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sexta-feira, 30 de abril de 2010

Uma análise do processo eleitoral na Colômbia

Na semana passada divulgamos o editorial radiofônico de um importante jornalista colombiano sobre os documentos internos da “inteligência” colombiano que são simplesmente assustadores. Neles se confessa ações de terrorismo, falsificações, implantação de documentos tipo o famoso computador das FARC. Neste artigo se explica o fenômeno novo eleitoral na Colômbia que ameaça o reinado do corrupto, violento e arbitrário presidente que comanda esta agencia de inteligência.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Abertas as inscrições para o 3° Colóquio Marx e os marxismos


Encontram-se abertas as inscrições para o 3º Colóquio Marx e os marxismos, que este ano será realizado entre os dias 17 e 21 de maio de 2010. Convidamos os interessados na temática a participar do encontro, seja assistindo às conferências e discussões, seja apresentando uma comunicação própria. Essa última modalidade de participação está aberta a pesquisadores de todos os níveis - docentes, doutorandos, mestrandos ou pesquisadores da graduação - e ocorre por meio do envio dos dados imprescindíveis à inscrição através da ficha de inscrição (que pode-se baixar aqui), dentre os quais um resumo descrevendo e delimitando o objeto da apresentação pretendida, que será avaliado pela comissão organizadora no que se refere ao assunto e à pertinência. A cada dia após as comunicações, que ocorrerão na parte da manhã e da tarde, haverá ainda uma mesa com palestrantes convidados pela comissão organizadora. O evento pretende dar espaço a interpretações de cunho abrangente, e divergentes entre si em torno da conceituação do marxismo, de modo que a sugestão de alguns temas gerais - elencados abaixo - é apenas feita no intuito de orientar aqueles que pretendem enviar um resumo sem, no entanto, limitar as possibilidades tão somente a esses pontos.

Temas gerais do encontro:

Marx e Engels
Segunda e Terceira Internacionais
Marxismo Ocidental
Marxismo na América Latina
Marxismo Contemporâneo

E-mail para a realização das inscrições por meio do envio da ficha: marxesmarxismos@ gmail.com


Cronograma

19 de abril a 6 de maio - inscrições pelo e-mail
10 de maio - divulgação dos aceites
17 a 21 de maio - Colóquio

Chamamos a atenção como um artigo que pode contribuir em muito para os debates sobre a Economia política marxista, que é o artigo de Theotonio dos Santos, não por acaso intitulado "Economia Politica Marxista: um balanço". Interessados em ler, é só clicar aqui.

Losurdo na UERJ

Losurdo é um dos mais lúcidos marxistas de nosso tempo. Eu estarei viajando e não posso ir mas recomendo a todos os leitores do blog que assistam.

A conferência do Professor italiano Domenico Losurdo (importante Filósofo Marxista e historiador, professor da Università di Urbino, Itália) é promovida pelo Programa Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana e ocorrerá no dia, horário e local abaixo:


- Evento: Domenico Losurdo no Brasil – Conferências para lançamento do livro “A Linguagem do Império – Léxico da Ideologia Estadunidense”.

- Data: 14 de maio de 2010.

- Horário: 18 horas.

- Local: Capela Ecumênica.

Aproveitando a deixa queremos sugerir a leitura do interessante artigo de Losurdo intitulado "O aniversário de nascimento de Lênin" e que trata sobre Lênin e Gandhi: http://fmauriciograbois.org.br/portal/noticia.php?id_sessao=8&id_noticia=931

E, lembrando: este livro de Losurdo recebeu a menção honrosa no prêmio Libertador de pensamento crítico, em 2009, onde Theotonio dos Santos era um dos jurados. Para maiores informações sobre o prêmio, entrar neste link, que remete à um post mais antigo.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Comentários ao blog.

Recebemos este interessante comentário, via e-mail, de Fernando Correa Prado, que aborda a Teoria Marxista da Dependência.

Camaradas,

É notável o crescente interesse em torno da teoria marxista da dependência, o que se reflete não apenas no meio acadêmico, mas também na formação política. Artigos, monografias, dissertações, teses, análises de conjuntura, enfim, há cada vez mais textos circulando em que se trata de retomar e aprofundar conceitos como superxploração do trabalho, subimperialismo, Estado de contra-insurgência e de quarto poder, entre outros, derivados do legado de Ruy Mauro Marini; há também trabalhos que buscam caracterizar a nova forma de dependência atual, levando adiante a preocupação de Theotônio dos Santos; também se nota - ainda que em menor medida, por enquanto - releituras da contribuição de Vânia Bambirra no sentido de redefinir as diferentes tipologias que adota a dependência, aclarar o debate que se deu sobre este conceito, interpretar os movimentos de insurreição na América Latina, assim como trazer para nosso contexto as lições revolucionárias de Marx, Engels e Lenin; por fim, existem também diversos escritos voltados a contrastar a teoria marxista da dependência com outras perspectivas.

Esse retorno da teoria marxista da dependência se explica, em grande medida, por três fatores: a nova conjuntura dos últimos dez anos, que atraiu o interesse intelectual e político do Brasil para a América Latina, ajudando, assim, a superar a histórica ignorância brasileira em relação a nossa região; a volta do (novo) desenvolvimentismo ao debate público, que trouxe junto sua crítica; e o sistemático boicot que sofreram no Brasil os autores ligados àquela teoria, que faz do resgate atual do pensamento crítico latino-americano praticamente uma necessidade histórica.

Frente a este panorama resumido, escrevo a todxs para convidá-lxs a formar parte de um grupo de contatos que facilite a circulação de informações e textos relacionados à teoria marxista da dependência e temas afins. A intenção é simples: avançar no debate, nas novas análises, no aprofundamento e crítica conceitual, buscando, em última instância, que o conhecimento militante seja prática, teórica e historicamente sólido.

