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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

África-Brasil, Ancestralidade e expressões contemporâneas - Abdias vive!

Uma vez mais chamamos a atenção sobre a importância de Abdias Nascimento e sua luta pela verdadeira emancipação do principal componente de nosso povo.




INEST criado pelo CUV ontem

A seguir publicamos o e-mail recebido do amigo Eurico de Lima Figueiredo, nossa resposta e a sua resposta, em torno da ótima notícia da aprovação no Conselho Universitário da UFF do INEST:

"Prezados colegas e amigos,

Em reunião ordinária do Conselho Universitário, CUV, ocorrida na data de hoje, ficou decidida, por votação unânime, a criação do Instituto de Estudos Estratégicos, o INEST, na nossa querida UFF. O INEST já é agora composto por uma graduação, uma pós-graduação (mestrado) e um centro de estudos e pesquisas que reune sete laboratórios temáticos. Dispõe de uma revista eletrônica e uma outra, impressa, bilíngue (português/inglês), em cooperação com o Laboratório das Nacionalidades. Continua próficua sua parceria com as instituições militares de altos estudos (EGN/ECEME/ECEMAR-UNIFA, IME). A proposta de criação do Curso de Doutorado já foi encaminhada a CAPES. Nossas expectativas em relação a sua aprovação ao final deste ano são altas. No inicío de 2012 nossa população chegará a 500 pessoas, professores, alunos, funcionários.
A oficialização do INEST requer, ainda, sua implantação nas estruturas acadêmicas e administrativas da UFF. Isso deverá demorar algo como uns 45 dias, em uma hipótese realista, segundo informações que já posso dispor.
Como único de sua espécie em todo o Brasil, o INEST, em pouco tempo, afirmar-se-á como referência no sistema universitário brasileiro. Pela sua originalidade, ineditismo e singularidade, atrairá para si, como já atrai, na área, a atenção dos estudiosos no Brasil e no exterior. Estou muito feliz por poder servir à UFF e ao Brasil, no limite de minhas possibilidades.
Em meu nome, e em nome dos que represento, muito obrigado a todos e a cada um pelo apoio concedido.
Grande abraço,

Eurico de Lima Figueiredo
Professor Titular - UFF
Coordenador do NEST - UFF"

"Querido coordenador do INEST, professor titular da UFF,

Eurico de Lima Figueiredo:

Quero compartir a emoção desta vitória com você e com René Dreifuss, ao qual mantivestes uma fidelidade intelectual e emocional que creio haver te dado forças para levar adiante um projeto que parecia a muitos impossível de realizar-se. Sofrestes muitas baixas no caminho mas não te intimidastes mas sobretudo soubestes manter sua capacidade agregadora num meio que estava corroído por conflitos menores. Conseguistes colocar o objetivo histórico de forjar um instrumento de reflexão sistemática cívico-militar sobre nosso destino nacional por sobre estes falsos conflitos. Teu triunfo te afirma como liderança intelectual e política.

Além de cumprimentar-te pela vitória neste passo fundamental, aguardo teus próximos passos nos quais creio que poderei ajudar-te mais pois estão mais próximos de minhas tarefas atuais: trata-se de assegurar o lugar histórico do Instituto como centro de pesquisa e formulação de propostas científicamente fundadas e historicamente relevantes. Trata-se de colocar em prática os objetivos que te moveram nesta empreitada cheia de triunfos devidos à sua determinação. Estou certo de que saberás materializar o sonho que trazes desde os dias de luta comum com René.

Adiante companheiro. O Brasil saberá compreender a dimensão histórica de sua dedicação.

Sempre ombro a ombro com teus ideais que são nossos.

Theotonio Dos Santos

Membro do Conselho Acadêmico do INEST, Professor Emérito da UFF, Presidente da Cátedra UNESCO-UNU sobre Economia Global e Desenvolvimento Sustentável."

"Theo,
Amigos fazem bem a alma. Tenho por você admiração, respeito, alta consideração. Acho-o um homem especial. Um intelectual de primeira grandeza, no Brasil e no exterior. Sua obra ficará. Receber sua atenção orgulha-me. Dão-me forças. Trazem-me alento. Muito obrigado. Se for possível, gostaria que fosse estampada no seu blog minha resposta a sua carta nos termos abaixo.
Abraço grande,
Eurico

Meu querido amigo Theotonio dos Santos, Professor Emérito!

Muito agradeço suas palavras de incentivo, apoio, solidariedade. A constituição do Instituto de Estudos Estratégicos, o INEST, é uma obra que exigiu -e ainda exigirá! - muito de todos nós. Você é um companheiro de primeira hora. Firme, forte, seguro.
Não há verdadeiramente democracia se a sociedade civil não chama para si a formação e desenvolvimento do pensamento estratégico. Leis e marcos jurídicos são importantes, é claro. Mas sem um pensar claro sobre as relações civis-militares voltadas para a defesa e a segurança do nosso país nos contextos nacional internacional, não se avança. Repete-se o passado. A questão fica restrita ao fechado círculo dos diplomatas e das forças armadas. Antes, a academia se ausentava por incompreensão, preconceito, até mesmo por desdém. Não se faz um grande país assim. O INEST trará indelével contribuição, estou certo.
Criado formalmente o INEST, teremos que cuidar de sua implantação formal nas estruturas administrativas e acadêmicas da UFF. Isso levara algo entre 30 e 45 dias. Antes do final do ano deverá estar tudo pronto. Sua contribuição será, então, mais importante ainda. Te-lo ao nosso lado será uma honra. O INEST será sempre a sua casa. Faremos todos esforços para que você encontre entre nós, as melhores condições para desenvolver seu trabalho. Trará luz a todos nós.
Quanto ao nosso René Dreifuss, ele estará sempre presente. Por iniciativa minha, outorgaremos este ano o Prêmio René Dreifuss para distinguir a melhor tese e dissertação dos nossos programas de pós-graduação. A sala do curso de doutorado em nosso prédio leva, também, desde já, o nome dele. Os amigos se vão; permanecem a memória de suas realizações.
O abraço muito especial do seu amigo,
Eurico de Lima Figueiredo
Professor Titular de Relações Internacionais e Estudos Estratégicos - UFF"

