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terça-feira, 14 de julho de 2015

COBERTURA TOTAL SOBRE ENCONTRO MUNDIAL DE MOVIMENTOS POPULARES COM O PAPA

COBERTURA TOTAL SOBRE O ENCONTRO MUNDIAL DEMOVIMENTOS POPULARES COM O PAPA. O PAPA CONTINUA A PEREGRINAÇÃO EM DIREÇÃO AOS MOVIMENTOS SOCIAIS NA BUSCA DE UM GRANDE MOVIMENTO DE MUDANÇA SOCIAL ANTES QUE O MUNDO INGRESSE NUMA CONJUNTURA REVOLUCIONÁRIA CUJOS RESULTADOS NÃO PODEMOS PREVER. LEMBREMOS DOS ANOS 30, DURANTE OS ANOS INICIADOS COM A CRISE DE 1929...COM O TRUNFO DO NAZI-FASCISMO QUE CHEGOU A CONQUISTAR QUASE TODA A EUROPA SEM UM SÓ TIRO. SEM FALAR NA EXPANSÃO DO MILITARISMO JAPONÊS CONQUISTANDO GRANDE PARTE DA CHINA..

I- DOCUMENTO FINAL DO ENCONTRO DE MOVIMENTOS POPULARES  ENTREGUE E LIDO AO PAPA
em portugues
 
 
em espanol
 
II-   DISCURSO DO PAPA
 
 

III-COBERTURA DE NOTICIAS NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO POPULARES SOBRE O ENCONTRO



http://www.cut.org.br/noticias/encontro-mundial-de-movimentos-populares-comeca-na-bolivia-cf64/




 

 

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Balanço:


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Brasil de Fato 94 (com matéria e entrevista de dom guilherme sobre o papa e o encontro ):

 

IV-COLEÇÃO DE FOTOS-
 
fOTOS DE RAFAEL STEDILE

fotos do encontro, enviadas após cada atividade, todos os dias, por email. algumas estão aqui: https://www.flickr.com/photos/134701378@N08/

Na pagina do ENCONTRO MUNDIAL DOS MOVIMENTOS POPULARES
 pra ver  outras fotos e mais noticias
 
 
 
V-  noticias na imprensa burguesa brasileira

Folha de sao paulo





 
Valor economico
 
 
Estadao
 

segunda-feira, 13 de julho de 2015

A VERDADE SOBRE A DÍVIDA GREGA

É REALMENTE INCRÍVEL COMO SE CONSEGUE OCULTAR AS OPERAÇÕES CRIMINOSAS DOS SETORES FINANCEIROS ARTICULADAS E EXECUTADAS EM GERAL POR ENTES ESTATAIS. É INCRÍVEL COMO "ELES" CONSEGUEM DESENVOLVER SEU ÓDIO AOS ESTADOS NACIONAIS E CONSEGUIR SEU APOIO COLOSSAL AO CAPITAL FINANCEIRO (NS GRÉCIA É PERTO DE 50% COMO NOS EXPLICA ESTA COMBATIVA PESQUISADORA QUE É MARIA LUCIA FATORELLI. VEJA-SE TAMBÉM SUAS ANÁLISES SOBRE O FALSO PROBLEMA FISCAL NO BRASIL E O VERDADEIRO ASSALTO AO ESTADO BRASILEIRO QUE REALIZA O PRÓPRIO BANCO CENTRAL DO BRASIL A FAVOR DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E OS AGIOTAS QUE VIVEM DELE NABABESCAMENTE.

Por Maria Lucia Fatorelli
   
A Grécia está enfrentando um tremendo problema de dívida pública e uma crise humanitária. A situação atual é muitas vezes pior do que a de 2010, quando a Troika –FMI, Comissão Europeia e Banco Central Europeu – impôs seu “plano de resgate” ao país, justificado pela necessidade de apoiar a Grécia. Na realidade, tal plano tem sido um completo desastre para a Grécia, pois o país não tem obtido absolutamente nenhum benefício com os peculiares acordos de dívida implementados desde então.


O que quase ninguém comenta é que um outro exitoso plano de resgate foi efetivamente implementado naquela mesma época em 2010, não para a Grécia, mas para os bancos privados. Por trás da crise grega há um enorme e ilegal plano de resgate de bancos privados. E a forma pela qual tal plano está se dando representa um imenso risco para toda a Europa.