Em seguida lhes enviarei o convite para participar do grupo. Se tiverem interesse, encaminhem seus trabalhos, para que possamos começar o possível debate. E se conhecerem mais gente que gostaria de participar, por favor repassem esse correio.

Todxs sabemos que o cotidiano atropela e é difícil conseguir tempo para ler tudo que queremos, mas considero importante – e acho que vocês também – essa leitura coletiva. Afinal, em seu momento o constante debate crítico e prospectivo foi uma das características que fizeram da teoria marxista da dependência um arcabouço analítico ainda vigente.

Saudações,

Fernando Correa Prado

First International Conference in Political Economy‏

Crescem as iniciativas para um intercambio entre os economistas chamados heterodoxos.

FIRST INTERNATIONAL CONFERENCE IN POLITICAL ECONOMY

BEYOND THE CRISIS

10-12 SEPTEMBER 2010,

RETHYMNO, CRETE, GREECE


The global economic crisis has now entered what is arguably its third phase. Following the acute financial crisis of September 2008 and the ensuing economic depression, we are now experiencing the debt crisis stage where whole nations face the threat of bankruptcy (with Greece currently at the forefront following the troubles of Iceland, Ireland and Dubai among other countries) and the EU project facing its toughest challenge yet. At the same time, neo-liberalism is losing (or has already lost) much of its confidence, with Keynes, Minsky and Marx gaining currency, and Richard Posner, leading Chicago proponent of the economics of law, telling the world “how he became a Keynesian”. So where is the global economy going following the crisis, and what are the reactions to the crisis both intellectual and in material developments? And, chiefly, what are the alternatives opening up before us?

These are the main questions that the First International Conference in Political Economy co-organised by the International Initiative for Promoting Political Economy (www.iippe.org) and the Greek Scientific Association of Political Economy will address, following the three previous highly successful IIPPE annual international workshops in Crete, Naples and Ankara. It is to be held at the University of Crete in Rethymno, Crete,Greece, between 10-12 of September 2010. The Conference will be open for interventions across all areas of political economy even though the crisis and its aftermath are its focus. The indications so far point to a successful, fruitful and oversubscribed event. Tony Lawson, Gerald Epstein and Jayati Ghosh have already accepted our invitations to serve as keynote participants. Participation of IIPPE Working Groups will be prominent.

JUST TO REMIND YOU: The deadline for submission of both abstracts of papers and proposals for panels is the 31st of March (submissions should be sent to iippe@soas.ac.uk). Early submissions, even if only provisional, are essential both to avoid disappointment and to help in the appropriate allocation of papers to designated panels and streams that will themselves be strengthened through solicited contributions and the plenaries.

Local Organising Committee

domingo, 25 de abril de 2010

Boletim Semanal - Notícias

Abaixo reproduzimos boletim da auditoria cidadã da Dívida. Para maiores informações, entrar no site da Auditoria e o site do Jubileu Sul.

BOLETIM Nº 20 DA CPI DA DÍVIDA

CPI DA DÍVIDA DESMONTA O ARGUMENTO NEOLIBERAL DE QUE “OS JUROS ALTOS SÃO NECESSÁRIOS PARA O COMBATE À INFLAÇÃO”

Entidades se reúnem com sub-relator da Dívida Interna

Brasília, 8 de março de 2010

Boletim elaborado pela Auditoria Cidadã da Dívida – www.divida-auditoriacidada.org.br

Dia 24 de fevereiro de 2010, a CPI da Dívida realizou Audiência Pública com a Professora de Departamento de Economia da UnB, Maria de Lourdes Mollo, o Sr. Maurício de Albuquerque, Secretário de Macroavaliação Governamental do Tribunal de Contas da União – TCU, e a Diretora do Departamento Jurídico da Confederação Nacional de Municípios – CNM, Helena Garrido.

Mais uma vez, importantes entidades estiveram presentes na Audiência, como a ANFIP – Associação Nacional dos Auditores–fiscais da Receita Federal do Brasil (José Avelino), ANDES – SN – Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Mariza Pinheiro, Francisco Silva), COBAP – Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (José Carlos Vieira), UNASUS / MCCE - Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (Jovita Rosa), UNE - União Nacional dos Estudantes (Leonardo Péricles), IFC – Instituto de Fiscalização e Controle (Edimar Miguel da Costa), Partido do Mérito (Francisco Inairo), CONFEA – Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Osiris Almeida), ANPPREV – Associação Nacional dos Procuradores Federais da Previdência Social (Lívia Sampaio), Auditoria Cidadã da Dívida (Maria Lucia Fattorelli, Rodrigo Ávila, Daniele Casarin).

A Professora da UnB mostrou, em sua exposição, o equívoco das teorias neoliberais, segundo as quais as taxas de juros são altas pois o país não tem credibilidade junto ao “mercado”. Dentro desta idéia equivocada, o Brasil deveria continuar fazendo crescentes superávits primários para que, no futuro, a dívida se reduzisse e assim os emprestadores aceitassem taxas de juros menores. Porém, na prática, ocorre o oposto: as altas taxas de juros é que ocasionam o forte e contínuo crescimento da dívida.

Maria de Lourdes também questionou a premissa neoliberal de que os juros devem ser altos para combater a inflação (via contração da demanda interna). Na realidade, altas taxas de juros deprimem o investimento, o que deprime a oferta futura de produtos, causando inflação. Além do mais, boa parte da atual inflação é causada pelo aumento de preços administrados pelo governo. Segundo Maria de Lourdes, a verdadeira forma de combater a inflação é controlar os preços administrados e das margens de lucro das empresas, e estimular a oferta de produtos, por meio do aumento do investimento. Para isso, defendeu a superação da visão neoliberal, que prega a liberdade para o mercado. “Temos de devolver ao estado democrático e ao Legislativo o direito constituído de buscar os seus objetivos por meio de políticas ativas”, afirmou.

