Por Maria Lucia Fatorelli
A Grécia está enfrentando um
                    tremendo problema de dívida pública e uma crise
                    humanitária. A situação atual é muitas vezes pior do
                    que a de 2010, quando a Troika FMI, Comissão
                    Europeia e Banco Central Europeu  impôs seu plano
                    de resgate ao país, justificado pela necessidade de
                    apoiar a Grécia. Na realidade, tal plano tem sido um
                    completo desastre para a Grécia, pois o país não tem
                    obtido absolutamente nenhum benefício com os
                    peculiares acordos de dívida implementados desde
                    então.
                  
O que quase ninguém comenta é que
                    um outro exitoso plano de resgate foi efetivamente
                    implementado naquela mesma época em 2010, não para a
                    Grécia, mas para os bancos privados. Por trás da
                    crise grega há um enorme e ilegal plano de resgate
                    de bancos privados. E a forma pela qual tal plano
                    está se dando representa um imenso risco para toda a
                    Europa.
Depois de cinco anos, os bancos
                    conseguiram tudo o que queriam. Por outro lado, a
                    Grécia mergulhou numa verdadeira tragédia: o país
                    aprofundou gravemente seu problema de dívida
                    pública; perdeu patrimônio estatal à medida que
                    acelerou o processo de privatizações, assim como
                    encolheu drasticamente sua economia. Pior que tudo,
                    tem amargado imensurável custo social representado
                    pelas vidas de milhares pessoas desesperadas que
                    tiveram seu sustento e seus sonhos cortados pelas
                    severas medidas de austeridade impostas desde 2010.
                    Saúde, educação, trabalho, assistência, pensões,
                    salários e todos os demais serviços sociais têm sido
                    afetados de forma destrutiva.
A distribuição do Orçamento
                    Nacional da Grécia mostra a predominância dos gastos
                    com a dívida sobre todos os demais gastos estatais.
                    De fato, os gastos com o pagamento de empréstimos,
                    outras obrigações de dívida, juros e outros custos
                    absorvem 56% do orçamento estatal:
Em maio de 2010, ao mesmo tempo em
                    que todas as atenções estavam focadas nas abundantes
                    notícias sobre a interferência da Troika na Grécia,
                    com seu peculiar plano de resgate grego, um outro
                    plano de efetivo resgate bancário viabilizado por um
                    conjunto de medidas ilegais também estava sendo
                    aprovado, mas atenção alguma foi dispensada a esse
                    último.
                  
Em uma tacada, sob a justificativa
                    de necessidade de preservar a estabilidade
                    financeira na Europa, medidas ilegais foram tomadas
                    em maio de 2010, a fim de garantir o aparato que
                    permitiria aos bancos privados livrar-se da perigosa
                    bolha, isto é, da grande quantidade de ativos
                    tóxicos  em sua maioria títulos desmaterializados e
                    não comercializáveis  que abarrotava contas fora
                    de balanço (1) em sua escrituração contábil. O
                    objetivo principal era ajudar os bancos privados a
                    transferir tais ativos tóxicos para os países
                    europeus.
Uma das medidas adotadas para
                    acelerar a troca de ativos de bancos privados e
                    acomodar a crise bancária foi o programa SMP (2),
                    mediante o qual o Banco Central Europeu (BCE) passou
                    a efetuar compras diretas de títulos públicos e
                    privados, tanto no mercado primário como secundário.
                    A operação relativa a títulos públicos é ilegal,
                    pois fere frontalmente o Artigo 123 do Tratado da
                    União Europeia (3). Tal programa constitui apenas
                    uma entre várias outras medidas não-padronizadas
                    adotadas na época pelo BCE.
A criação de um Veículo de
                    Propósito Especial, uma companhia baseada em
                    Luxemburgo, constituiu outra medida implementada
                    para transferir ativos tóxicos desmaterializados dos
                    bancos privados para o setor público. Acreditem ou
                    não, países europeus (4) se tornaram sócios de tal
                    companhia privada, uma sociedade anônima chamada
                    Facilidade para Estabilidade Financeira Europeia
                    (EFSF) (5). Os países se comprometeram com
                    bilionárias garantias, inicialmente no montante de
                    440 bilhões de euros (6), que logo em 2011 subiram
                    para 779.78 bilhões de euros (7).