Depois de cinco anos, os bancos conseguiram tudo o que queriam. Por outro lado, a Grécia mergulhou numa verdadeira tragédia: o país aprofundou gravemente seu problema de dívida pública; perdeu patrimônio estatal à medida que acelerou o processo de privatizações, assim como encolheu drasticamente sua economia. Pior que tudo, tem amargado imensurável custo social representado pelas vidas de milhares pessoas desesperadas que tiveram seu sustento e seus sonhos cortados pelas severas medidas de austeridade impostas desde 2010. Saúde, educação, trabalho, assistência, pensões, salários e todos os demais serviços sociais têm sido afetados de forma destrutiva.

A distribuição do Orçamento Nacional da Grécia mostra a predominância dos gastos com a dívida sobre todos os demais gastos estatais. De fato, os gastos com o pagamento de empréstimos, outras obrigações de dívida, juros e outros custos absorvem 56% do orçamento estatal:


 

Em maio de 2010, ao mesmo tempo em que todas as atenções estavam focadas nas abundantes notícias sobre a interferência da Troika na Grécia, com seu peculiar “plano de resgate” grego, um outro plano de efetivo resgate bancário viabilizado por um conjunto de medidas ilegais também estava sendo aprovado, mas atenção alguma foi dispensada a esse último.


Em uma tacada, sob a justificativa de necessidade de “preservar a estabilidade financeira na Europa”, medidas ilegais foram tomadas em maio de 2010, a fim de garantir o aparato que permitiria aos bancos privados livrar-se da perigosa “bolha”, isto é, da grande quantidade de ativos tóxicos – em sua maioria títulos desmaterializados e não comercializáveis – que abarrotava contas “fora de balanço” (1) em sua escrituração contábil. O objetivo principal era ajudar os bancos privados a transferir tais ativos tóxicos para os países europeus.

Uma das medidas adotadas para acelerar a troca de ativos de bancos privados e acomodar a crise bancária foi o programa SMP (2), mediante o qual o Banco Central Europeu (BCE) passou a efetuar compras diretas de títulos públicos e privados, tanto no mercado primário como secundário. A operação relativa a títulos públicos é ilegal, pois fere frontalmente o Artigo 123 do Tratado da União Europeia (3). Tal programa constitui apenas uma entre várias outras “medidas não-padronizadas” adotadas na época pelo BCE.

A criação de um “Veículo de Propósito Especial”, uma companhia baseada em Luxemburgo, constituiu outra medida implementada para transferir ativos tóxicos desmaterializados dos bancos privados para o setor público. Acreditem ou não, países europeus (4) se tornaram sócios de tal companhia privada, uma sociedade anônima chamada Facilidade para Estabilidade Financeira Europeia (EFSF) (5). Os países se comprometeram com bilionárias garantias, inicialmente no montante de 440 bilhões de euros (6), que logo em 2011 subiram para 779.78 bilhões de euros (7).

O verdadeiro propósito de tal companhia tem sido disfarçado pelos anúncios de que ela iria providenciar “empréstimos” para países, fundamentados em “instrumentos financeiros”, não em dinheiro efetivo. Cabe mencionar que a criação da EFSF foi uma imposição do FMI (8), que lhe forneceu uma contribuição de 250 bilhões de euros (9).

Juntos, o programa SMP e a companhia EFSF representaram os complementos cruciais para o esquema (10) de alívio de ativos, necessário para concluir o suporte aos bancos privados iniciado desde o início de 2008, por ocasião da crise financeira nos Estados Unidos e Europa.

Desde o início de 2009 os bancos privados vinham demandando por mais suporte público para descarregar a excessiva quantidade de ativos tóxicos que abarrotava suas contas “fora de balanço”. O atendimento a essa demanda poderia se dar tanto mediante compras diretas governamentais como por meio de transferências para companhias independentes de gerenciamento de ativos. Essas duas soluções restaram atendidas pelo SMP e pela EFSF, e as perdas relacionadas aos ativos tóxicos estão sendo repartidas entre os cidadãos europeus.

A troca de ativos tóxicos de bancos privados para uma companhia por meio de simples transferência, sem o devido pagamento e a operação de compra/venda, seria ilegal frente às normas contábeis. O EUROSTAT modificou tais regras (11) e permitiu a “liquidação de operações conduzidas mediante troca de títulos”, justificando tal ato por “circunstâncias específicas da turbulência financeira”.

A localização da companhia EFSF em Luxemburgo visou, principalmente, escapar da aplicação das leis do Direito Internacional. Ademais, a EFSF é financiada em grande parte pelo FMI, cuja colaboração seria ilegal, de acordo com seu próprio Estatuto. No entanto, o FMI também modificou suas regras para proporcionar a ajuda de 250 bilhões de euros à EFSF (12).