O Sr. Maurício de Albuquerque, do TCU, citou análises feitas pelo órgão no que se refere à dívida pública, especialmente em contratos com o Banco Mundial e BID, tendo inclusive apontado ilegalidades no endividamento, tais como empréstimos externos feitos sem a autorização do Senado, erros no estoque de dívidas, dentre outros. Mostrou que o TCU tem acompanhado os custos da acumulação de reservas cambiais, que são compradas pelo Banco Central com títulos da dívida interna, cujos juros são altíssimos. Também mostrou que o Poder Executivo não tem cumprido suas obrigações no que se refere à transparência do endividamento, tendo em vista que até o momento não foi implantado o sistema previsto na “Lei de Responsabilidade Fiscal”.

A representante da CNM expôs sobre as dívidas dos municípios com o INSS, mostrando que o governo federal não tem reconhecido os créditos que seriam devidos às prefeituras, que se compensados, solucionariam os problemas da maioria dos municípios junto à Previdência.

O Deputado Ivan Valente (PSOL/SP), proponente da CPI, ressaltou a importância da fala da professora Maria de Lourdes, de que as altas taxas de juros não são o caminho para se controlar a inflação. Sobre a questão dos municípios, Valente enfatizou que a maior dívida dos municípios atualmente é financeira, decorrente da renegociação com a União, como no caso do Município de São Paulo, que gastou R$ 2,4 bilhões com juros e amortizações no ano passado.

Valente também ressaltou importantes análises já realizadas pelo TCU sobre o endividamento que foram encaminhadas à CPI, dentre elas, as relativas ao processo de privatizações, que arrecadou “moedas podres” na venda das estatais, para abater dívida pública. Valente também ressaltou a necessidade do TCU realizar auditorias para verificar a origem do estoque da dívida pública - que já ultrapassou a marca de R$ 2 trilhões em dezembro/2010 – e para investigar os custos das diversas operações de transformação, substituição e troca de dívida externa em dívida interna, e vice-versa.

Segundo o Deputado Paulo Rubem Santiago (PDT/PE) “estamos assistindo a uma aula que quebra os dogmas da atual gestão da dívida”. Citou estudos que mostram que diversos países venceram a hiper-inflação sem recorrer ao regime de “Metas de Inflação”, e criticou a cobertura dos grandes jornais, que divulgam artigos de integrantes do setor financeiro, defendendo mais uma alta nos juros. Denunciou também que o Banco Central capta as expectativas de inflação junto a representantes do setor financeiro, e não junto ao comércio ou indústria. “Auditoria não é só fazer contas. É desmontar as engrenagens que fazem a dívida crescer”, afirmou.

Entidades se reúnem com sub-relator da Dívida Interna

No dia 4 de março de 2010, entidades da Auditoria Cidadã da Dívida se reuniram com o sub-relator da Dívida Interna, Dep. Eduardo Valverde (PT-RO), que, a exemplo dos outros dois sub-relatores (Jô Morais – Pc do B/MG, da Dívida Externa, e Dep. Márcio Reinaldo – PP/MG, da Dívida de Estados e Municípios), entregará seu parecer ao Relator-geral da CPI, Dep. Pedro Novais (PMDB/MA).

Foi entregue ao deputado Documento com as principais investigações da CPI feitas até o momento, com as demandas da sociedade com relação à CPI.

Estiveram presentes importantes entidades nacionais, como o ANDES – SN – Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Hélio Cabral Lima, Joel Moisés Pinho, Luiz Henrique Schuch), SINASEFE - Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Ricardo Ferreira), CONFEA – Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Osiris Almeida), SINASEMPU - Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério Público da União / ASMPF - Associação dos Servidores do Ministério Público Federal (Cristine Barbosa Maia, Laércio Bernardes dos Reis), OAB - Ordem dos Advogados do Brasil (Régia Brasil), Partido do Mérito (Francisco Inairo), Auditoria Cidadã da Dívida (Luiz Cordioli, Sônia Baccarin, Maria Lucia Fattorelli, Rodrigo Ávila, Daniele Casarin).

As entidades relataram ao Dep. Valverde como a dívida afeta seriamente as suas respectivas áreas de atuação, como no caso dos servidores públicos (que lutam contra o Projeto de Lei do Senado 611/2009, que congela o salário dos servidores por 10 anos), da Educação (precarização das Universidades e demais escolas públicas), Infra-estrutura (necessidade de maiores investimentos para o emprego de engenheiros e demais profissionais), Direitos Humanos (condições precárias de vida de boa parte da população brasileira), dentre outras.

O Documento entregue ao sub-relator reivindica principalmente que, diante dos gravíssimos fatos apurados pela CPI, a Câmara dos Deputados envie todas as análises e documentos da CPI para o Ministério Público, aprofunde as investigações, quantifique as perdas decorrentes do processo de endividamento para o devido ressarcimento aos cofres públicos, e promova a apuração de responsabilidades pelos danos ao patrimônio público.

Próximas reuniões

A Auditoria Cidadã da Dívida está agendando reuniões com todos os deputados da CPI, especialmente os relatores e a Mesa Diretora. As reuniões já marcadas estão descritas abaixo. Contamos com a presença das entidades.