Recordação

Em Paris com Adolfo Sanchez Vasquez, grande marxista hispano-mexicano cuja morte muito nos abalou. Ele foi um dos defensores de uma dialética da práxis como principal interpretação do marxismo e seu humanismo.
Esta foto é uma recordação de Gerónimo W. Machado com quem nos vemos em outra foto, também por ocasião “do encontro de que participamos, comemorando os 150 Anos do Manifesto Comunista de 1844, promovido pelo Espaces Marx, PCF, etc., nos lócus da Biblioteca François Mitterrand e salões especiais da velha Sorbonne, em cujos espaços periféricos, como no IEDES e na Biblioteca Brasileira e Portuguesa e de Mário Soares, Celso Furtado, Zé Maria (BH), Arraes, etc., tive a infelicidade de conhecer, pessoalmente, por volta de 1977, ao mal fadado FHC...” Segundo o e-mail de Gerônimo
Naqueles dias, o marxismo havia voltado às covas como os cristãos na antiguidade, imagem que Engels usou como exemplo de um grande processo revolucionário nos tempos da luta contra a escravidão. Pois agora as portas se abrem outra vez e virá uma nova onda revolucionária, política, econômica e intelectual do marxismo no mundo até a implantação de uma nova civilização planetária, QUE SERÁ PLURAL E PACÍFICA, regida por princípios socialistas. Que bom se Sanchez Vasquez estivesse conosco nestes novos tempos...


quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Ainda relembrando o 11 de setembro chileno

Me mandou meu irmão. Já tinha visto mas me emocionou outra vez.

Theotonio.

Um comentário filial cheio de orgulho

De: Nadia Bambirra

Pai, sabe que pesquisando sobre a Polop me impressionei de como vocês eram jovens. Que moçada foda!

Beijo

Reencuentros

Este e-mail habla por si mismo. Sobre mi casa en Chile que se convertió en Embajada de Panamá creo haber contado algo de esa historia ene. Blog. Más tarde abundaré en nuevos detalles.

"Estimado Theotonio; seguramente que no podras poner una imagen a quien te escribe pero estuve refigiada en chile en lo que fue tu casa, en Santiago .
Bueno otro cro con quien compartimos el armado del Semanario Alternativas tambioen estuvo en la embajada tu ex caasa¡

Tanto años y muchas historias; podés visitar nuestro sitio: http://www.alternativas-uy.org

Esperamos con gusto recibir artículos tuyos.

Deseando estés bien te enviamos un cálido saludo y un recuerdo grato de tu persona.

Por el colectivo del Semanario Alternativas

Sandra Petrovich ( Luna)"

Chile: Continúa en marcha la vuelta de la teoría de la dependencia en su propia cuna

Me escribe Roberto Pizarro, autor de la crítica a la economia internacional junto con Orlando Caputo, uno de los fundadores de la teoría de la dependencia, director de la Escuela de economía Política en 1970, cuando se culminó el proceso de la Revolución un Universitaria que armamos en la Universidad de Chile entre 1968 y 1970. Exilado en Inglaterra vuelve a Chile para ser embajador del gobierno de la concertación en Ecuador y en seguida ministro del planeamiento lo que lleva a la acentuación de las contradicciones con la política neoliberal que siguió la frente socialista-demócrata cristiana. Ahora está con la candidatura de Arrate que se puso a la izquierda de la Concertación en las últimas elecciones. Vea su entusiasmo con los cambios en Chile. Son las Alamedas a que se refería Salvador Allende en su discurso final que se abren otra vez. Chile se pone a la ofensiva una vez más. Vean mi libro que está saliendo en Venezuela por la Editorial El Perro y la Rana (haga clic aquí para descargar). Puedes bajarlo para sentir las emociones del proceso revolucionario chileno y los intentos de interpretarlo y de salvarlo. Vale la pena estudiar estas lecciones de la historia.

"Theo querido,

He tenido la mayor de las satisfacciones con los jóvenes de izuqierda de la Facultad de Economía. Quieren recuperar la historia de nuestra Facultad. Les interesa lo que nosostros hacíamos. Quieren conocerte especialemente a ti. Estuve en una asamblea maravillosa en la aula magna de la escuela. Ataque a los neoliberales, la falta de pensamiento diverso, etc...y les conté lo que nosostros hacíamos. Y los muchachos me dicen que eso es lo que quieren. Hay varias iniciativas en curso, pero lo primero es una pelicula reportaje que están haciendo. Quizas puedan entrevistarte por skipe. La Javiera te contactará.


abrazos,

Tito"

Transformações no blog

Como podem ver o blog de Theotonio dos Santos está passando por melhorias. Mudamos o design dele e alertamos que para a leitura completa dos posts deve-se clicar no título do post.

Além disso, estamos ampliando as novas formas de comunicação. Estamos estreando uma página no Facebook e um twitter. Conecte-se clicando nos links abaixo:

Para acessar o Facebook, clique aqui. Para acessar o Twitter, clique aqui.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Ainda lembrando o 11 de setembro chileno

Ainda lembrando a tragédia chilena do 11 de setembro de 1973, quando em mar de sangue afogou-se o processo revolucionário chileno. Brinda-se hoje aos leitores do blog com o livro de Theotonio dos Santos, "Bendita Crisis! Socialismo y democracia en el Chile de Allende", que está sendo publicado na Venezuela pela Editorial El Perro y la Rana com artigos dele publicados durante a experiência da Unidade Popular no Chile. Para acessar, clique aqui.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Entrevista de Theotonio dos Santos para o Pagina 12 da Argentina

Nos intensos dias de trabalho na Argentina tive a oportunidade de realizar pelo menos duas grandes entrevistas na imprensa além das várias nas radios e televisão. Já publicamos a primeira neste blog, agora segue a excelente entrevista ao melhor jornal progressista do país que está com 9% de crescimento do PIB este ano, que leva adiante uma verdadeira revolução educacional e um vasto programa de transferência de renda e uma ampla política social, além de abrir uma vigorosa luta ideológica contra os neoliberais e sua fase de poder na base do terror de Estado. Que viva Argentina!


"Economía | Martes, 20 de septiembre de 2011


La crisis de EE.UU. contra sí mismo

Referente del pensamiento latinoamericano de los ’60, el intelectual brasileño señala en esta entrevista los graves errores de los gobiernos de Estados Unidos en la conducción del sistema y cómo generó el actual predominio del capital financiero.