O verdadeiro propósito de tal
                    companhia tem sido disfarçado pelos anúncios de que
                    ela iria providenciar empréstimos para países,
                    fundamentados em instrumentos financeiros, não em
                    dinheiro efetivo. Cabe mencionar que a criação da
                    EFSF foi uma imposição do FMI (8), que lhe forneceu
                    uma contribuição de 250 bilhões de euros (9).
Juntos, o programa SMP e a
                    companhia EFSF representaram os complementos
                    cruciais para o esquema (10) de alívio de ativos,
                    necessário para concluir o suporte aos bancos
                    privados iniciado desde o início de 2008, por
                    ocasião da crise financeira nos Estados Unidos e
                    Europa.
Desde o início de 2009 os bancos
                    privados vinham demandando por mais suporte público
                    para descarregar a excessiva quantidade de ativos
                    tóxicos que abarrotava suas contas fora de
                    balanço. O atendimento a essa demanda poderia se
                    dar tanto mediante compras diretas governamentais
                    como por meio de transferências para companhias
                    independentes de gerenciamento de ativos. Essas duas
                    soluções restaram atendidas pelo SMP e pela EFSF, e
                    as perdas relacionadas aos ativos tóxicos estão
                    sendo repartidas entre os cidadãos europeus.
A troca de ativos tóxicos de
                    bancos privados para uma companhia por meio de
                    simples transferência, sem o devido pagamento e a
                    operação de compra/venda, seria ilegal frente às
                    normas contábeis. O EUROSTAT modificou tais regras
                    (11) e permitiu a liquidação de operações
                    conduzidas mediante troca de títulos, justificando
                    tal ato por circunstâncias específicas da
                    turbulência financeira.
A localização da companhia EFSF em
                    Luxemburgo visou, principalmente, escapar da
                    aplicação das leis do Direito Internacional.
                    Ademais, a EFSF é financiada em grande parte pelo
                    FMI, cuja colaboração seria ilegal, de acordo com
                    seu próprio Estatuto. No entanto, o FMI também
                    modificou suas regras para proporcionar a ajuda de
                    250 bilhões de euros à EFSF (12).
De acordo com a Lei (13) que
                    autorizou a sua criação, a empresa EFSF de
                    Luxemburgo poderia delegar a gestão de todas as suas
                    atividades relacionadas aos instrumentos
                    financeiros; seu conselho de diretores poderia
                    delegar as suas funções, e seus associados, os
                    Estados-Membros, poderiam delegar a tomada de
                    decisões relacionada aos fiadores para o Grupo de
                    Trabalho do Eurogrupo (EWG).
Naquela época, tal grupo de
                    trabalho sequer possuía um presidente em tempo
                    integral (14). A Agência de Gestão da Dívida alemã
                    (15) é quem realmente opera a EFSF, e, em conjunto
                    com o Banco Europeu de Investimento, presta apoio ao
                    funcionamento operacional da EFSF. É evidente a
                    falta de legitimidade da EFSF, já que é realmente
                    operada por um órgão diverso. EFSF é agora o
                    principal credor Grécia.
Os instrumentos financeiros
                    utilizados pela EFSF são os mais arriscados e
                    restritos, desmaterializados, não comercializáveis,
                    tais como Floating Rate Notes tipo Pass-trough,
                    arranjos cambiais e de hedge, e outras atividades de
                    co-financiamento que envolvem o administrador
                    britânico Wilmington Trust (London) Limited (16)
                    como o instrutor para a emissão de títulos
                    restritos, não-certificados, que não podem ser
                    comercializados em nenhuma bolsa de valores
                    legítima, pois não obedecem às regras exigidas para
                    títulos de dívida soberana. Este conjunto de
                    instrumentos financeiros tóxicos representa um risco
                    para os Estados-Membros, cujas garantias podem ser
                    exigidas para pagar por todos os produtos
                    financeiros da empresa luxemburguesa.