Terça-feira - 09/03

Márcio Reinaldo Moreira PP/MG (Sub Relator Dívida Estados e Municípios) - 14h - Gabinete 819 - Anexo IV

Pedro Fernandes PTB/MA - 13:30h - Gabinete 814 - Anexo IV (o gabinete não marca reuniões, mas informou que o Deputado se encontrará no gabinete neste horário)

Alfredo Kaefer PSDB/PR - 14:30h - Gabinete 818 - Anexo IV (o gabinete não marca reuniões, mas informou que o Deputado se encontrará no gabinete neste horário)

Ilderlei Cordeiro PPS/AC - 17h - Gabinete 462 - Anexo IV

Quarta - 10/03

Cleber Verde PRB/MA - 9h - Gabinete 581 - Anexo III

Ernandes Amorim PTB/RO - 9:30h - Gabinete 318- Anexo IV (o gabinete não marca reuniões, mas informou que o Deputado se encontrará no gabinete neste horário)






Entidades se reúnem com o sub-relator da Dívida Interna, Dep. Eduardo Valverde (PT/RO). Foto: Cristine Barbosa Maia




Na Audiência Pública, o Sr. Maurício de Albuquerque, Secretário de Macroavaliação Governamental do Tribunal de Contas da União – TCU, a Professora de Departamento de Economia da UnB, Maria de Lourdes Mollo, o Presidente da CPI, Dep. Virgílio Guimarães (PT/MG), a Diretora do Departamento Jurídico da Confederação Nacional de Municípios – CNM, Helena Garrido, e o Relator, Pedro Novais (PMDB/MA). Foto: Diógenes Santos. Fonte: Banco de Imagens da Câmara.

Boletim Semanal - Artigos Acadêmicos

A Revista "Heterodox Economics", já no seu número 98, de 20 abril de 2010, é uma excelente resenha do que se publica e discuteatualmente sobre a economia heterodoxa. Abaixo o link para acessar a revista e para baixá-la:


Boletim Semanal - Crônicas

O relato é verdade. Leia o livro de Argemiro Procópio sobre a Amazônia e você verá que a coisa é ainda mais grave.

VEJAM QUE ABSURDO

REPASSO com a certeza que devemos fazer isso.

Segue abaixo o relato de uma pessoa conhecida e séria, que passou recentemente em um concurso público federal e foi trabalhar em Roraima. Trata- se de um Brasil que a gente não conhece.

As duas semanas em Manaus foram interessantes para conhecer um Brasil um pouco diferente, mas chegando em Boa Vista não pude resistir a fazer um relato das coisas que tenho visto e escutado por aqui.

Conversei com algumas pessoas nesses três dias, desde engenheiros até pessoas com um mínimo de instrução.

Para começar o mais difícil de encontrar por aqui é roraimense, pra falar a verdade, acho que a proporção é de um roraimense para cada 10 pessoas é bem razoável, tem gaúcho, carioca, cearense, amazonense, piauiense, maranhense e por aí vai. Portanto falta uma identidade com a terra.

Aqui não existem muitos meios de sobrevivência, ou a pessoa é funcionária pública( e aqui quase todo mundo é)pois em Boa Vista se concentram todos os órgãos federais e estaduais de Roraima, além da prefeitura é claro.. Se não for funcionário público a pessoa trabalha no comércio local ou recebe ajuda de Programas do governo.

Não existe indústria de qualquer tipo. Pouco mais de 70% do Território roraimense é demarcado como reserva indígena, portanto restam apenas 30%, descontando- se os rios e as terras improdutivas que são muitas, para se cultivar a terra ou para a localização das próprias cidades.

Na única rodovia que existe em direção ao Brasil (liga Boa Vista a Manaus, cerca de 800 km ) existe um trecho de aproximadamente 200 km reserva indígena Waimiri Atroari) por onde você só passa entre 6:00 da manhã e 6:00 da tarde, nas outras 12 horas a rodovia é fechada pelos índios (com autorização da FUNAI e dos americanos) para que os mesmos não sejam incomodados.

Detalhe: Você não passa se for brasileiro, o acesso é livre aos americanos, europeus e japoneses. Desses 70% de território indígena, diria que em 90% dele ninguém entra sem uma grande burocracia e autorização da FUNAI.

Detalhe: Americanos entram na hora que quiserem, se você não tem uma autorização da FUNAI mas tem dos americanos então você pode entrar. A maioria dos índios fala a língua nativa além do inglês ou francês, mas a maioria não sabe falar português. Dizem que é comum na entrada de algumas reservas encontrarem-se hasteadas bandeiras americanas ou inglesas. É comum se encontrar por aqui americano tipo nerds com cara de quem não quer nada, que veio caçar borboleta e joaninha e catalogá-las, mas no final das contas pasme, se você quiser montar um empresa para exportar plantas e frutas típicas como cupuaçu, açaí camu-camu etc., medicinais ou componentes naturais para fabricação de remédios, pode se preparar para pagar 'royalties' para empresas japonesas e americanas que já patentearam a maioria dos produtos típicos da Amazônia...

Por três vezes repeti a seguinte frase após ouvir tais relatos: E os americanos vão acabar tomando a Amazônia e em todas elas ouvi a mesma resposta em palavras diferentes. Vou reproduzir a resposta de uma senhora simples que vendia suco e água na rodovia próximo de Mucajaí:

'Irão não minha filha, tu não sabe, mas tudo aqui já é deles, eles comandam tudo, você não entra em lugar nenhum porque eles não deixam. Quando acabar essa guerra aí eles virão pra cá, e vão fazer o que fizeram no Iraque quando determinaram uma faixa para os curdos onde iraquiano não entra, aqui vai ser a mesma coisa'.

A dona é bem informada não? O pior é que segundo a ONU o conceito de nação é um conceito de soberania e as áreas demarcadas têm o nome de nação indígena. O que pode levar os americanos a alegarem que estarão libertando os povos indígenas. Fiquei sabendo que os americanos já estão construindo uma grande base militar na Colômbia, bem próximo da fronteira com o Brasil numa parceria com o governo colombiano com o pseudoobjetivo de combater o narcotráfico. Por falar em narcotráfico, aqui é rota de distribuição, pois essa mãe chamada Brasil mantém suas fronteiras abertas e aqui tem Estrada para as Guianas e Venezuela. Nenhuma bagagem de estrangeiro é fiscalizada, principalmente se for americano, europeu ou japonês, (isso pode causar um incidente diplomático). Dizem que tem muito colombiano traficante virando venezuelano, po is na Venezuela é muito fácil comprar a cidadania venezuelana por cerca de 200 dólares.