Por Javier Lewkowicz

Theotonio Dos Santos es un referente del pensamiento latinoamericano. Brasileño, formó parte de un grupo de intelectuales que, en los ’60, plantearon por primera vez que el atraso y subdesarrollo constituían la otra cara del desarrollo económico en los países centrales. Que el subdesarrollo no podría entenderse sin evaluar el modo en que los países centrales avanzaron. De ese modo, la “teoría de la dependencia” rompió con la idea ingenua, proveniente de las usinas del pensamiento tradicional, de que el desarrollo es un proceso lineal y ahistórico vinculado a la maduración de las estructuras económicas. De visita en la Argentina para participar del seminario de economía organizado por la Universidad de las Madres de Plaza de Mayo y presentar su último libro, Marxismo y ciencias sociales. Una revisión crítica, Theotonio dialogó con Página/12 y analizó con profundidad los factores que explican la crisis mundial y los cambios políticos en América latina después de la devastación neoliberal. “Estos gobiernos son fruto de los procesos de democratización y de la crítica al neoliberalismo”, señaló.

–¿Qué evaluación hace de la actual fase de la crisis mundial?
–Esta crisis se da en un contexto de cambios estructurales que vienen operando desde la década del ‘90, que refuerzan una tendencia del capitalismo a nivel mundial que necesita del Estado para funcionar, aunque la retórica neoliberal lo haya ocultado mucho. El déficit comercial de Estados Unidos aumentó desde los ’80, con Ronald Reagan, de 50 o 60 mil millones a 300 mil millones de dólares. El déficit público también aumentó en una cuantía similar, porque los dos déficit se combinan: los excedentes retenidos por los exportadores que le venden a Estados Unidos se convierten en títulos de la deuda pública, y de esa forma se cubre el déficit fiscal. En los ’90 hubo un intento de disminuir el gasto, sobre todo en el sector militar, y recuperar el plano fiscal, pero la entrada de George Bush (hijo), otra vez un neoliberal, significó de inmediato la misma política de déficit fiscal colosal. Y Estados Unidos funcionó con un déficit creciente que llegó a 500 o 600 mil millones de dólares. Ese tipo de políticas refuerzan al capital financiero, porque esos títulos de deuda son operados por el sector financiero, que los transforma en derivados y consigue multiplicar por cinco el valor. De repente hay un sector financiero gigantesco operando, que aumentó aun más con la especulación inmobiliaria que sobrevalorizó las propiedades.

–Se suele plantear que el desequilibrio en las cuentas estadounidenses es consecuencia de la falta de regulación. Aquí el Estado estaría cumpliendo un papel central para el funcionamiento del sistema.
–No se trata de un Estado ausente. Es una presencia necesaria para el funcionamiento, porque este funcionamiento no es lógico económicamente. Tiene una lógica de intervención, típicamente intervencionista. Incluso cuando la crisis viene y amenaza la supervivencia de los bancos, se utiliza al Estado. Es el Estado, no el gobierno, porque Obama, con algunas diferencias, continúa con la política de Bush de sostener al sector bancario, aun cuando está claro que está quebrado. No defienden a las personas que están perdiendo su dinero por la caída del valor de los inmuebles que compraron. El dinero va a los bancos, para que se refuercen, se reestructuren y prosigan, aunque no se sabe bien para qué. Es un sistema inútil.

–¿Es crítico respecto al tipo de intervención que ante la crisis implementan los gobiernos europeos?
–No lo diría como crítica. Es un análisis. No creo que ellos tengan una mejor solución, por lo menos para su clase social, para que sobreviva esa gente que no hace nada excepto crear las condiciones para mantenerse en el poder a costa de la gran mayoría de la población. Pero la gente no localiza exactamente dónde está el problema.

–¿Por qué predomina el capital financiero?
–Es un predominio construido por el Estado, porque el capitalismo como sistema productivo ya no ofrece a los representantes de la gran propiedad concentrada mucha oportunidad de ganancia. La tasa de ganancia tiende a caer. Hay períodos de recuperación, pero es tenue en relación con el nivel de consumo y de poder que esta gente desarrolló. Además, el avance de la revolución científico-tecnológica exige inversiones colosales en ciencia, tecnología y desarrollo de innovaciones. Ese tipo de inversión se hace posible porque el sistema genera un excedente económico enorme. Por ejemplo, la productividad en los ’90 aumentó en Estados Unidos cerca de un 4 por ciento al año y los salarios han caído. Eso es un excedente gigante que queda apropiado a través de diversos mecanismos, con el apoyo del Estado para condicionar a la gente y limitar su capacidad de reivindicación.

–¿La crisis es reflejo de un agotamiento? ¿Puede inaugurar una nueva fase del sistema capitalista?
–Yo creo que estamos todavía en una fase de expansión del paradigma tecnológico basado en la robotización, que se está extendiendo a casi todo el sistema productivo y genera un aumento muy grande en la productividad. El capitalismo muestra una gran capacidad de absorción del excedente, pero fundamentalmente lo hace desde la vía estatal. La deuda pública es la gran base de toda esta especulación financiera, junto con las medidas que le permiten al sector privado operar con cierta independencia, y que obligan a economías enteras a manejarse de acuerdo con eso. Me refiero a los bancos centrales, que no son neutrales. Desregulan por política. Ponen por detrás un razonamiento económico absurdo y lo enseñan en las universidades, en la televisión y en la radio. Es una forma de supervivencia del capitalismo que exige una presión extremadamente fuerte del Estado. Esto sobrevive gracias al capitalismo de Estado.

–¿Por qué en los últimos años surgieron en América latina gobiernos que comparten profundas diferencias respecto a sus antecesores en los ’90?
–Estos gobiernos son fruto de los procesos de democratización de la región y de la crítica al neoliberalismo. La gente ha creído, con un trabajo de opinión pública colosal, ayudado por acontecimientos políticos como la caída de la Unión Soviética, que no hay otra opción que una economía capitalista y más precisamente un capitalismo de libre mercado, que en realidad nunca existió ni va a existir, porque estamos ante grandes monopolios y capitalismos de Estado creciente. Un ejemplo interesante se da en Chile, donde hubo 20 años de terror y ahora de repente la gente empieza a ver lo que pasa. Hay una crítica muy fuerte y eso se deriva de la situación democrática, que encima se combina con una situación económica dramática en el mundo, lo que crea las condiciones para que la gente busque una alternativa. En mi libro Del terror a la esperanza pongo la atención en que el neoliberalismo fue una operación intelectual por la cual se creó un clima para instalar la idea de que se trataba del pensamiento del futuro, cuando en realidad la base de esa construcción teórica es copiada del siglo XVIII. Y de repente la gente que pensaba en el poscapitalismo era lo viejo. Una cosa increíble como operación intelectual. Por detrás de eso había un sistema financiando, ofreciendo posiciones de poder. Pero sobre todo estaba el terror de Estado. El neoliberalismo está fundado en el terror. El grupo de Chicago, por ejemplo, tuvo el primer gobierno a su disposición con Pinochet. La asociación entre el neoliberalismo y terror es histórica, a pesar de la idea de que hay una relación entre liberalismo político, económico y democracia. Democracia es poder del pueblo, voto universal. La idea de libertad no es una idea democrática necesariamente.