Um escândalo de grande proporção
                    teria ocorrido em 2010, se esses esquemas ilegais
                    tivessem sido revelados: a violação do Tratado da
                    UE, as alterações arbitrárias nas regras processuais
                    por parte do BCE, Eurostat e do FMI, bem como a
                    associação dos Estados-Membros à companhia privada
                    de propósito especial em Luxemburgo. Tudo isso
                    apenas para resgatar bancos privados, às custas de
                    um risco sistêmico para toda a Europa, devido ao
                    comprometimento dos Estados-Membros com garantias
                    bilionárias que cobririam ativos tóxicos
                    problemáticos não comercializáveis e
                    desmaterializados.
Este escândalo nunca aconteceu,
                    porque em maio de 2010 a mesma reunião
                    extraordinária do Conselho de Assuntos Econômicos e
                    Sociais da Comissão Europeia (17), que discutiu a
                    criação da companhia luxemburguesa EFSF como
                    Veículo de Propósito Especial, deu uma importância
                    especial para o pacote de apoio à Grécia, fazendo
                    parecer que a criação daquele esquema era para a
                    Grécia e que, ao fazê-lo, estariam garantindo a
                    estabilidade fiscal para a região. Desde então, a
                    Grécia tem sido o centro de todas as atenções,
                    persistentemente ocupando as manchetes dos
                    principais veículos de comunicação de todo o mundo,
                    enquanto o esquema ilegal que efetivamente tem
                    suportado e beneficiado os bancos privados permanece
                    nas sombras, e quase ninguém fala sobre isso.
O relatório anual do Banco da
                    Grécia mostra um acentuado crescimento nas contas
                    fora de balanço relacionadas a ativos financeiros
                    em 2009 e 2010, em quantidades muito maiores que o
                    total de ativos do Banco, e esse padrão continua nos
                    anos seguintes. Por exemplo, no Balanço Contábil do
                    Banco da Grécia de 2010 (18), o total de ativos em
                    31/12/2010 (19) era de 138,64 bilhões de euros. As
                    contas fora de balanço naquele ano chegaram a
                    204,88 bilhões. Em 31/12/2011, enquanto o total dos
                    ativos do Balanço somou 168,44 bilhões de euros, as
                    contas fora de balanço atingiram EUR 279,58
                    bilhões.
Assim, a transferência de ativos
                    tóxicos dos bancos privados para o setor público tem
                    sido um grande sucesso. Para os bancos privados. E o
                    Sistema da Dívida (20) tem sido a ferramenta para
                    acobertar isso.
A Grécia foi trazida a este
                    cenário depois de vários meses de pressão
                    persistente por parte da Comissão Europeia, devido a
                    alegações acerca de existência de um excessivo
                    déficit orçamentário, além de inconsistências em
                    dados estatísticos (21). Passo a passo, um grande
                    problema foi criado em torno dessas questões, até
                    que em maio de 2010 o Conselho de Assuntos
                    Econômicos e Financeiros declarou: na sequência da
                    crise na Grécia, a situação nos mercados financeiros
                    é frágil e havia um risco de contágio (22). E assim
                    a Grécia foi submetida ao pacote que incluiu a
                    interferência da Troika com as suas severas medidas
                    inseridas em planos de ajuste anual, e um peculiar
                    acordo bilateral, seguido por empréstimos da EFSF
                    lastreados em instrumentos financeiros de risco.
Economistas gregos, líderes
                    políticos e até mesmo algumas autoridades do FMI
                    haviam proposto que uma reestruturação da dívida
                    grega iria propiciar resultados muito melhores do
                    que aquele pacote. Isso foi ignorado.
Graves denúncias acerca da
                    superestimação do déficit orçamentário  que tinha
                    sido a justificativa para a criação do grande
                    problema em torno da Grécia e a imposição do pacote
                    em 2010  foram igualmente ignoradas.