Pergunto inocentemente às pessoas; porque os americanos querem tanto proteger os índios. A resposta é absolutamente a mesma, porque as terras indígenas além das riquezas animais e vegetais, da abundância de água são extremamente ricas em ouro encontram-se pepitas que chegam a ser pesadas em quilos), diamante, outras pedras preciosas, minério e nas reservas norte de Roraima e Amazonas, ricas em PETRÓLEO.

Parece que as pessoas contam essas coisas como que num grito de socorro a alguém que é do sul, como se eu pudesse dizer isso ao presidente ou a alguma autoridade do sul que vá fazer alguma coisa. É pessoal,... saio daqui com a quase certeza de que em breve o Brasil irá diminuir de tamanho.

Será que podemos fazer alguma coisa???

Acho que sim.

Repasse esse e-mail para que um maior número de brasileiros fique sabendo desses absurdos.

Mara Silvia Alexandre Costa Depto de Biologia Cel. Mol. Bioag.Patog. FMRP - USP

Opinião pessoal:

Gostaria que você, especialmente que recebeu este e-mail, o repasse para o maior número possível de pessoas. Do meu ponto de vista seria interessante que o país inteiro ficasse sabendo desta situação através dos telejornais antes que isso venha a acontecer.

Afinal foi um momento de fraqueza dos Estados Unidos que os europeus lançaram o Euro, assim poderá se aproveitar esta situação de fraqueza norte-americana (perdas na guerra do Iraque) para revelar isto ao mundo a fim de antecipar a próxima guerra. Conto com sua participação, no envio deste e-mail.

Celso Luiz Borges de Oliveira Doutorando em Água e Solo FEAGRI/UNICAMP

Boletim Semanal - Notícias

O Blog de Theotonio dos Santos foi indicado ao prêmio 2010 "Top Blog". Contamos com seu voto!



Boletim Semanal - Artigos Jornalísticos

O jornalista francês do Le Monde Diplomatique, entre outros periódicos, entrevista a bloguera Yoani Sánchez. É interessante ver a artificialiade do prestigo desta senhorita que parece não entender de absolutamente nada e não ser capaz de apresentar nenhum argumento razoável a favor de suas “idéias”. A direita está cada vez mais arrinconada no que respeita à defesa de seus interesses. Cada vez mais só lhe resta mesmo o caminho da violência e do controle total da informação. Vale a pena ler com cuidado este diálogo tão desigual entre o conhecimento e a ignorância.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Inversão de papéis - A imprensa como partido político

Será que toda a imprensa aceita este papel de partido político a serviço da oposição? Será que vale propagar as mentiras que aparecem cotidianamente na imprensa assim como as tentativas de criar falsas contradições entre os poderes da república e apoiar levantes e guerra civil na Bolívia, etc.?


INVERSÃO DE PAPÉIS
A imprensa como partido político

Por Washington Araújo em 20/4/2010 (OBservatório da Imprensa)


Esperei baixar a poeira. Em vão, porque a poeira existiu apenas na internet. E tudo porque me causou estranheza ler no diário carioca O Globo (18/3/2010) a seguinte declaração de Maria Judith Brito, presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ) e executiva do grupo Folha de S.Paulo:

"A liberdade de imprensa é um bem maior que não deve ser limitado. A esse direito geral, o contraponto é sempre a questão da responsabilidade dos meios de comunicação e, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. E esse papel de oposição, de investigação, sem dúvida nenhuma incomoda sobremaneira o governo."

E como a poeira não baixou resolvi colocar no papel as questões que foram se multiplicando, igual praga de gafanhotos, plantação de cogumelos, irrupção de brotoejas. Ei-las:

1.É função da Associação Nacional de Jornais, além de representar legalmente os jornais, fazer o papel de oposição política no Brasil?

2.É de sua expertise mensurar o grau de força ou de fraqueza dos partidos de oposição ao governo?

3.Expirou aquela visão antiquada que tínhamos do jornalismo como sendo o de buscar a verdade, a informação legítima, para depois reportar com a maior fidelidade possível todos os assuntos que interessam à sociedade?

4.Como conciliar aquela função antiquada, própria dos que desejam fazer o bom jornalismo no Brasil, como tentei descrever na questão anterior, com a atuação político-partidária, servindo como porta-voz dos partidos de oposição?

5.Sendo o Datafolha propriedade de um dos grandes jornais do Brasil e este um dos afiliados da ANJ, como deveríamos fazer a leitura correta das pesquisas de opinião por ele trabalhadas? O Datafolha estaria também a serviço de uma oposição "que no Brasil se encontra fragilizada"?

6.Na condição de presidente da Associação Nacional dos Jornais (ANJ) será que Maria Judith Brito não se excedeu para muito além de suas responsabilidades institucionais?

7.Ou será próprio de quem brande o estatuto da liberdade de imprensa que entidade de classe de veículos de comunicação assuma o papel de oposição política no saudável debate entre governo e oposição?

8.Historicamente, sempre que um dirigente ou líder de partido político de oposição desanca o governo, seja justa ou injustamente, é natural que o governo responda à altura e na mesma intensidade com que o ataque foi desferido. Mas, no caso atual, em que a ANJ toma si para a missão de atuar como partido político de oposição, não seria de todo natural esperar que o governo reaja à altura do ataque recebido?

9.E, neste caso, como deveria ser encarada a reação do governo? Seria vista como ataque à liberdade de expressão? Ou seria considerado como legítima defesa de da liberdade de expressão ou de ideologia? Claro e transparente.