MATERIAS PRIMAS Y TECNOLOGIA
Un arma de negociación

–Ante el ascenso de China y la mejora en los términos del intercambio, ¿América latina debería cambiar su estrategia de industrialización, como se señala desde la ortodoxia?
–Tenemos que tener una política regional, impulsar la integración y la conformación de un mercado regional, porque las escalas actuales de producción son muy grandes. La escala regional alcanza para cierto nivel, aunque en algunos productos de punta, la escala es planetaria. Sin embargo, hay ciertos productos minerales, naturales, donde nosotros tenemos condiciones de competir planetariamente, porque somos los únicos productores. Y de esa forma podemos entrar en el nuevo paradigma tecnológico, basado en la biotecnología.

–¿Cómo evitar que eso derive en un esquema de especialización típico en recursos naturales?
–Eso depende de que se negocie realmente el uso de los recursos con un alto grado de industrialización. Nosotros tenemos casi toda la producción de litio en Bolivia y Chile. Los bolivianos están intentando montar un sistema de gestión para vender el litio procesado. Y el que lo quiera tiene que aceptar esas condiciones. Con el apoyo de toda América latina, se pueden convertir en un gran centro de desarrollo de litio. Si toda la región se junta, se puede desarrollar el mineral. Se puede desplegar una industria de materias primas bastante avanzada, con alto grado de valor agregado. No hay que tomar la llamada reprimarización como un problema, sino como la posibilidad de que podamos tener, a partir de nuestra naturaleza, un instrumento de negociación mundial muy fuerte y de desarrollo, si no aceptamos simplemente vender el producto primario.

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Para ver no próprio site, clique aqui.

Excelente carta de Chávez a la ONU sobre Palestina

Hugo Chavez mais uma vez assume as causas da paz mundial, da luta contra a opressão, da justiça e dos direitos humanos. E os EE. UU. cada vez mais se afoga na podridão moral que nega seus antecedentes democráticos. Vejam a memorável carta de Hugo Chávez sobre a questão Palestina.

Para ler a carta, clique aqui.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

40 años de la Teoría de la Dependencia

Mais informação sobre nossa participação recente na Argentina onde os criminosos que cometerem crimes contra a humanidade são julgados e condenados. As mães da Praça de Maio têm o respeito de todos que defendem a democracia.


Hebe Bonafini reivindicó 35 años de lucha
“Aunque nos veamos viejas, vamos a seguir”

17 de septiembre de 2011


Hebe cuestionó, sin nombrar, a los que respaldan a Schoklender.
“Antes de hablar de las Madres, se tienen que lavar la boca”, sentenció la titular de Madres de Plaza de Mayo, Hebe de Bonafini, quien ayer fue distinguida en nombre de la organización por su labor de 35 años de lucha. Sus palabras apuntaron en contra de quienes en los últimos días dieron por ciertas las denuncias que realizó el ex apoderado de la Fundación, Sergio Schoklender. En un discurso emotivo, recordó los momentos más terribles que debieron enfrentar las Madres, incluso en los primeros años de la democracia. “Es la lucha de nuestros hijos, y aunque nos veamos viejas vamos a seguir”, expresó despertando un extenso aplauso que se entremezcló con las lágrimas de varios participantes.

La premiación a Hebe se realizó durante el panel denominado: “40 años de la Teoría de la Dependencia. 34 años de Lucha y Resistencia”.

La presidenta del Cemop, Felisa Miceli, aseguró que “el pensamiento liberador está estrechamente relacionado con la situación de transformación de una sociedad”. “Por eso no es casual que en los ’60 América latina aportara al mundo la Teoría de la Dependencia, pero también aportó la Teología de la Liberación, y en la literatura, el realismo mágico”, criticó. “No es casual tampoco que hoy vuelva a resurgir en nuestra región un debate maravilloso de ideas”, agregó.

Theotonio Dos Santos, doctor en Economía, sociólogo, politólogo brasileño y uno de los creadores de la Teoría de la Dependencia, aseguró que “el capitalismo se encuentra en una fase histórica negativa para sí mismo”.

Por su parte, el brasileño doctor en Sociología Carlos Eduardo Martins ejemplificó la complejidad de la realidad capitalista actual: “Hoy la estabilidad del dólar depende de la decisión del Partido Comunista Chino”, en referencia al enorme volumen de reservas en esa moneda que mantiene el Banco Central del gigante asiático.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Vídeos pedagógicos de Martha Harnecker

DIRECCIONES EN YOUTUBE
DE VÍDEOS PEDAGÓGICOS DE MARTA HARNECKER

un material audiovisual para estudio individual o en grupo sin necesidad de profesor



Sólo se necesita un televisor y un proyector de DVD o simplemente una computadora con audio suficientemente alto para realizar el curso.

El material está estructurado en bloques de 10 minutos aproximadamente cada uno. Cada bloque va seguido de unas tres o cuatro preguntas acerca del tema desarrollado en dicho bloque.

Se sugiere ver un bloque en grupo y hacer luego una discusión alrededor del tema utilizando como guía las preguntas que se plantean tratando de que —cuando esta sea posible— las reflexiones o respuestas se refieran a los que ocurre en su país.

Se deben ir anotando en una libreta las dudas que vayan quedando cuando nadie del grupo las pueda contestar y los temas sobre los cuales el grupo quisiera poder tener más información.

Si se trabaja con un grupo muy grande se recomienda usar la plenaria para ver el audiovisual y dividirlo luego para el debate en mesas de trabajo de no más de 12 personas.

La experiencia nos ha enseñado que se debe evitar estudiar dos bloques seguidos. Así se ahorra tiempo, pero se perjudica la dinámica de grupo.

