundar nas mesmas que recorra aos meus livros ou artigos sobre o tema cujas referências pode encontrar no meu blog ( theotoniodossantos.blogspot.com) e no site da cátedra UNESCO-Universidade da Nações Unidas (UNU) que dirijo ( www.reggen.org.br). Você pode também abrir meu nome na wikipedia ou no google para obter mais informação. Vamos às questões:

Entre 1990 e 1994 chegava ao auge uma inflação mundial combinada com baixa de crescimento (conhecida como stagflação) cuja origem principal foi a crise do dólar em 1971 quando os Estados Unidos abandonou a convertibilidade do dólar, assegurada pelas resoluções do encontro de Bretton Woods em 1944 que estabeleceu uma ordem econômica mundial apoiada no valor fixo do dólar e da libra (que saiu fora na década de 50), na criação de um fundo monetário internacional, num órgão de ajuste de comércio (o GATT) e num Banco Mundial voltado para o apoio da reconstrução de pós-guerra e para o desenvolvimento. O abandono da convertibilidade do dólar era o começo de um aumento de preços mundiais que teve no petróleo seu ponto de inflexão em 1973 com uma elevação de +/- 8 vezes do preço do barril e a criação de um fantástico excedente financeiro conhecido como os petrodólares. Estes petrodólares foram “reciclados” pelos bancos privados originando um endividamento internacional colossal comandado por um sistema financeiro colossal que veio se desenvolvendo de lá para cá de maneira arrazadora. Se deseja conhecer meu ponto de vista sobre estes fatos recomendo-o, entre outros trabalhos meus, o livro Do Terror à Esperança- Auge e Decadência do Neoliberalismo. Idéias & Letras, Aparecida, S.P. . O Brasil, como os demais paises do Terceiro Mundo e uma parte importante do bloco soviético se converteram em grandes devedores internacionais, fato que se tornou extremamente grave nos anos de 1980 quando a taxa de juro destes empréstimos foi elevada bruscamente e unilateralmente (como o abandono da convertibilidade do dólar) pelo governo norte americano. No final da década as dívidas se mostravam impagáveis com a generalização de moratórias ou simples suspensão de pagamentos. Neste momento se criou o Plano Brady que iniciou a negociação destas dívidas pelos Estados Unidos que as assumiu transformando-as em bônus lançados pelos Estados Unidos e vendidos no mercado mundial, e perdoou parte delas para viabilizar o funcionamento da economia mundial. Neste momento todos ou quase todos (não me lembro de exceção neste momento) reorganizaram suas dívidas e eliminaram o fator inflacionário mundial que pesava sobre suas economias, levando-as à hiperinflação. Se você quer ver um retrato disto tome o gráfico organizado pela CEPAL sobre a queda das inflações no início da década de 1990:

Queda da inflação na América Latina – La hora de la Igualdad, Cepal 2010, p. 54 - OK



“A queda da inflação na América latina foi generalizada. Aliás, todos os 44 países do mundo que tinham hiperinflação nos anos 1990 a liquidaram em poucos anos. O plano real foi apenas um dos mecanismos.”


Diga-se de passagem, que eu já havia demonstrado isto desde 1994 sem nenhuma repercussão no Brasil, dominado por um partido da imprensa que exerce um monopólio incrível sobre a informação e sua análise no país. Venho apresentando junto com vários colegas dados sobre a inflação e sobretudo a deflação desde aquela época sem conseguir que a ciência econômica brasileira se detenha um minuto sobre o tema. Portanto não é absurdo que você não tenha se informado sobre isto.

As taxas de inflação baixaram em todo o mundo para próximo do zero enquanto o Brasil manteve perto de 10% anual (chegando a 12,5% em 2002). Tenho um gráfico sobre isto no meu livro citado. Você há de convir que entre 1% ou 2% ou mesmo 3% ou 4% e 10% (éramos um dos poucos países que chegavam tão alto no mundo) temos uma diferença de 5 a 3 vezes mais que a média mundial que estava extremamente baixa depois de 1994. A razão é simples: levamos ao paroxismo a idéia de que é necessário subir a taxa de juros para baixar a inflação... Durante o governo FHC chegamos a pagar 48% de juros por ano. O maior teórico neoliberal sobre o setor financeiro ( o premio nobel Alain) considera que a taxa de juros tem que ser bastante inferior à taxa de crescimento de um país pois se o juros iguala a taxa de crescimento ele anula o crescimento pois passa a ser simplesmente uma transferência do setor produtivo para o setor financeiro. Ao contrário do que “eles” dizem, a alta taxa de juros é um dos principais fatores inflacionários no país pois além de refletir sobre o custo dos produtos que inclue necessariamente os juros pagos obrigando a aumentar a taxa de lucro e consequentemente os preços, o pagamento de juros tão altos pelo estado cria um gasto público colossal, inflacionário e inútil. Tanto é assim que chegamos a pagar em juros a um grupo de cerca de 30.000 brasileiros um monto de juros que corresponde a 1/3 do gasto público. Você leu bem isto: de cada 3 reais que gasta o estado brasileiro, 1 real se destina a pagar juros. E não creia que isto tem nada a ver com o mercado pois um pais que tem superávit primário há várias anos ( isto é, gasta menos do que arrecada, com o fim de dispor de dinheiro para pagar os juros...) não necessita de dinheiro emprestado. As justificativas para pagar juros alto é diminuir a inflação e atrair capital estrangeiro para melhorar a balança de pagamentos com o exterior... Isto é pagamos os juros mais altos do mundo para satisfazer um grupo de inúteis baseados numa teoria econômica contestada por todos os teóricos sérios da economia e todos os dados econômicos...