Sérias denúncias feitas por
                    especialistas (23) gregos sobre a falsificação de
                    estatísticas também foram desconsideradas. Seus
                    estudos mostravam que o montante de 27,99 bilhões de
                    euros sobrecarregou as estatísticas de dívida
                    pública em 2009 (24), por causa da elevação falsa em
                    determinadas categorias (tais como DEKO, obrigações
                    hospitalares e SWAP Goldman Sachs). Estatísticas de
                    anos anteriores também haviam sido afetadas por 21
                    bilhões de euros de swaps Goldman Sachs distribuídos
                    ad hoc em 2006, 2007, 2008 e 2009.
Apesar de tudo isso, sob uma
                    atmosfera de urgência e ameaça de contágio,
                    acordos peculiares foram implementados desde 2010 na
                    Grécia; não como uma iniciativa grega, mas tal como
                    conformado pelas autoridades da UE e do FMI,
                    vinculados ao cumprimento de um conjunto completo de
                    medidas econômicas, sociais e políticas
                    prejudiciais, impostas pelos Memorandos (25).
A análise dos mecanismos (26)
                    inseridos nesses acordos mostra que eles não
                    significaram benefício algum à Grécia, mas serviram
                    aos interesses dos bancos privados, em perfeita
                    consonância com as medidas de resgate ilegais
                    aprovadas em maio de 2010.
Em primeiro lugar, o empréstimo
                    bilateral usou uma conta especial no BCE, por meio
                    da qual os empréstimos desembolsados pelos países
                    e KfW, os credores, iriam direto para os bancos
                    privados que detinham títulos de dívida
                    desvalorizados, cotados muito abaixo de seu valor
                    nominal. Dessa forma, aquele acordo bilateral
                    peculiar foi arranjado para permitir o pagamento
                    integral para aqueles detentores de títulos,
                    enquanto a Grécia não obtiver qualquer benefício. Em
                    vez disso, os gregos terão de pagar de volta o
                    capital, altas taxas de juros e todos os custos.
Em segundo lugar, os empréstimos
                    da EFSF resultaram na recapitalização de bancos
                    privados gregos, além de trocas e reciclagem de
                    instrumentos de dívida. A Grécia não recebeu
                    qualquer empréstimo verdadeiro ou apoio da EFSF.
                    Através dos mecanismos inseridos nos acordos com a
                    EFSF, dinheiro efetivo nunca chegou à Grécia, mas
                    apenas os ativos tóxicos desmaterializados que lotam
                    a seção fora de balanço do Banco da Grécia.
Por outro lado, o país tem sido
                    forçado a cortar despesas sociais essenciais para
                    pagar, em dinheiro, as altas taxas de juros e todos
                    os custos abusivos, e também terá que reembolsar o
                    capital que nunca recebeu. O contrato prevê que tal
                    pagamento pode ser feito também por meio de entrega
                    de patrimônio estatal privatizado.
É preciso buscar as razões pelas
                    quais a Grécia foi escolhida para estar no olho do
                    furacão, submetida a acordos e memorandos ilegais e
                    ilegítimos, servindo de cenário para encobrir o
                    escandaloso resgate ilegal de bancos privados desde
                    2010.
Talvez essa humilhação se deva ao
                    fato de que a Grécia tem sido historicamente uma
                    referência mundial para a humanidade, pois ela é o
                    berço da democracia, o símbolo da ética e dos
                    direitos humanos. O Sistema de Dívida não pode
                    admitir tais valores, pois não possui o menor
                    escrúpulo em provocar danos a países e povos para
                    obter seus lucros.
O Parlamento grego já instalou a
                    Comissão da Verdade sobre a dívida pública e nos deu
                    a chance de revelar esses fatos, tão necessários
                    para repudiar o Sistema de Dívida que tem subjugado
                    não só a Grécia, mas muitos outros países, sob a
                    espoliação do setor financeiro privado. Somente por
                    meio da transparência e do acesso à verdade os
                    países irão derrotar aqueles que querem colocá-los
                    de joelhos.
Já é chegado o tempo para que a
                    verdade prevaleça, o tempo para colocar os direitos
                    humanos, a democracia e a ética acima de quaisquer
                    interesses inferiores. Esta é uma tarefa para a
                    Grécia, a ser cumprida já.