Al final de cada ciclo, algún profesor o persona con preparación en los temas abordados en dicho ciclo podría reunirse con el grupo o con varios grupos de un mismo territorio para responder a las dudas acumuladas durante el ciclo.

Los temas que se propongan para ir hacia una mayor profundización deberían servir de orientación a los responsables de la formación política acerca del contenido de nuevos cursos o conferencias.

Gran parte de este material se encuentra impreso en libros de bolsillo o en textos en formato digital.

Cuando se acceda al ciclo correspondiente en Youtube se recomienda empezar con el bloque No.1 y seguir la secuencia indicada.

Me interesaría mucho recoger las opiniones de quienes usen este material pedagógico. Les rogaría escribirme a mi dirección electrónica.

Marta Harnecker, 13 septiembre 2011


Listado de ciclos de Vídeos
Y su coorrespondiente dirección en Youtube.

1. América latina y los desafíos de la izquierda,

http://www.youtube.com/user/ciclopolitico?feature=mhsn#p/c/33AA34303E124DA0/ 13/lL6a-jMmGfY

Charla filmada de Marta Harnecker sobre: América latina y los desafíos de la izquierda, organizada en 14 bloques de aproximadamente 10 minutos cada uno. Lleva además un anexo de 4 bloques donde se profundiza en la actual correlación de fuerzas entre América latina y los Estados Unidos.

Los temas que se abordan luego de señalar la situación de la izquierda en América latina son los siguientes: un subcontinente pionero en el rechazo al neoliberalismo; triunfan candidatos de coaliciones políticas de izquierda y centro izquierda; movimientos populares: los grandes protagonistas; correlación actual de fuerzas: avance de las fuerzas progresistas, pero las fuerzas del imperio estadounidense están presentes con su proyecto de recolonización y disciplinamiento; distintas clasificaciones de estos gobiernos: los que pretenden refundar el neoliberalismo; los que sin romper con las políticas neoliberales, ponen énfasis en lo social; y los que buscan romper con las políticas neoliberales apoyándose en la movilización popular; sus limitaciones objetivas; tener en cuenta la correlación de fuerzas y analizarlos no tanto por el ritmo sino por su dirección.


2. Nuestro socialismo. Ni calco, ni copia (Parte 1 y 2),

http://www.youtube.com/user/ciclopolitico?feature=mhum#p/c/CC4EAEF982A06C7E

http://www.youtube.com/user/ciclopolitico?feature=mhum#p/c/CC4EAEF982A06C7E/ 0/0HBXfJBrp84

Charla filmada de Marta Harnecker sobre: Nuestro socialismo. Ni calco, ni copia, organizada en 22 bloques. Este ciclo comienza preguntando: por qué hablar de socialismo del Siglo XXI cuando esta palabra tiene una carga tan negativa y luego aborda los siguientes temas: los diversos tipos de transición y lo que ocurre en países donde sólo se ha conquistado el gobierno; una transición particular en cada país; los rasgos que caracterizan al socialismo del siglo XXI: punto de partida: el hombre como ser social, punto de llegada: el pleno desarrollo humano, democracia participativa y protagónica, un nuevo modelo económico y un nuevo concepto de eficiencia, economía planificada con participación de la gente, alto grado de descentralización que permita un real protagonismo popular; las tareas en las que desde el gobierno se puede avanzar. El ciclo termina con una guía para evaluar como se va avanzando en nuestros gobiernos hacia ese socialismo del siglo XXI.

Como el material es muy largo se dividió en dos partes


3. Qué instrumento político necesitamos hoy,

http://www.youtube.com/user/ciclopolitico?feature=mhum#p/f/6/QR6IECs7Fi8

Charla filmada de Marta Harnecker: Qué instrumento político necesitamos hoy, organizada en 7 bloques de alrededor de 10 minutos cada uno.

Los temas que se abordan son los siguientes: por qué es necesario un instrumento político; tareas del instrumento político; características de la militancia política que hoy necesitamos; el burocratismo: principal flagelo a combatir tanto fuera como dentro del instrumento político; necesidad de promover una crítica pública para salvar al partido pero evitando una crítica anárquica.


4. Instrumentos de la política

http://www.youtube.com/user/ciclopolitico?feature=mhee#p/c/B7D2DAE80767CA07 /0/gNcuTPXzn58

Charla filmada de Marta Harnecker en 12 bloques donde se exponen los siguientes temas: qué entender por política revolucionaria y su diferencia con la política conservadora; la correlación de fuerzas existente en Venezuela en el momento del triunfo y luego de la Constituyente; en el momento del golpe militar y luego de su fracaso; los conceptos de estrategia y táctica; la importancia de tener en cuenta el estado de ánimo de la gente; los conceptos de enemigos, aliados y frente político.


5. Planificación participativa. En la comunidad (consideraciones generales)

http://www.youtube.com/user/ciclopolitico?feature=mhee#p/c/A94BB3DCE017DA11 /4/4X9jhgxHpuY

Charla filmada de Marta Harnecker que introduce al tema de la importancia de la planificación participativa en la comunidad. En este material se abordan las reflexiones más generales. Consta de 5 bloques de 10 minutos aproximadamente cada uno.


6. Planificación participativa en la comunidad (metodología)

Charla filmada de Marta Harnecker que aborda una propuesta de cómo poner en práctica el proceso de planificación participativa en la comunidad, desarrollando en detalle qué hacer en cada uno de los seis pasos que se señalan.

Se sugiere que el grupo que vaya a llevar el proceso de planificación participativa en una determinada comunidad se reúna, vea la explicación de cada paso y luego trate de ponerlo en práctica.



Para adquirir los DVD’s correspondientes a cada charla y/o los libritos respectivos dirigirse a xstakproducciones@gmail.com o comunicarse al (0212) 6419723 Caracas, Venezuela

Mais um debate sobre a teoria da dependencia que reafirma nossa constatação que esta teoria volta a ser o centro do projeto científico e político da esquerda pelo menos na América Latina que está na vanguarda da luta progressista mundial. Vejam minha mesa redonda na 6ª. feira (viernes) às 17 horas.

Este jueves comienza el

V Encuentro Internacional de Economía Política y Derechos Humanos

Les destacamos algunas de las actividades previstas:



Jueves 15/09

15.30hs. Acompañamiento a las Madres en su Marcha en la Plaza de Mayo.