10.Durante o período de 1989 a 2002, em que a oposição política no Brasil esteve realmente fragilizada, e ao extremo, não teria sido o caso de a ANJ ter tomado para si as dores daquela oposição, muitas vezes, capenga?

11.E, no caso acima, como a ANJ acha que teriam reagido os governos Fernando Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso?

12.Com o histórico de nossos veículos de comunicação, muitos deles escorados em sua antiguidade, como aferir se há pureza de intenções por parte da ANJ em sua decisão de tomar para si responsabilidade que só lhe poderia ser concedida pelo voto dos brasileiros depositados nas urnas periodicamente? Não seria uma usurpação de responsabilidade?

13.Afinal, não é através de eleições democráticas e por sufrágio universal e secreto que a população demonstra sua aprovação ou desaprovação a partidos políticos?

14.Será legítimo que, assinantes de jornais e revistas representados pela associação presidida por Maria Judith Brito passem, doravante, a esmiuçar a cobertura política desses veículos, tentando descobrir qual a motivação dessa ou daquela reportagem, dessa ou daquela nota, dessa ou daquela capa?

15.E quanto ao direito dos eleitores de serem livremente informados... que garantias estes terão de que serão informados, de forma justa e o mais imparcial possível, das ações e idéias do governo a que declaradamente se opõe a ANJ?

16.Para aqueles autoproclamados guardiães da liberdade de expressão e do Estado democrático de direito: será papel dos meios de comunicação substituir a ação dos partidos políticos no Brasil, seja de situação ou de oposição?

17.Em isso acontecendo... não estaremos às voltas com clássica usurpação de função típica de partido político? E não seria esta uma gigantesca deformação do rito democrático?

18.Repudiam-se as relações deterioradas entre governo e mídia na Venezuela, mas ao que tudo indica nada se faz para impedir sua ocorrência no Brasil. Ironicamente, os maiores veículos de comunicação do país demonizam o país de Hugo Chávez. A origem do conflito político na Venezuela não está umbilicalmente ligado ao fato que na Venezuela os meios de comunicação funcionam como partido político de oposição, abrindo mão da atividade jornalística?

19.Esta declaração da presidente da ANJ, publicada no insuspeito O Globo, traduz fielmente o objetivo de a ANJ estabelecer a ruptura com o governo, afetar a credibilidade da imprensa e trazer insegurança a todos os governantes, uma vez que serve também aos governos estaduais e dos municípios onde a oposição estiver fragilizada?

20.Considerando esta declaração um divisor de águas quanto ao sempre intuído partidarismo e protagonismo político dos grandes veículos de comunicação do país, será que não seria mais que oportuno e inadiável a ANJ vir a público esclarecer tão formidável mudança de atitude e de missão institucional? Por que não abordar o assunto de forma clara e transparente nas páginas amarelas da revista Veja? Por que não convidar a Maria Judith Brito para ser entrevistada no programa Roda Vida da TV Cultura? Por que não convidá-la para o Programa do Jô? E para ser entrevistada pelo Heródoto Barbeiro na rádio CBN? Por que não solicitar a leitura de "Nota da ANJ"sobre o assunto no Jornal Nacional? Por que não submeter texto para publicação na seção "Tendências/Debates" do jornal Folha de S.Paulo, onde a presidente trabalha? De tão interessante não seria o momento de a revista Época traçar o perfil de Maria Judith Brito? E que tal ser sabatinada pela bancada do Canal Livre, da Band? Prudente e sábio.

Já que comecei falando de estranheza, estranhamento etc., achei esquisito a não-repercussão ostensiva da fala da presidente da ANJ junto aos veículos de seus principais afiliados. Estratégia política? Opção editorial? Ou as duas coisas?

Finalmente, resta uma questão de foro íntimo: que critério deverei usar, doravante, para separar o que é análise crítica própria de um partido político, para consumo interno de seus filiados, daquilo que é matéria propriamente jornalística, de interesse da sociedade como um todo?

Todos nós, certamente, já ouvimos centenas de vezes o ditado "cada macaco no seu galho". E todos nós o utilizamos nas mais diversas situações. O ditado é um dos mais festejados da sabedoria popular, é expressão de conhecimento, nascido da observação de fatos; um aprendizado empírico. Vem de longa data e se estabelece porque pode ser comprovado através da vivência e mais recentemente foi citado por Michel Foucault e Jurgen Habermas. No caso aqui abordado, o ditado popular cai como luva assim como as palavras de Judith Brito ficarão por muito tempo gravadas no bronze incorruptível da nossa memória.

Mesmo assim sinto ser oportuno aclarar que entendo como papel da mídia atividades como registrar, noticiar os fatos, documentar, fiscalizar os poderes, denunciar abusos e permitir à população uma compreensão mais ampla da realidade que nos abarca. Neste rol de funções não contemplo o de ser porta-voz de partido político, seja este qual for. Ora, o governo tem limites de ação: operacionais, constitucionais, políticos. A mídia, quando não investida de poderes supraconstitucionais, também tem seus limites que não são tão flexíveis a ponto de atender as conveniências dos seus proprietários ou concessionários. É prudente e sábio reconhecer que em uma sociedade democrática todos os setores precisam de regulação – e a mídia não é diferente. E é bom que não seja. Afinal, a lei é soberana e a ela todos devem se submeter, já escrevia o pensador Shoghi Effendi (1897-1957) na segunda metade de 1950. Nada mais atual que isto.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Artigo de Domenico Losurdo "Marx, Cristóvão Colombo e a revolução de Outubro - Materialismo histórico e análise das revoluções"

Losurdo nos convida a colocar o socialismo sob o princípio da análise concreta da situação concreta. É uma contribuição importante para o debate atual sobre o socialismo no século xxi que tenta resgatar a atualidade do socialismo no período posterior à auto-eliminação do chamado socialismo real na antiga União Soviética e na Europa Oriental. Meu livro sobre Democracia e Socialismo no Capitalismo Dependente também abre pistas nesta direção. Socialismo o Fascismo: el dilema latinoamericano y el nuevo carácter de la dependencia que está sendo traduzido finalmente ao português também aporta elementos para esta discussão.