Notas:
(1) Fora de balanço significa
                    uma seção à margem da contas normais que fazem parte
                    do balanço contábil, onde ativos problemáticos, tais
                    como títulos desmaterializados, não
                    comercializáveis, são informados.
(2) Securities Markets Programme
                    (SMP)  EUROPEAN CENTRAL BANK. Monetary policy
                    glossary. Disponível em:https://www.ecb.europa.eu/ home/glossary/html/act4s.en. html#696 (Acessado em
                    4 de Junho de 2015)
(3) THE LISBON TREATY. Article
                    123. Disponível em: http://www.lisbon-treaty. org/wcm/the-lisbon-treaty/ treaty-on-the-functioning-of- the-european-union-and- comments/part-3-union- policies-and-internal-actions/ title-viii-economic-and- monetary-policy/chapter-1- economic-policy/391-article- 123.html (Acessado em
                    4 Junho de 2015)
(4) Países Membros da zona do Euro
                    ou Sócios da EFSF: Reino da Bélgica, República
                    Federal da Alemanha, Irlanda, Reino da Espanha,
                    República da França, República da Itália, República
                    de Chipre, República de Luxemburgo, República de
                    Malta, Reino da Holanda, República da Áustria,
                    República de Portugal, República da Eslovênia,
                    República da Eslováquia, República da Finlândia e
                    República Helênica.
(5) A companhia privada EFSF foi
                    criada como um instrumento do MECANISMO DE
                    ESTABILIZAÇÃO FINANCEIRA EUROPEIA (EFSM):
(6) EUROPEAN COMMISSION (2010)
                    Communication From the Commission to the European
                    Parliament, the European Council, the Council, the
                    European Central Bank, the Economic And Social
                    Committee and the Committee of the Regions 
                    Reinforcing economic policy coordination. http://ec. europa.eu/economy_finance/ articles/euro/documents/2010- 05-12-com(2010)250_final.pdf  Página 10.
(7) IRISH STATUTE BOOK (2011)
                    European Financial Stability Facility and Euro Area
                    Loan Facility (Amendment) Act 2011. Disponível em: http://www. irishstatutebook.ie/2011/en/ act/pub/0025/print.html#sec2 ( Acessado em
                    4 Junho de 2015).
(8) Depoimento de Dr. Panagiotis
                    Roumeliotis, representante da Grécia junto ao FMI,
                    para o Comité da Verdade sobre a Dívida Pública,
                    no Parlamento Grego, em 15 de junho de 2015.
(9) EUROPEAN FINANCIAL STABILITY
                    FACILITY (2010) About EFSF (online) Disponível em:http://www.efsf.europa.eu/ about/index.htm e http://www. efsf.europa.eu/attachments/ faq_en.pdf  Question
                    A9 (Acessado em 4 Junho de 2015).
(10) HAAN, Jacob de; OSSTERLOO,
                    Sander; SCHOENMAKER, Dirk. Financial Markets and
                    Institutions  A European Perspective (2012) 2nd
                    edition. Cambridge, UK. Asset relief schemes, Van
                    Riet (2010) Página 62.
(11) EUROSTAT (2009) New decision
                    of Eurostat on deficit and debt  The statistical
                    recording of public interventions to support
                    financial institutions and financial markets during
                    the financial crisis. Disponível em:http://ec.europa.eu/ eurostat/documents/2995521/ 5071614/2-15072009-BP-EN.PDF/ 37382919-ebff-4dca-9175- 64d78e780257?version=1.0 ( Acessado em
                    4 Junho de 2015)
(12) Most Directors (
) called
                    for the Fund to collaborate with other institutions,
                    such as the Bank for International Settlements, the
                    Financial Stability Board, and national authorities,
                    in meeting this goal. In IMF (2013) Selected
                    Decisions. Disponível em: http://www.imf.org/ external/pubs/ft/sd/2013/ 123113.pdf  Página 72
                    (Acessado em 4 Junho de 2015)
(13) EUROPEAN FINANCIAL STABILITY
                    FACILITY ACT 2010. EFSF Framework Agreement, Artigos
                    12 (1) a, b, c, d, e (3); Artigo 10 (1), (2) e (3);
                    Artigo 12 (4); Artigo 10 (8).