Jueves 15/09

17:30 hs. Apertura

Hebe de Bonafini - Felisa Miceli – Inés Vázquez– Graciela Orfeo – Jorge Marchini

Alicia Kirchner, Ministra de Desarrollo Social

Argentina ante la Crisis Mundial

Disertación a cargo del Viceministro de Economía Roberto Feletti


19 hs. La Nueva Etapa de la Crisis Mundial y América Latina

David Harvey (Inglaterra) – Pedro Páez Pérez (Ecuador) – Jorge Taiana


Viernes 16/09

10 a 13hs. Nuevo Seminario Especial con inscripción previa:

Crisis de la Deuda en Europa: Una mirada desde America Latina

Convocatoria: CADTM AYNA -ATTAC Argentina
Claudio Katz - Daniel Munevar - Julio Gambina



Viernes 16/09

17 hs. 40 años de la Teoría de la Dependencia. 34 años de Lucha y Resistencia.

Hebe de Bonafini – Theotonio dos Santos – Carlos Eduardo Martins – Felisa Miceli

19 hs. La respuesta de UNASUR ante la crisis

Alejandro Vanoli (Presidente Comisión Nacional de Valores – Argentina) - Eudomar Tovar (Vice-Presidente del Banco Central de Venezuela) – Diego Borja (Presidente del Banco Central del Ecuador) - Mercedes Marcó del Pont (Presidenta Banco Central de la Argentina)


Sábado 17/09

17 hs. La economía al servicio de los Pueblos.

Al Campbell - Atilio Boron – Pedro Brieger - José Félix Rivas


¡LOS ESPERAMOS!

Reportagem de Marta Harnecker sobre a fábrica Vtelca em Correo delOrinoco‏

Marta Harnecker continua seu trabalho diário de apoio à organização comunitária, seja nos bairros populares, seja nas empresas, seja nas instituições públicas, seja no partido. Ela sabe, por experiência destes anos de luta latino americanas nas quais participou intensamente, que a revolução e sua sustentabilidade depende fundamentalmente da ação, organização e conscientização da população, particularmente dos trabalhadores e dos setores populares em geral. No momento atual, a Venezuela bolivariana é a experiência mais avançada na região e talvez no planeta de participação popular apoiada e até mesmo estimulada ardentemente pelo Estado e por seu líder que os donos do mundo tanto odeiam. Vale a pena ler cuidadosamente seu artigo para sentir o abismo entre as experiências revolucionárias em curso na Venezuela e os limitados horizontes nos quais vivemos. Anota-se aqui este excelente instrumento de comunicação que é o 'Correo del Orinoco' onde foi publicado esta reportagem. Abaixo o início da mesma. Para acessar a reportagem completa, clique aqui.


Vtelca: una gerencia que realmente promueve la participación

Marta Harnecker

1. El 10 de mayo de 2011 visitamos con mi compañero, Michael Lebowitz la fábrica de celulares Vtelca[2], situada en Punto Fijo, estado de Falcon, de regreso de unas jornadas en la UNEFM de Falcón, donde dimos unas charlas en el diplomado de Introducción a la Construcción del Socialismo. Quisimos aprovechar que nuestro vuelo de regreso a Caracas partía de dicha ciudad
para visitarla.

2. No fue la fama de sus productos, sino la forma en la que éstos son producidos lo que nos atrajo. Vtelca es la fábrica que produce los famosos vergatarios de los que tanto ha hablado el presidente Chávez: La empresa se creó el 11 de diciembre de 2007, al firmarse un convenio marco China-Venezuela. Se trata de lo que en Venezuela se denomina, una fábrica socialista de capital mixto: el país anfitrión posee el 85,3% de las acciones, y el socio chino el resto. El 30 de abril de 2009 inicia su producción, alcanzando la suma de más de 100 mil equipos.

3. En el marco del proceso de revisión, rectificación y reimpulso y la orientación de integrar a la dirección de las empresas del Estado a cuadros del Sistema de Formación Simón Rodríguez -entonces dirigido por el actual viceministro ministro para la Ciencia, Tecnológica e Industrias Intermedias, Jorge Arreaza - un joven revolucionario, abogado de Maracaibo y uno de los cuadros de ese sistema, Akram Makarem, asume la presidencia.

4. La nueva administración designada por el ministro Ricardo Menéndez, llena de mística y de un claro convencimiento de la necesidad de transformar esta empresa en una empresa realmente socialista, siguiendo los lineamientos del presidente Chávez inició un interesante proceso de cogestión con los trabajadores. "Éste es un laboratorio -nos dice su gerente-y aquí vamos a demostrar si somos capaces de transformarnos o sucumbir al sistema." Una de esas transformaciones es que el consejo de trabajadores asuma en forma cada vez más integral la gestión de la empresa de modo que en el futuro se llegue "a eliminar la figura del gerente".

5. Aunque lleva solo un año caminado en esta nueva dirección en la que el colectivo de trabajadores debe ir asumiendo cada vez un mayor papel en la dirección de la empresa, ya comienzan a notarse algunos cambios. Se ha conformado el consejo de trabajadores con varias comisiones de trabajo, dos de ellas participan en la selección de los trabajadores que entran en la empresa postulados por los consejos comunales que hacen vida en el ámbito territorial en que está ubicada la empresa. Cada línea de producción elige a su propio líder que funge como el capitán del barco en esa línea, pero un capitán democrático, que recibe y materializa sugerencias de sus trabajadores.

6. Conscientes de la importancia de la formación integral - tanto técnica como socio-política - de los trabajadores de la empresa, Akram y su equipo han puesto especial énfasis en facilitar a los trabajadores la adquisición de estos conocimientos. Éstas y otras iniciativas se narran a lo largo de este reportaje que combina el testimonio de trabajadores de base con reflexiones sobre los desafíos que significa romper con la lógica capitalista: cómo combinar eficiencia y socialismo; cómo ser humanistas y lograr que los trabajadores vayan sintiéndose cada vez más corresponsables.

7. Hemos divido este trabajo en 4 partes: la primera habla cómo surge la idea desde Vtelca de crear una fábrica de juguetes; la segunda se refiere al doble proceso de producir celulares y a la vez producir personas cada vez más desarrolladas humanamente; la tercera se refiere a las experiencias educativas dentro de la empresa; y la cuarta a los desafíos que se ha propuesto enfrentar: cómo lograr ir disminuyendo la división entre trabajo manual e intelectual y como ser una empresa participativa y eficiente a la vez.