De acordo com a Lei (13) que autorizou a sua criação, a empresa EFSF de Luxemburgo poderia delegar a gestão de todas as suas atividades relacionadas aos instrumentos financeiros; seu conselho de diretores poderia delegar as suas funções, e seus associados, os Estados-Membros, poderiam delegar a tomada de decisões relacionada aos fiadores para o Grupo de Trabalho do Eurogrupo (EWG).

Naquela época, tal grupo de trabalho sequer possuía um presidente em tempo integral (14). A Agência de Gestão da Dívida alemã (15) é quem realmente opera a EFSF, e, em conjunto com o Banco Europeu de Investimento, presta apoio ao funcionamento operacional da EFSF. É evidente a falta de legitimidade da EFSF, já que é realmente operada por um órgão diverso. EFSF é agora o principal credor Grécia.

Os instrumentos financeiros utilizados pela EFSF são os mais arriscados e restritos, desmaterializados, não comercializáveis, tais como Floating Rate Notes tipo Pass-trough, arranjos cambiais e de hedge, e outras atividades de co-financiamento que envolvem o administrador britânico Wilmington Trust (London) Limited (16) como o instrutor para a emissão de títulos restritos, não-certificados, que não podem ser comercializados em nenhuma bolsa de valores legítima, pois não obedecem às regras exigidas para títulos de dívida soberana. Este conjunto de instrumentos financeiros tóxicos representa um risco para os Estados-Membros, cujas garantias podem ser exigidas para pagar por todos os produtos financeiros da empresa luxemburguesa.

Um escândalo de grande proporção teria ocorrido em 2010, se esses esquemas ilegais tivessem sido revelados: a violação do Tratado da UE, as alterações arbitrárias nas regras processuais por parte do BCE, Eurostat e do FMI, bem como a associação dos Estados-Membros à companhia privada de propósito especial em Luxemburgo. Tudo isso apenas para resgatar bancos privados, às custas de um risco sistêmico para toda a Europa, devido ao comprometimento dos Estados-Membros com garantias bilionárias que cobririam ativos tóxicos problemáticos não comercializáveis e desmaterializados.

Este escândalo nunca aconteceu, porque em maio de 2010 a mesma reunião extraordinária do Conselho de Assuntos Econômicos e Sociais da Comissão Europeia (17), que discutiu a criação da companhia luxemburguesa EFSF como “Veículo de Propósito Especial”, deu uma importância especial para o “pacote de apoio à Grécia”, fazendo parecer que a criação daquele esquema era para a Grécia e que, ao fazê-lo, estariam garantindo a estabilidade fiscal para a região. Desde então, a Grécia tem sido o centro de todas as atenções, persistentemente ocupando as manchetes dos principais veículos de comunicação de todo o mundo, enquanto o esquema ilegal que efetivamente tem suportado e beneficiado os bancos privados permanece nas sombras, e quase ninguém fala sobre isso.

O relatório anual do Banco da Grécia mostra um acentuado crescimento nas contas “fora de balanço” relacionadas a ativos financeiros em 2009 e 2010, em quantidades muito maiores que o total de ativos do Banco, e esse padrão continua nos anos seguintes. Por exemplo, no Balanço Contábil do Banco da Grécia de 2010 (18), o total de ativos em 31/12/2010 (19) era de 138,64 bilhões de euros. As contas “fora de balanço” naquele ano chegaram a 204,88 bilhões. Em 31/12/2011, enquanto o total dos ativos do Balanço somou 168,44 bilhões de euros, as contas “fora de balanço” atingiram EUR 279,58 bilhões.

Assim, a transferência de ativos tóxicos dos bancos privados para o setor público tem sido um grande sucesso. Para os bancos privados. E o Sistema da Dívida (20) tem sido a ferramenta para acobertar isso.

A Grécia foi trazida a este cenário depois de vários meses de pressão persistente por parte da Comissão Europeia, devido a alegações acerca de existência de um excessivo déficit orçamentário, além de inconsistências em dados estatísticos (21). Passo a passo, um grande problema foi criado em torno dessas questões, até que em maio de 2010 o Conselho de Assuntos Econômicos e Financeiros declarou: “na sequência da crise na Grécia, a situação nos mercados financeiros é frágil e havia um risco de contágio” (22). E assim a Grécia foi submetida ao pacote que incluiu a interferência da Troika com as suas severas medidas inseridas em planos de ajuste anual, e um peculiar acordo bilateral, seguido por “empréstimos” da EFSF lastreados em instrumentos financeiros de risco.

