Caros Amigos,
Um pequeno resumo do IV Encontro da ABED.
Economia Política da Segurança Internacional
Nos dias 19,20 e 21 de julho realizou-se o IV Encontro da Associação Brasileira de Estudos de Defesa – ABED. O Encontro teve como tema comum Defesa e Segurança na América do Sul, o debate que se transcorreu sobre este tema crucial esteve em primeiro lugar voltado para a questão: É necessária e possível uma integração sul-americana em geral e no plano da defesa em particular?
Por incrível que pareça existem ainda adversários da integração regional, destacaria sobretudo o convidado colombiano Alejo Vargas, da Universidade Nacional da Colômbia, ou o Embaixador Paulo Roberto de Almeida. Existe mesmo uma tentativa de afirmar a inexistência de um processo de integração na região, evidentemente essas afirmações não são acompanhadas de nenhuma prova nem mesmos exemplos. trata-se de uma postura subjetiva muito influenciada por uma visão do mundo eurocêntrica conservadora e quase sempre favorável a submissão dos nossos paises aos interesses estadunidenses.
A mesa redonda que coordenei teve a participação de Carlos Moneta, Diretor do Instituto de Estudos do Sudeste Asiático, que nos apresentou um panorama bastante completo e profundo sobre a tendência crescente a integração de toda Ásia num aldaz projeto de desenvolvimento com fortes implicações para o futuro da humanidade.
Miguel Angel Perez, Presidente do Instituto de Estudos Avançados da Venezuela (IDEA), traçou um quadro bastante surpreendente do avanço do que ele chama uma política de formação de para-estados na América Latina, os quais se apoiariam sobretudo em organizações para-militares a serviço de interesses de desestabilização da região.
Como introdução a estes excelentes relatório de pesquisas inovadoras eu apresentei um balanço geral da tentativa de implantar uma cadeia de bases militares em todo o modo para assegurar um poder unilateral e exclusivo de Estados Unidos sobre todo o planeta temos que mostrar a extensão deste projeto e seus limites seno o principal deles o alto custo do mesmo que vem sendo financiado por um déficit colossal do orçamento norte americano. Este déficit por sua vez vem sendo financiado desde a década de 1980 pelos exportadores para os Estados Unidos. Eles foram induzidos a comprar os títulos da divida publica norte americana que financiam este permanente e crescente déficit. A atual crise internacional que tem seu centro nos EUA coloca em questão a possibilidade de manter este financiamento.
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