Marx, Cristóvão Colombo e a revolução de Outubro - Materialismo histórico e análise das revoluções - Para ler o artigo, clique aqui.

Revista Princípios chega ao número 100 e disponibiliza todos os números na internet

Divulgamos aqui o e-mail recebido que trata dos centésimo número da Revista Princípios. Abaixo apresentamos o mesmo, além do link para o acesso ao conteúdo de todos os números até hoje editados, inteiramente disponibilizado na internet pela Fundação Maurício Grabois.

"Camaradas

Príncípios é uma revista de teoria, política e informações. O Portal da Fundação maurício Grabois está dispolibilizando seu arquivo na íntegra. Percorrer mais de sete mil e quinhentas páginas de sua coleção é fazer uma viagem ao itinerário da elaboração teórica e política de uma destacada corrente do movimento marxista brasileiro.

Para acessar ao acervo digital da revista Princípios, clique aqui.

Princípios número 100! Um feito do movimento marxista e progressista

Por Adalberto Monteiro

1981. Um alvoroço. A anistia fora conquistada dois anos antes e, embora a ditadura militar ainda vigorasse, o cheiro forte de liberdade já irrompia. As ruas eram retomadas por trabalhadores e estudantes. A frente oposicionista começava a preparar a “ofensiva final” pela democracia. Havia uma gestação de novos partidos, e o histórico Partido Comunista do Brasil (PCdoB), semiclandestino, logo ganharia as praças pela sua legalidade.

Nesse ambiente entrava também, em ebulição, a vida intelectual do país. Florescia o debate de ideias. E afloravam as divergências sobre os caminhos... João Amazonas, ex-deputado constituinte de 1946, destacado líder do PCdoB, estava no olho desse redemoinho. Entremeio a essa azáfama – quando já eram tantas as tarefas – ele diz a seus companheiros: a jornada do movimento revolucionário é de longo curso. É preciso uma revista que à luz do marxismo perscrute os dilemas da luta presente, investigue a realidade brasileira e internacional e fundamente o futuro de nosso movimento.

Assim, sob essas circunstâncias e com esses propósitos, em março de 1981, nasce a revista Princípios. Hoje, comemoramos o seu número 100 e 28 anos de circulação ininterrupta. Essa longevidade de Princípios vem de sua fidelidade àqueles propósitos que a fizeram nascer e, obviamente, da fertilidade das ideias que propaga. Seu índice remissivo demonstra o precioso rol de intelectuais, jornalistas, cientistas, artistas, lideranças políticas e sociais que, ao longo do tempo, voluntariamente ofereceram suas contribuições. Seu êxito vem, ainda, do fato de ser uma obra coletiva à qual, ao longo do tempo, se dedicaram várias equipes de trabalho.

Percorrer mais de sete mil e quinhentas páginas de sua coleção é fazer uma viagem ao itinerário da elaboração teórica e política de uma destacada corrente do movimento marxista brasileiro. Sua evolução registra os aportes analíticos e teóricos que ofereceu ao movimento transformador e, obviamente, os dilemas, equívocos e crises por que passou. Este rico acervo, agora, é disponibilizado, na sua coleção de 100 edições, disponível em DVD e no website da Fundação Maurício Grabois, com 1584 textos, produzidos por 455 colaboradores, abordando os mais diversos temas.


100% em defesa do Brasil e do socialismo!

Em seu percurso, a revista buscou interpretar o Brasil. Sua história, pujança e desigualdades. Deformações e potencialidades. Seu povo, sua cultura. A luta pela afirmação de sua soberania e vida democrática. O combate às desigualdades sociais.
Nos anos 1980 empenhou-se pela consolidação da redemocratização do país. Procurou influenciar os debates da Assembleia Constituinte.

No início da década de 1990, diante da crise do socialismo, enfrentou o vendaval anticomunista e participou ativamente do labor que sublinhou o legado da União Soviética à humanidade e, simultaneamente, examinou os erros e os condicionantes que levaram à sua derrocada. Nesta luta de ideias, contribuiu para reafirmar o socialismo em bases novas. Neste mesmo período, também se dedicou a desvendar do ponto de vista teórico e político o caráter nefasto do neoliberalismo, bem como os caminhos para seu enfrentamento e superação.

A revista, hoje, participa da elaboração de um novo projeto nacional de desenvolvimento cuja realização passa pelo êxito do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nesse sentido, critica a corrente “continuísta” que freia o ritmo da concretização do programa com o qual o presidente foi eleito e apresenta ideias, propostas que contribuam para o avanço das mudanças. Defende a soberania nacional e a integração solidária da América Latina.

Ante a guerra imperialista suas páginas têm publicado libelos em defesa da paz e dos direitos dos países ao desenvolvimento e à soberania. Princípios se dedica, com especial interesse, a debater e divulgar a nova luta pelo socialismo que brota dos paradoxos do capitalismo contemporâneo e da consciência e luta dos povos.

Os artigos, entrevistas, resenhas, estudos, pesquisas que publica se vinculam ao seu objetivo de enriquecer e desenvolver o marxismo, sem o que não se vai ao longe.

A cultura e a ciência também comparecem às suas páginas. Sobretudo agora quando as contradições do capitalismo trazem a barbárie à cena da história, realça-se o papel da cultura e da arte na jornada libertária dos trabalhadores e dos povos. Por outro lado, o pensamento marxista sempre que se conectou com a evolução das ciências conheceu avanços, além de seu papel e da inovação tecnológica no projeto nacional.