Economistas gregos, líderes políticos e até mesmo algumas autoridades do FMI haviam proposto que uma reestruturação da dívida grega iria propiciar resultados muito melhores do que aquele pacote. Isso foi ignorado.

Graves denúncias acerca da superestimação do déficit orçamentário – que tinha sido a justificativa para a criação do grande problema em torno da Grécia e a imposição do pacote em 2010 – foram igualmente ignoradas.

Sérias denúncias feitas por especialistas (23) gregos sobre a falsificação de estatísticas também foram desconsideradas. Seus estudos mostravam que o montante de 27,99 bilhões de euros sobrecarregou as estatísticas de dívida pública em 2009 (24), por causa da elevação falsa em determinadas categorias (tais como DEKO, obrigações hospitalares e SWAP Goldman Sachs). Estatísticas de anos anteriores também haviam sido afetadas por 21 bilhões de euros de swaps Goldman Sachs distribuídos ad hoc em 2006, 2007, 2008 e 2009.

Apesar de tudo isso, sob uma atmosfera de urgência e ameaça de “contágio”, acordos peculiares foram implementados desde 2010 na Grécia; não como uma iniciativa grega, mas tal como conformado pelas autoridades da UE e do FMI, vinculados ao cumprimento de um conjunto completo de medidas econômicas, sociais e políticas prejudiciais, impostas pelos Memorandos (25).

A análise dos mecanismos (26) inseridos nesses acordos mostra que eles não significaram benefício algum à Grécia, mas serviram aos interesses dos bancos privados, em perfeita consonância com as medidas de resgate ilegais aprovadas em maio de 2010.

Em primeiro lugar, o empréstimo bilateral usou uma conta especial no BCE, por meio da qual os empréstimos desembolsados ​​pelos países e KfW, os credores, iriam direto para os bancos privados que detinham títulos de dívida desvalorizados, cotados muito abaixo de seu valor nominal. Dessa forma, aquele acordo bilateral peculiar foi arranjado para permitir o pagamento integral para aqueles detentores de títulos, enquanto a Grécia não obtiver qualquer benefício. Em vez disso, os gregos terão de pagar de volta o capital, altas taxas de juros e todos os custos.

Em segundo lugar, os “empréstimos” da EFSF resultaram na recapitalização de bancos privados gregos, além de trocas e reciclagem de instrumentos de dívida. A Grécia não recebeu qualquer empréstimo verdadeiro ou apoio da EFSF. Através dos mecanismos inseridos nos acordos com a EFSF, dinheiro efetivo nunca chegou à Grécia, mas apenas os ativos tóxicos desmaterializados que lotam a seção “fora de balanço” do Banco da Grécia.

Por outro lado, o país tem sido forçado a cortar despesas sociais essenciais para pagar, em dinheiro, as altas taxas de juros e todos os custos abusivos, e também terá que reembolsar o capital que nunca recebeu. O contrato prevê que tal pagamento pode ser feito também por meio de entrega de patrimônio estatal privatizado.

É preciso buscar as razões pelas quais a Grécia foi escolhida para estar no olho do furacão, submetida a acordos e memorandos ilegais e ilegítimos, servindo de cenário para encobrir o escandaloso resgate ilegal de bancos privados desde 2010.

Talvez essa humilhação se deva ao fato de que a Grécia tem sido historicamente uma referência mundial para a humanidade, pois ela é o berço da democracia, o símbolo da ética e dos direitos humanos. O Sistema de Dívida não pode admitir tais valores, pois não possui o menor escrúpulo em provocar danos a países e povos para obter seus lucros.

O Parlamento grego já instalou a Comissão da Verdade sobre a dívida pública e nos deu a chance de revelar esses fatos, tão necessários para repudiar o Sistema de Dívida que tem subjugado não só a Grécia, mas muitos outros países, sob a espoliação do setor financeiro privado. Somente por meio da transparência e do acesso à verdade os países irão derrotar aqueles que querem colocá-los de joelhos.

Já é chegado o tempo para que a verdade prevaleça, o tempo para colocar os direitos humanos, a democracia e a ética acima de quaisquer interesses inferiores. Esta é uma tarefa para a Grécia, a ser cumprida já.

Notas:

(1) “Fora de balanço” significa uma seção à margem da contas normais que fazem parte do balanço contábil, onde ativos problemáticos, tais como títulos desmaterializados, não comercializáveis, são informados.