(14) Somente a partir de Outubro/
                    2011 em diante, de acordo com a Decisão do Conselho
                    de 26/Abril/2012, o Grupo de Trabalho do Eurogrupo
                    (EWG) passou a ter um presidente em tempo integral:
                    OFFICIAL JOURNAL OF THE EUROPEAN UNION (2012)
                    Official Decision. Disponível em:
A mesma pessoa, Thomas Wieser, ocupou também a
                    presidência do Comitê Econômico e Financeiro (EFC)
                    desde Março/2009 a Março/2011: COUNCIL OF THE
                    EUROPEAN UNION. Eurogroup Working Group. Disponível
                    em:http://www.consilium. europa.eu/en/council-eu/ eurogroup/eurogroup-working- group/
(15) EUROPEAN FINANCIAL STABILITY
                    FACILITY (2013) EFSF general questions. Disponível
                    em:http://www.efsf.europa.eu/ attachments/faq_en.pdf  Question
                    A6. (Acessado em 4 Junho de 2015).
Veja também: Germany Debt Management Agency has
                    issued EFSF securities on behalf of EFSF.
EUROPEAN FINANCIAL STABILITY FACILITY (2010) EU and
                    EFSF funding plans to provide financial assistance
                    for Ireland. Disponível em:
http://www.efsf.europa.eu/ mediacentre/news/2010/2010- 006-eu-and-efsf-funding-plans- to-provide-financial- assistance-for-ireland.htm ( Acessado em
                    4 Junho de 2015)
(16) Co-Financing Agreement,
                    PREAMBLE (A) and Article 1  Definitions and
                    Interpretation Bonds. Disponível em:http://crisisobs.gr/wp- content/uploads/2012/02/7-co- financing-agreement.pdf ( Acessado em
                    4 Junho de 2015) Tais títulos são emitidos em forma
                    desmaterializada e não-certificada. Possuem muitas
                    restrições porque são emitidos diretamente para um
                    determinado propósito e não oferecidos em mercado,
                    como exigido pela Lei de Ativos e pelas regras da
                    SEC. Eles são emitidos com base numa exceção dessas
                    regras que é aplicável somente para emissões
                    privadas, não para Países.
(17) ECONOMIC and FINANCIAL
                    AFFAIRS Council Extraordinary meeting Brussels, 9/10
                    May 2010. COUNCIL CONCLUSIONShttps://www. consilium.europa.eu/uedocs/ cmsUpload/Conclusions_ Extraordinary_meeting_May2010- EN.pdf
(18) BANK OF GREECE ANNUAL REPORT
                    2010. BALANCE SHEET p. A4http://www.bankofgreece.gr/ BogEkdoseis/Annrep2010.pdf
(19) BANK OF GREECE ANNUAL REPORT
                    2011. BALANCE SHEET p. A4.http://www.bankofgreece.gr/ BogEkdoseis/Annrep2011.pdf
(20) Expressão criada pela autora,
                    a partir da constatação, por meio de diversas
                    auditorias cidadãs em diferentes instâncias, do uso
                    do instrumento do endividamento público às avessas,
                    funcionando como uma ferramenta de subtração de
                    recursos públicos em vez de aportar recursos ao
                    Estado, operando por meio de uma série de
                    engrenagens que relacionam o sistema político, o
                    sistema legal, o modelo econômico baseado em planos
                    de ajuste fiscal, a grande mídia e a corrupção.