8. Esperamos que nuestras lectoras y lectores, y especialmente las y los trabajadores y los cuadros gerenciales que estén deseosos de impulsar procesos participativos en sus centros de trabajo encuentren en este reportaje fuentes de inspiración.

domingo, 11 de setembro de 2011

50 anos da Campanha da Legalidade e o Chile

A Campanha da Legalidade foi um momento máximo da ação política revolucionária do povo brasileiro que transformou Leonel Brizola no inimigo número 1 de nossa classe dominante e do poderoso lobby das multinacionais no plano mundial. Por isto se desencadeou contra ele a mais impressionante campanha de calúnias que conhecemos na América Latina. Eu vivi o verdadeiro golpe de estado imposto pelo triunvirato militar de 1961 em Belo Horizonte. Tive que ocultar-me com Vânia Bambirra na casa de um companheiro, então professor universitário quando eu era ainda estudante. Daí acompanhamos detalhadamente as modestas iniciativas de resistência que conseguíamos organizar até que ouvimos no rádio a declaração da campanha da legalidade. Lembro-me do meu retorno à nossa Faculdade de Ciências Econômicas, cercada pela polícia política que me buscava entre outros dirigentes estudantis. Lembro-me do meu discurso no nosso palco improvisado chamando a que se aproximassem os policiais fardados ou não pois o Brasil estava levantado em armas contra o golpe, com a polícia militar do Rio Grande do Sul e o Terceiro Exército em defesa da legalidade. Cabia a eles decidir de que lado estariam. O golpe estava derrotado ... Não se atreveram a buscar prender-nos mas também não aderiram ao nosso lado. Mas se abria aí o caminho para que nossa luta se fizesse pública e abandonássemos a clandestinidade. Foi um destes momentos históricos em que senti o peso de um povo unido, como nas muitas outras oportunidades que vivi a força da resistência popular. Como exemplo desta emoção e razão reproduzo aqui meu artigo sobre O GIGANTE OPERÁRIO quando no Chile de Allende os trabalhadores derrotaram as tentativas golpistas do patronato chileno que tentou paralizar suas empresas que os trabalhadores passaram a controlar. Era lindo ver os operários caminhando (diante do “black out” dos ônibus decretados pelos patrões) para assumir o controle das empresas abandonados pelos capitalistas. O texto que segue foi publicado na revista Chile Hoy em 1972 e faz parte do livro Bendita Crisis que está sendo publicado na Venezuela pela Editorial El Perro y la Rana com meus artigos publicados durante a experiência da Unidade Popular no Chile.

XIII. EL GIGANTE OBRERO


El martes las calles de Santiago se inundaron otra vez de obreros organizados y disciplinados, combativos y alegres, para conmemorar dos años de Gobierno Popular y para despedir al Presidente Allende. Quien haya mirado con detenimiento aquellos rostros marcados por el trabajo y el sufrimiento, aquellas mujeres con sus niños en brazos, aquel electrizante clima de solidaridad y voluntad revolucionaria, podrá comprender con mucho más facilidad la profundidad de los descubrimientos teóricos del marxismo y podrá dar forma de carne y hueso a las formulaciones más abstractas de la teoría.

Al comentar las discusiones teóricas de los años 30. Isaac Deutscher llamaba la atención sobre la fe aparentemente metafísica de los viejos bolcheviques en la clase obrera. Para un joven moderno, señalaba Deutscher, esa fe parecerá algo muy artificial. No lo era así para los que vivieron la Revolución Rusa y vieron a esa fuerza social en las calles, en las empresas, en los campos de batalla y conocieron en la práctica su capacidad de lucha y de liderazgo político.


Renacimiento del Radicalismo Obrero

Para un joven que vive en Chile de 1972, la realidad es sin embargo completamente distinta de la que Deutscher imaginaba para los jóvenes modernos. Porque conoce de cerca esa fuerza histórica, puede leer y comprender sin problemas a los viejos bolcheviques. En cambio, le parecerán extrañas y falsas las elaboraciones “teóricas” que los “científicos” sociales y políticos burgueses y pequeño burgueses realizaron en las décadas de 1950 y 1960 para anunciar el fin de la militancia obrera, el fin de las clases sociales, etc. De hecho, el ciclo de expansión económica del capitalismo de la postguerra había dado origen a un movimiento obrero amarillo, dominado ideológicamente por la burguesía, por el pacifismo, por el reformismo. Los que creyeron sin embargo que esto era el fin del radicalismo obrero estaban profundamente equivocados. La nueva crisis capitalista que se anuncia en 1968 marca el renacimiento del radicalismo obrero a nivel internacional. El movimiento de mayo en Francia, los “veranos calientes” de Italia, las huelgas obreras de Inglaterra, el “cordobazo” en Argentina, son simplemente expresiones máximas de un movimiento mundial.

Chile no solo no se queda atrás en este proceso, con la huelga general de 1968 en la que murieron seis obreros sino que ofrece además un ejemplo de organización y disciplina de clase que causa espanto y admiración. Con la constitución del Gobierno Popular y la disciplina revelada en los nerviosos días de setiembre a noviembre de 1970, se anuncia la aparición en escena de un movimiento político de alto nivel.

Acumulación de Experiencias

Son muchas las experiencias concretas que va acumular la clase obrera chilena desde 1970 hasta hoy. A lo largo de la lucha política general contra la derecha en la que demuestra una actitud serena, una ausencia de sectarismo y una gran capacidad de buscar y establecer aliados, fueron muchas las experiencias novedosas que anuncian un mundo nuevo.

Este es el caso de la lucha por la formación del área social de la economía. En esta tarea, la clase obrera tuvo que desempeñarse en un campo nuevo de actividades y de responsabilidades que enfrentó con gran firmeza. No solo fue su tarea “tomar” las empresas que cabía requisar, controlar los actos de sabotaje de sus patrones y sustentar la lucha contra los enemigos de clase dentro y fuera de la empresa. Más importante aún fueron sus tareas después de requisadas las empresas. Abandonados por los antiguos gerentes y técnicos, frente a interventores jóvenes y en general inexperientes, los obreros lograron no sólo mantener la disciplina de trabajo, sino también aumentar la producción, plantear nuevos esquemas de abastecimiento, inventar repuestos, realizar trabajos voluntarios, buscar capacitarse técnica y políticamente para las nuevas tareas. Las fábricas chilenas se convirtieron en el microcosmos de la nueva sociedad emergente en Chile.