(2) Securities Markets Programme (SMP) – EUROPEAN CENTRAL BANK. Monetary policy glossary. Disponível em:https://www.ecb.europa.eu/home/glossary/html/act4s.en.html#696 (Acessado em 4 de Junho de 2015)


(4) Países Membros da zona do Euro ou Sócios da EFSF: Reino da Bélgica, República Federal da Alemanha, Irlanda, Reino da Espanha, República da França, República da Itália, República de Chipre, República de Luxemburgo, República de Malta, Reino da Holanda, República da Áustria, República de Portugal, República da Eslovênia, República da Eslováquia, República da Finlândia e República Helênica.

(5) A companhia privada EFSF foi criada como um instrumento do MECANISMO DE ESTABILIZAÇÃO FINANCEIRA EUROPEIA (EFSM):

(6) EUROPEAN COMMISSION (2010) Communication From the Commission to the European Parliament, the European Council, the Council, the European Central Bank, the Economic And Social Committee and the Committee of the Regions – Reinforcing economic policy coordination. http://ec.europa.eu/economy_finance/articles/euro/documents/2010-05-12-com(2010)250_final.pdf – Página 10.

(7) IRISH STATUTE BOOK (2011) European Financial Stability Facility and Euro Area Loan Facility (Amendment) Act 2011. Disponível em: http://www.irishstatutebook.ie/2011/en/act/pub/0025/print.html#sec2 (Acessado em 4 Junho de 2015).

(8) Depoimento de Dr. Panagiotis Roumeliotis, representante da Grécia junto ao FMI, para o “Comité da Verdade sobre a Dívida Pública”, no Parlamento Grego, em 15 de junho de 2015.
(9) EUROPEAN FINANCIAL STABILITY FACILITY (2010) About EFSF (online) Disponível em:http://www.efsf.europa.eu/about/index.htm e http://www.efsf.europa.eu/attachments/faq_en.pdf – Question A9 (Acessado em 4 Junho de 2015).

(10) HAAN, Jacob de; OSSTERLOO, Sander; SCHOENMAKER, Dirk. Financial Markets and Institutions – A European Perspective (2012) 2nd edition. Cambridge, UK. Asset relief schemes, Van Riet (2010) Página 62.

(11) EUROSTAT (2009) New decision of Eurostat on deficit and debt – The statistical recording of public interventions to support financial institutions and financial markets during the financial crisis. Disponível em:http://ec.europa.eu/eurostat/documents/2995521/5071614/2-15072009-BP-EN.PDF/37382919-ebff-4dca-9175-64d78e780257?version=1.0 (Acessado em 4 Junho de 2015)

(12) “Most Directors (…) called for the Fund to collaborate with other institutions, such as the Bank for International Settlements, the Financial Stability Board, and national authorities, in meeting this goal.” In IMF (2013) Selected Decisions. Disponível em: http://www.imf.org/external/pubs/ft/sd/2013/123113.pdf – Página 72 (Acessado em 4 Junho de 2015)

(13) EUROPEAN FINANCIAL STABILITY FACILITY ACT 2010. EFSF Framework Agreement, Artigos 12 (1) a, b, c, d, e (3); Artigo 10 (1), (2) e (3); Artigo 12 (4); Artigo 10 (8).

(14) Somente a partir de Outubro/ 2011 em diante, de acordo com a Decisão do Conselho de 26/Abril/2012, o Grupo de Trabalho do Eurogrupo (EWG) passou a ter um presidente em tempo integral: OFFICIAL JOURNAL OF THE EUROPEAN UNION (2012) Official Decision. Disponível em:




A mesma pessoa, Thomas Wieser, ocupou também a presidência do Comitê Econômico e Financeiro (EFC) desde Março/2009 a Março/2011: COUNCIL OF THE EUROPEAN UNION. Eurogroup Working Group. Disponível em:http://www.consilium.europa.eu/en/council-eu/eurogroup/eurogroup-working-group/

(15) EUROPEAN FINANCIAL STABILITY FACILITY (2013) EFSF general questions. Disponível em:http://www.efsf.europa.eu/attachments/faq_en.pdf – Question A6. (Acessado em 4 Junho de 2015).


Veja também: Germany Debt Management Agency has issued EFSF securities on behalf of EFSF.