(21) 24 MARÇO 2009  Commission
                    Opinion http://ec.europa.eu/economy_ finance/economic_governance/ sgp/pdf/30_edps/104-05/2009- 03-24_el_104-5_en.pdf 27 ABRIL
                    2009  Council Decision  http://ec.europa.eu/economy_ finance/economic_governance/ sgp/pdf/30_edps/104-06_ council/2009-04-27_el_104-6_ council_en.pdf
10 NOVEMBRO 2009  Council conclusions http://www.consilium.europa. eu/uedocs/cms_data/docs/ pressdata/en/ecofin/111025.pdf
8 JANEIRO 2010- Commission Report http://ec.europa.eu/eurostat/ documents/4187653/6404656/COM_ 2010_report_greek/c8523cfa- d3c1-4954-8ea1-64bb11e59b3a
2 DEZEMBRO 2009  Council Decision https://www.consilium.europa. eu/uedocs/cms_data/docs/ pressdata/en/ecofin/111706.pdf
11 FEVEREIRO 2010  Statement by Heads of States or
                    Government of the European Union. http://www.consilium.europa. eu/uedocs/cms_data/docs/ pressdata/en/ec/112856.pdf
16 FEVEREIRO 2010  Council Decision giving http://ec.europa.eu/economy_ finance/economic_governance/ sgp/pdf/30_edps/104-09_ council/2010-02-16_el_126-9_ council_en.pdf
(22) 9/10 MAIO 2010  Council
                    Conclusions  Extraordinary meeting  Sob a
                    justificativa de uma crise na Grécia o esquema de
                    medidas para salvar bancos privados é implementado.https://www. consilium.europa.eu/uedocs/ cmsUpload/Conclusions_ Extraordinary_meeting_May2010- EN.pdf
10 MAIO 2010  Council Decision  http://ec.europa.eu/economy_ finance/economic_governance/ sgp/pdf/30_edps/104-09_ council/2010-05-10_el_126-9_ council_en.pdf
(23) Prof. Zoe Georganta,
                    Professora de Econometria Aplicada e Produtividade,
                    Ex membro da diretoria da ELSTAT, apresentou sua
                    contribuição ao Comité da Verdade sobre a Dívida
                    Pública em 21 Maio 2015.
(24) HF International (2011)
                    Georgantas says 2009 deficit was purposely inflated
                    to put us in code red. Disponível em:http://hellasfrappe. blogspot.gr/2011/09/shocking- report-official-admist-2009. html
(25) Um conjunto de 3 Memorandos
                    acompanham a Carta de Intenções que o governo grego
                    teve que assinar para receber um empréstimo Stand-By
                    do FMI, nos quais se compromete a realizar as
                    contrarreformas, cortes de serviços sociais, ao
                    mesmo tempo em que cria fundos privados, com
                    recursos públicos, para realizar o resgate de bancos
                    privados (HFSF) e acelerar as privatizações (HRADT).
(26) Os mecanismos estão resumidos
                    no Capítulo 4 do Relatório Preliminar apresentado
                    pelo Comité da Verdade sobre a Dívida Pública em
                    17 Junho 2015. Disponível em: http://www. hellenicparliament.gr/ UserFiles/8158407a-fc31-4ff2- a8d3-433701dbe6d4/Report_web. pdf
Maria Lúcia
                      Fattorelli é auditora fiscal e coordenadora
                      nacional da Auditoria Cidadã da Dívida no Brasil (www.auditoriacidada.org.br), convidada pela presidente do
                      Parlamento Grego, deputada Zoe Konstantopoulou,
                      para colaborar com o Comitê da Verdade sobre a
                      Dívida Pública, criado em 4 de abril de 2015.

Olá,
ResponderExcluirEste é informar o público em geral que a senhora deputada, BRENDA ESPERO um emprestador empréstimo privado tem abrir uma oportunidade financeira para todos que precisam de qualquer ajuda financeira. Damos o empréstimo a 2% da taxa de juros para indivíduos, empresas e sociedades sob a termos e condições claros e compreensíveis a partir de
USD 20 mil dólares para 7000 mil dólares, euros e libras somente. Eu dou a empréstimos de negócio,
Empréstimos pessoais, empréstimos estudantis, empréstimos de carro e empréstimos para pagar as contas. contacte-nos hoje por e-mail para: (brendahope816@gmail.com)
Olá,
ResponderExcluirEste é informar o público em geral que a senhora deputada, BRENDA ESPERO um emprestador empréstimo privado tem abrir uma oportunidade financeira para todos que precisam de qualquer ajuda financeira. Damos o empréstimo a 2% da taxa de juros para indivíduos, empresas e sociedades sob a termos e condições claros e compreensíveis a partir de
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