Pero la clase obrera no se quedó encerrada en las empresas. Tuvo que enfrentar de inmediato los problemas del abastecimiento creando las juntas de abastecimientos y precios. Frente a las amenazas de la derecha, los obreros se vieron obligados a coordinar sus actividades para vigilar y defender sus empresas y resolver problemas más amplios de abastecimiento e incluso de distribución de productos. La crisis de octubre, al obligar a la clase obrera a asumir la dirección económica del país, obligó a desarrollar estas formas de organización, consolidando los coordinadores de los cordones industriales y creando los comandos comunales, nuevas expresiones de su capacidad orgánica.

Hoy día, la clase obrera chilena descubrió su fuerza y su poder. Además se creó formas de organización que la capacita a dirigir gran parte de la vida económica, social y política del país. La reunión del área social le ha planteado la tarea de participar muy directamente en la planificación económica del país. La importancia creciente de la CUT en la vida nacional aumenta día a día sus responsabilidades.

El Obrerismo: Peligroso Enemigo

El obrero chileno es un hombre en plena transformación, que asume día a día nuevas responsabilidades y gana en conciencia y en conocimiento de la realidad económica, política y social de su país. Falta muy poco para que él asuma directamente el control político de toda la vida del país.

Para realizar esta tarea que se encuentra casi al alcance de sus manos, los obreros chilenos tendrán que doblegar a su más poderoso enemigo: el obrerismo. El obrerismo es aquella actitud política que crea una valorización mítica del obrero, que transforma el obrero concreto en una especie de semidios y que, lo que es peor de todo, lleva a los obreros a preocuparse por si mismos y no por la sociedad. En este libro siempre rico de sugerencias y enseñanzas, el “¿Qué hacer?”. Lenin insiste sobre la necesidad de que la propaganda revolucionaria se preocupe en entregar a la clase obrera una visión lo más amplia posible de los problemas del conjunto de la sociedad, a nivel internacional y nacional. Todo intento de hacer que la clase obrera se vuelque en si misma es contrarrevolucionario y reformista.

Más que nunca es importante esta enseñanza de Lenin. En el Chile de hoy día la clase obrera se está convirtiendo en dirigente real de la sociedad. Ella no puede, ni por un solo instante, dejarse llevar por una actitud economicista y gremialista. Si logra entender claramente el verdadero sentido de los avances que ha logrado, puede convertir en realidad la revolución chilena, poniéndose al frente de los campesinos, de las amplias capas del proletariado y del semiproletariado chileno, arrastrando consigo a la intelectualidad, los técnicos y los trabajadores independientes, neutralizando la pequeña y la mediana burguesía, dividiendo a la clase dominante, superando las vacilaciones de las direcciones pequeño burguesas, rompiendo los modelos convencionales y apoyándose fundamentalmente en su propia experiencia, aprendiendo de una manera creadora de los otros procesos revolucionarios.

La Capacitación: Tarea Nacional

Para estar a la altura de todas estas tareas los obreros chilenos sufren evidentemente la ausencia de una formación cultural, científica y técnica adecuada. Por esta razón, el problema de la capacitación de la clase obrera se transforma en una cuestión vital y decisiva.

El encuentro de capacitación sindical promovido por la CUT es un ejemplo de esta inquietud. De él se desprende no sólo la necesidad de entregar a los obreros elementos técnicos y formación sindical, sino también un conocimiento de la economía y la sociedad, de las teorías revolucionarias, de las experiencias históricas. Es evidente que la CUT sola no está capacitada para responder las necesidades de capacitación y educación de una clase que pasa a asumir las tareas históricas que hemos planteado.

Hay que pensar pues, el problema de la capacitación obrera en una escala nacional. La clase obrera tiene que poner a su servicio TODO el aparato de educación del país, ya y ahora. La educación primaria, secundaria y universitaria tiene que pasar por una reforma rápida e incisiva, bajo una presión fuerte y combativa de la clase obrera organizada en la CUT, en los partidos populares, en las nuevas formas de poder popular y en el Gobierno.

Es absurdo aceptar que el enorme aparato educativo existente en el país continúe siendo utilizado con un sentido burgués y pequeño burgués en un momento en que la clase obrera tiene tal hambre de conocimientos. Es absurdo aceptar que las editoriales, la prensa, la radio, la televisión y todos los instrumentos de comunicación continúen ignorando estas necesidades de la clase obrera. Es imposible aceptar que la Universidad de Chile y otras universidades continúen aumentando sus gastos y manteniendo al mismo tiempo sus salas de clase desocupadas en las noches, cuando hay tal hambre de conocimientos. Es imposible aceptar que las carreras universitarias continúen teniendo el carácter de formar profesionales liberales para una sociedad que los obreros están liquidando a cada día. Es imposible aceptar que la educación media continúe formando pijes sin profesión, dejando de lado la formación profesional para las grandes masas. Es imposible aceptar que no se haya liquidado el analfabetismo en el país. Es imposible aceptar que la izquierda continúe despreciando las actividades educacionales y que sea derrotada en las universidades y entre los estudiantes secundarios, principalmente por su incapacidad de entender el papel de la enseñanza en el proceso revolucionario en curso.

Clase Obrera, Dirección Real de la Sociedad

La clase obrera necesita estar a la altura de los acontecimientos, no sólo al avanzar en su conciencia general del proceso, en sus formas de organización, en su capacitación política inmediata, sino también para exigir que los nuevos políticos, ingenieros, científicos, administrativos, médicos, técnicos, profesionales del país, sean hombres de mameluco o hijos de estos hombres, que los nuevos agrónomos sean campesinos o hijos de campesinos, etc.

Hay que pensar en escala nacional. Hay que pensar en términos de la plena utilización de los recursos existentes. Hay que pensar en términos de capacitación del conjunto de la clase, superar el artesanado, poner al servicio de la revolución todos los instrumentos técnicos de la sociedad.

La clase obrera chilena no puede paralizarse en medio del camino: las tareas son gigantescas, pero más gigantesco es el objetivo final de la lucha obrera: crear una sociedad sin explotados ni explotadores. El gigante obrero renace frente a nuestros ojos cargados de escepticismo pequeño burgués. Hay que retomar la fe de los viejos bolcheviques; la clase obrera chilena la justifica.

Chile Hoy, 1 a 7 de diciembre de 1972