EUROPEAN FINANCIAL STABILITY FACILITY (2010) EU and EFSF funding plans to provide financial assistance for Ireland. Disponível em:



(16) Co-Financing Agreement, PREAMBLE (A) and Article 1 – Definitions and Interpretation “Bonds”. Disponível em:http://crisisobs.gr/wp-content/uploads/2012/02/7-co-financing-agreement.pdf (Acessado em 4 Junho de 2015) Tais títulos são emitidos em forma desmaterializada e não-certificada. Possuem muitas restrições porque são emitidos diretamente para um determinado propósito e não oferecidos em mercado, como exigido pela Lei de Ativos e pelas regras da SEC. Eles são emitidos com base numa exceção dessas regras que é aplicável somente para emissões privadas, não para Países.

(17) ECONOMIC and FINANCIAL AFFAIRS Council Extraordinary meeting Brussels, 9/10 May 2010. COUNCIL CONCLUSIONShttps://www.consilium.europa.eu/uedocs/cmsUpload/Conclusions_Extraordinary_meeting_May2010-EN.pdf

(18) BANK OF GREECE ANNUAL REPORT 2010. BALANCE SHEET p. A4http://www.bankofgreece.gr/BogEkdoseis/Annrep2010.pdf

(19) BANK OF GREECE ANNUAL REPORT 2011. BALANCE SHEET p. A4.http://www.bankofgreece.gr/BogEkdoseis/Annrep2011.pdf

(20) Expressão criada pela autora, a partir da constatação, por meio de diversas auditorias cidadãs em diferentes instâncias, do uso do instrumento do endividamento público às avessas, funcionando como uma ferramenta de subtração de recursos públicos em vez de aportar recursos ao Estado, operando por meio de uma série de engrenagens que relacionam o sistema político, o sistema legal, o modelo econômico baseado em planos de ajuste fiscal, a grande mídia e a corrupção.









11 FEVEREIRO 2010 – Statement by Heads of States or Government of the European Union. –http://www.consilium.europa.eu/uedocs/cms_data/docs/pressdata/en/ec/112856.pdf



(22) 9/10 MAIO 2010 – Council Conclusions – Extraordinary meeting – Sob a justificativa de uma “crise na Grécia” o esquema de medidas para salvar bancos privados é implementado.https://www.consilium.europa.eu/uedocs/cmsUpload/Conclusions_Extraordinary_meeting_May2010-EN.pdf



(23) Prof. Zoe Georganta, Professora de Econometria Aplicada e Produtividade, Ex membro da diretoria da ELSTAT, apresentou sua contribuição ao “Comité da Verdade sobre a Dívida Pública” em 21 Maio 2015.

(24) HF International (2011) Georgantas says 2009 deficit was purposely inflated to put us in code red. Disponível em:http://hellasfrappe.blogspot.gr/2011/09/shocking-report-official-admist-2009.html

(25) Um conjunto de 3 Memorandos acompanham a Carta de Intenções que o governo grego teve que assinar para receber um empréstimo Stand-By do FMI, nos quais se compromete a realizar as contrarreformas, cortes de serviços sociais, ao mesmo tempo em que cria fundos privados, com recursos públicos, para realizar o resgate de bancos privados (HFSF) e acelerar as privatizações (HRADT).

(26) Os mecanismos estão resumidos no Capítulo 4 do Relatório Preliminar apresentado pelo “Comité da Verdade sobre a Dívida Pública” em 17 Junho 2015. Disponível em: http://www.hellenicparliament.gr/UserFiles/8158407a-fc31-4ff2-a8d3-433701dbe6d4/Report_web.pdf


Maria Lúcia Fattorelli é auditora fiscal e coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida no Brasil (www.auditoriacidada.org.br), convidada pela presidente do Parlamento Grego, deputada Zoe Konstantopoulou, para colaborar com o Comitê da Verdade sobre a Dívida Pública, criado em 4 de abril de 2015.


EQUADOR NA LIDERANÇA DA LUTA PELOS RECURSOS NATURAIS. VER ENTREVISTA DE MONICA BRUCKMANN NA RÁDIO L'OMBELICO DEL MONDO.

Mónica Bruckmann, docente de la Universidad de Río de Janeiro y flamante directora de la Agencia Latinoamericana de Información (ALAI), analizó en L’Ombelico del Mondo el nuevo escenario global surgido a partir de la aparición de nuevas potencias comerciales y el rol de América Latina en ese escenario.



“La integración latinoamericana es un proyecto de larguísimo plazo y tiene una fuerza enorme”, opinó con respecto a proyectos regionales como el ALBA-TCP o Celac.

