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quarta-feira, 7 de março de 2012

Eu e Betinho

Nossa filha, minha e da Vânia Bambirra, Nadia passou um período no Canadá a pedido de Betinho (que então aí residia como asilado) para servir de companhia ao seu filho que o visitava depois de uma longa ausência. Betinho tinha estado com Vânia, Nádia e Ivan(nosso filho) no Panamá, que os recebera como exilados depois do golpe chileno. Eu não pude ir ao Panamá porque o governo ditarial imposto a Chile não me deixou sair da embaixada panamenha por um longo período (uns 6 meses). Vânia e as crianças conseguiram sair para o México para onde fui posteriormente ao receber o salvo conduto do governo chileno. Eu saí com um visto de asilo para a Alemanha onde havia assinado um contrato de trabalho com o Instituto de Estudos Transnacionais de Starnberg (Starnberg Institute), passava pelo México para recolher minha família. Mas com a recepção maravilhosa de nossos companheiros mexicanos aí ficamos, o que se fez mais definitivo quando a embaixada da Alemanha me considerou impedido de tocar o solo alemão, não só para o honrar o asilo que me haviam dado mas ainda para passar pela Alemanha para participar do Tribuna Lélio Basso que se realizava na Bélgica em 1974.
Enquanto isto Betinho e Maria conseguiram visto para o Canadá, onde Betinho terminou seu doutorado. Depois eu consegui contratá-lo no Doutorado de Economia que dirigia na Universidad Nacional Autônoma de México (UNAM).
Duros anos aqueles mitigados pela solidariedade internacional que nos permitiu sobreviver apesar das perseguições que continuaram a promover contra nós os agentes da ditadura brasileira.
Estas fotos valem como recordação de um amigão de tantos anos num momento de felicidade e relaxamento.


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