Você há de convir que passar de 60 a 850 é um aumento de cerca de 15 vezes! E um aumento de 800 para 1.600 é um aumento de 2 vezes. Não concordo com a política do banco Central no governo Lula e o critiquei várias vezes. Mas pelo menos ele conseguiu fazer cair a taxa de juros para menos de 2 dígitos DIMINUINDO NECESSÁRIAMENTE A TAXA DE INFLAÇÃO. O Banco Central do Brasil conseguiu cometer o desafio a toda a teoria econômica, inclusive as mais reacionárias aumentando da taxa de juros no meio de uma crise mundial e criando um grave problema de gasto público numa situação em que o gasto público tinha que aumentar para destinar-se à produção. Isto é uma temeridade... uma irresponsabilidade....

Não concordo com você de que o governo Lula foi o mais corrupto do Brasil. Não tivemos nenhum caso de corrupção do governo próximo de um bilhão de reais. Nos governos anteriores estes escândalos abundavam apesar do interesse da imprensa de oculta-los, como conseguiu fazê-lo sobretudo no programa de apoio aos bancos em quebra, entre os quais se incluía o Banco Nacional da nora do Presidente da República e portanto do seus filho já que não eram casados com separação de bens. Não gosto de aprofundar este tema da chamada corrupção porque ele tem sido um instrumento de luta da classe dominante contra os setores populares que ascendem a posições de poder e que não sabem manejar bem os mecanismos de corrupção tornando-se facilmente fonte de escândalos por baixíssimas quantias tentando muitas vezes imitar seus antagonistas das classes dominantes que manejam estes recursos colossais sem uma só acusação de corrupção. Nesta eu não entro também porque não tenho gosto de estar perseguindo pessoas num sistema econômico basicamente corrupto contra o qual luto, como sistema e não como casos individuais.

Espero ter respondido pelo menos em parte suas inquietações e de muitos outros leitores. Houve um economista que me recomendou até leituras de imprensa não especializada como contribuição ao meu conhecimento. Ele não tinha idéia de que publiquei mais de 40 livros e centenas de artigos em 19 línguas e mais de 40 países que ele, sendo economista, desconhece. Coisas da vida e do nosso ambiente acadêmico...

Atentamente

Theotonio Dos Santos

NOTA: Vou publicar esta resposta no meu blog.


De: Orlando Lima
Enviada em: terça-feira, 15 de fevereiro de 2011 18:32
Para: thdossantos@terra.com.br
Assunto: Carta aberta a Fernando Henrique Cardoso


Prezado Professor Theotônio,

Nesta data li texto com o título supra citado, indicado como de sua autoria, em resposta à carta aberta que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso houvera dirigido ao Presidente Lula.
Se efetivamente o texto for de sua autoria, máximo respeito ao ponto de vista ali exposto, algumas questões aguçaram a minha curiosidade enquanto cidadão, o que leva ao encaminhamento da presente mensagem, solicitando a sua ajuda, se possível, no esclarecimento das dúvidas levantadas.
Entendo ser oportuno esclarecer-lhe que a minha mensagem não contém nenhum interesse político, de vez que, mesmo não considerando-me "dono da verdade", muito pelo contrário, considero, salvo melhor juízo, o governo do presidente Fernando Henrique como o pior governo da História da Repúbllica. Infelizmente creio que o Brasil não se recuperará dos prejuízos causados pelo governo FHC mesmo nos próximos 300 anos. Quanto ao governo do presidente Lula, por tudo que se publicou sobre ele, e ainda se publica, entendo ter sido o governo mais corrupto desde que o Brasil foi descoberto pelos portugueses.
Isto posto, vamos às questões para as quais gostaria do seu esclarecimento.
1 - O senhor afirmou que até 1993 os países passavam por uma hiperinflação. A partir de 1994, em rzão de um movimento planetários todos os países baixaram a sua inflação para menos de 10%. Quais as razões econômicas e políticas que levaram todos os países a, em um curto espaço de tempo, baixar a sua inflação?
2 - O senhor afirmou que o governo FHC manteve uma inflação das mais altas do mundo, próxima de 10%. Mas, se todos os países experimentaram também uma inflação próxima de 10% a inflação brasileira não estava destoante em comparação com a inflação mundial. Está correto o meu raciocínio?
3 - O senhor considerou ruim que o governo FHC aumentasse a dívida pública do Brasil de 60 bilhões de reais para 850 blhões de reais. Sou absolutamente neófito em matéria de economia mas também considero muito alto o valor da dívida pública brasileira passado ao presidente Lula. Entretanto, ao que se publicou, a dívida pública do Brasil no final do governo Lula ascendeu ao montante de 1 trilhão e 600 bilhões de reais. Neste quesito, os governos FHC e Lula se equivaleram. Ou não?
Certo da prestimosa atenção que o senhor dispensará à presente mensagem, despeço-me

Atenciosamente,

Orlando Lima

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