También destacó el rol de los medios en la difusión de los discursos de los movimientos sociales en América Latina.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

PAULO NOGUEIRA BATISTA JR, NOMEADO VICE PRESIDENTE DO BANCO DOS BRICS, ANALISA TAMBEM CRITICAMENTE PAPEL DO FMI. VEJA ENTREVISTA ESTADAO.2 JUL 15

ENFIM UMA BOA NOTÍCIA:
 
PAULO NOGUEIRA BATISTA JR. É UM ECONOMISTA SÉRIO E COMPETENTE. FEZ UMA EXCELENTE GESTÃO NO FMI, COMO REPRESENTANTE DO BRASIL E MAIS OUTROS PAÍSES. NUNCA FEZ PREVISÕES ULTRA EQUIVOCADAS COMO O FMI ADORA FAZER E O BANCO CENTRAL DO BRASIL TRANSFORMOU EM ESPECTÁCULO DE INCOMPETENCIA ANUAL. TODOS ANOS ESTABELECE METAS AMPLÍSSIMAS PARA INFLAÇÃO E NUNCA ACERTAM... E QUEREM CONVENCER O POVO BRASILEIRO DE QUE TÊM QUE AUMENTAR A TAXA DE JUROS E CONSEQUENTEMENTE REALIZAR "AJUSTES FISCAIS" COLOSSAIS PARA IMPEDIR O BRASIL DE DESENVOLVER-SE E O ESTADO BRASILEIRO DE ATENDER AS NECESSIDADES DE SEU POVO. AO CONTRÁRIO DESTA GENTE PAULO NOGUEIRA BATISTA MANTEVE SEMPRE UMA PARTICIPAÇÃO CORRETA NO FMI E AGORA NO BANCO DOSO BRICS. VALE APENA LER SUA ENTREVISTA A UM JORNALISTA QUE NÃO TEM IDÉIA DO QUE SERIA O BANCO DOS BRICS.
  

Entrevista. Paulo Nogueira Batista, economista

Futuro vice-presidente do novo banco dos Brics diz que EUA e Europa não têm mais capacidade de dar as cartas


'O FMI não se adaptou ao século 21'

Adriana Fernandes
02 Julho 2015 | 02h 04



Novo banco entra em operação em 2016, diz Batista

De malas prontas para Xangai, onde assumirá o cargo de vice-presidente do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics, o economista Paulo Nogueira Batista diz que a nova instituição financeira global poderá financiar projetos do setor público e privado, dar garantias e participar de Parcerias Público-Privadas. Também poderá ter participação do capital acionário dos projetos, que terão foco em infraestrutura e desenvolvimento sustentável.
Junto com o FMI dos Brics, como está sendo chamado o Acordo Contingente de Reservas, o banco nasce como uma terceira via de contraponto ao arcabouço financeiro internacional formado pelo FMI e o Banco Mundial.
Em entrevista na qual faz questão de ressaltar que fala a título pessoal, pois ainda não assumiu o cargo depois da passagem pela diretoria executiva do FMI, Batista afirma que os países do bloco - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - não encontram na arquitetura financeira atual espaço condizente com sua importância. FMI e Banco Mundial, diz, são instituições que foram criadas com base no eixo de poder do Atlântico Norte, EUA e Europa. "Esses países são ainda fundamentais, mas não têm mais a mesma capacidade de dar as cartas", diz.
Quando o banco dos Brics vai funcionar?
O acordo que estabeleceu o banco foi assinado há um ano em Fortaleza na Cúpula dos Líderes e está prestes a entrar em vigor. Para a estratégia operacional, surgiu a ideia de, antes da entrada em funcionamento, nomear uma pré-administração com vice-presidentes para que se mudem para Xangai e para definir os procedimentos operacionais. A meta é que entre em operação em janeiro de 2016.
Por que optar por essa terceira via? Uma opção não poderia ter sido fortalecer as instituições nacionais já existentes?
As instituições nacionais dos Brics são importantes. Cada um tem seu equivalente ao BNDES e os cinco são ativos e operam internacionalmente. Mas há o objetivo de criar uma instituição nova, que seja o resultado da ação conjunta dos cinco países, que seja um organismo internacional. O que se quis fazer foi um salto. Um banco que seja multilateral e que estará aberto à participação de outros países. Qualquer país membro nas Nações Unidas poderá entrar como sócio.
Recentemente foi criado o Banco Asiático de Desenvolvimento em Infraestrutura (AIB), sob liderança da China, para se contrapor ao Banco de Desenvolvimento da Ásia (BDA), que tem forte influência americana. Essas novas instituições correspondem a um novo arranjo global, um novo 'Bretton Woods'?
De fato, o banco criado sob a liderança da China tende a competir mais com o banco asiático de desenvolvimento, que está sob forte influência do Japão e americana. Não seria ir longe demais, mas, em certo sentido, podemos dizer que Fortaleza está para os Brics como Bretton Woods esteve para o FMI e o Banco Mundial. Mas há diferença de proporção, porque são quase globais.
Nesse sentido não está surgindo um novo contraponto ao FMI e ao Banco Mundial?
Sim. O novo banco é de alcance global. Mas é preciso lembrar que vai crescer aos poucos, ir passo a passo, para ser uma coisa segura e sólida. Vai demorar até que tenha alcance comparável a de outros bancos. Usar a expressão de contraponto, tudo bem, desde que se entenda que a relação é mais complexa, envolve cooperação e até atuação conjunta. Poderemos atuar conjuntamente com o Banco Mundial. Essas novas instituições não foram criadas contra ninguém, mas para ajudar os Brics e os países em desenvolvimento.
Mas há uma estratégia chinesa de reduzir a hegemonia americana e europeia no sistema monetário internacional?
Não posso falar da estratégia chinesa. Mas os Brics são cinco países grandes que têm um traço comum. São países que não encontram na arquitetura financeira atual espaço condizente com sua importância relativa. Quando a China cria o banco asiático e um fundo para a rota da seda - outra iniciativa de caráter internacional -, reflete disposição de atuar, não contra instituições existentes, mas adicionalmente.
Não corre o risco de o Brasil ficar periférico nessa nova ordem internacional?
O Brasil é um país que tem peso grande. Está entre os dez maiores em área, população e PIB. Um país como o Brasil não será periférico a não ser que trabalhe ativamente para ser. A não ser que a gente tema em ser periférico. Mas o Brasil não é grande suficiente para sozinho modificar as coisas. Precisa trabalhar em alianças.
Qual será o foco do banco. Onde ele vai atuar?
O banco tem o mandato claro para financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável em países em desenvolvimento e nos Brics. Um país desenvolvido poderá ser sócio, mas não poderá ser tomador de empréstimo. Já um país em desenvolvimento poderá entrar como sócio tomador. O banco vai financiar projetos tanto do setor público como do setor privado e de parcerias público-privadas.
Que projetos vai financiar?
É prematuro. Só temos condições de avaliar projetos a partir do ano que vem. O banco está autorizado a financiar projetos do setor privado, a dar garantias e a entrar no capital acionário, no equity.
O banco pode ajudar no futuro o programa de concessões?
Pode, desde que sejam projetos do que está previsto no acordo. Mas o banco não foi criado com o propósito de financiar nada. Não existe uma lista de projetos. Não tem uma coisa predeterminada. Isso é coisa que vamos trabalhar.
Por que esses novos bancos estão surgindo?
Porque o banco mundial não está dando conta de atender a demanda por infraestrutura. Há um hiato entre a capacidade de financiamento dos organismos multilaterais existentes e demanda enorme que existe por infraestrutura nos países em desenvolvimento.
Quais as armadilhas a serem evitadas?
O novo banco tem de aprender com a experiência do Banco Mundial e FMI e aplicar o que deu certo. O FMI está com um problema meio crônico de não conseguir se adaptar com necessária velocidade ao mundo que está surgindo no século 21 em que países fora do eixo do Atlântico Norte têm peso crescente. São instituições criadas no pós-guerra, com base no eixo de poder do Atlântico Norte, EUA e Europa. Esses países são ainda fundamentais, mas não têm mais a mesma capacidade de dar as cartas.
Que oportunidades surgem para o banco e o FMI dos Brics?
Se o novo banco quiser dar um salto em relação aos já existentes, terá de ser muito mais aberto aos outros países em desenvolvimento. Para que o Brics reivindicam mais voz? Essa é uma pergunta que temos de responder conjuntamente. Se a resposta não for clara, vão dizer 'ah bom!' Esses cinco países estão querendo mais influência, mas não são diferentes dos países do Atlântico Norte. Temos uma vantagem que é que os países do grupo não há muito tempo tinham empréstimos do FMI. Temos a experiência não muito distante de sermos devedores num mundo em que o Atlântico Norte dá a regra.
O Rio é candidato para sediar o FMI do Brics?
Essa sugestão foi feita. A China também quer fazer a sede em Xangai.
Temos chance?
Tem. É uma discussão política e ao mesmo tempo técnica que os países têm de fazer. Imagino que ao longo do segundo semestre isso seja definido por consenso.