A temática ecológica e a concepção de um projeto de desenvolvimento que harmoniza o crescimento econômico com a preservação ambiental – em contraposição à lógica do lucro máximo que destrói o meio ambiente – fazem parte de sua linha editorial.

Princípios número 100, uma conquista da corrente marxista e progressista do nosso país! Homenageamos a todos os que contribuíram para este feito, destacando o legado de seu fundador, João Amazonas.

Com este número 100, aumenta a responsabilidade de Princípios de oferecer à sua comunidade de leitores uma revista cada vez mais à altura dos desafios teóricos e políticos de nosso tempo.

Nossos agradecimentos a todos os que contribuíram com esta jornada e que nos incentivam a seguir adiante.

Adalberto Monteiro
Editor"

segunda-feira, 19 de abril de 2010

A verdade sobre Uribe e Colômbia

Isto é uma bomba. Trata-se da denuncia feita por um jornalista quase oficial do governo colombiano que parece ter reagido diante da gravidade dos dados levantados pela fiscalia do Estado colombiano. Sabemos da ligação do sr.Uribe com o tráfico de drogas desde o início das operações dirigidas pelo então vice-presidente Busch, para usar o tráfico de drogas para financiar os terroristas contra Nicaragua e em seguida fazer a remessa de armas para o governo do Iran. Esta operação, comanada pelo tenente North foi revelado em detalhes pelo próprio Congresso dos Estados Unidos. Sabemos que mais de 40 deputados eleitos por Uribe foram expulsos do Congresso colombiano por suas ligações com os grupos paramilitares e o cartel da droga, sabemos das operações secretas inventadas por seu governo ou realizadas por ele em outros paises como a Venezuela, onde estão presos em julgamento os membros da missão que pretendia assassinar o presidente Chávez, sabemos do famoso computador das FARC que fez as "revelaçõs" mais absurdas. Sabemos que tudo isto foi apoiado pela imprensa internacioal e os jornais mais "responsáveis". Pois é bom saber agora, com os dados produzidos pelos próprios agentes secretos do governo colombiano, quais foram as "fontes" respeitáveis em que se basearam esta imprensa, as autoridades jurídicas da OEA e até da Comunidade Européia. Escutem com muita atenção esta denuncia de um jornalista que sempre esteve do lado do governo e que subitamente tomou vergonha na cara. Será que outros "bem informados" por estas campanhas mentirosas também tomarão vergonha na cara? Observem como não só uma ala fascista dos militares brasileiros preparam ações de terrorismo (como no caso do Rio Sul) ou não só os "pinochetistas" matam cidadãos honestos nos próprios Estados Unidos e outras partes, e tantos outras ações terroristas da direita que visam colocar nas forças populares a culpa destas ações de terror. Afinal, segundo o governo norteamericano os paises terroristas nunca incluem os VERDADEIROS teroristas. É verdade também que a CIA formou terroristas que hoje escaparam do seu controle (completamente?) como Bin Laden e tantos outros. O vergonhoso é como tanta gente que se diz séria acredita ou finge acreditar nessas ações das agencias de inteligencia.

Para saber mais, clique aqui.

domingo, 18 de abril de 2010

Boletim Semanal - Artigos Jornalísticos

RESULTADOS DA PESQUISA REALIZADA PELOS JESUITAS SOBRE A VENEZUELA.

SE VOCÊ ACREDITA NO QUE LÊ NA IMPRENSA SOBRE A VENEZUELA NÃO VAI ACREDITAR NOS DADOS RECOLHIDOS PELA RECONHECIDA INSTITUIÇÃO DE PESQUISA DIRIGIDA PELOS JESUITAS (CENTRO GUMILLA). EXISTEM TAMBÉM OUTROS DADOS EM JORNAIS DA OPOSIÇÃO E GOVERNISTAS.

DECIDA EM QUEM VOCÊ VAI ACREDITAR: NOS ESTUDOS SÉRIOS OU NO LIXO “INFORMATIVO”.

OBRIGADO MARTA PELA INFORMAÇÃO QUE NÃO CHEGA AQUI SENÃO POR VOCÊ.



Centro Gumilla reconoce en encuesta que 64% de los venezolanos apoya el socialismo
Abril 5, 2010 - 16:07 (lmorales)

Vea también

La actuación clave del presidente Chávez en el intercambio de ideas, es acompañada también por el escenario de importantes cambios en los que la opinión pública venezolana ha participado / El estudio refiere además que la población evalúa de manera positiva la gestión de la Presidencia de la República, Pdvsa y la FANB

Según un estudio difundido este lunes por el Centro Gumilla -el Centro de Investigación y Acción Social de la Compañía de Jesús en Venezuela- y publicado en el diario El Universal, el 64% de los venezolanos y venezolanas cree y confía en el socialismo como modelo político e ideológico para profundizar el desarrollo y progreso de la nación.
El estudio informa que para los investigadores del Centro Gumilla, luego de realizar un estudio de opinión con 2.000 venezolanos en todo el territorio nacional -a excepción de Amazonas y Delta Amacuro-, el 64% de la población que se identifica con los "perfiles Demócratas Socialistas".
Al respecto, el Centro Gumilla señala que contra el 64% obtenido por el modelo socialista, apenas, "un cuarto bloque son los Demócratas Liberales que representan 27% de la muestra".

Libertad de expresión, opinión e intercambio de ideas
Resalta también el referido estudio que en lo que respecta a la participación democrática y a la libertad de opinión y expresión que existe actualmente en el país, "el presidente (Hugo) Chávez ha sido un actor clave en la continua proposición de ideas, activando posiciones a favor y en contra".
Asimismo, destaca que la actuación clave del presidente Chávez en el intercambio de ideas, es acompañada también por el "escenario de importantes cambios que han generado amplios debates en los que la opinión pública venezolana ha participado gracias a su socialización a través de los medios masivos de comunicación', refiere el informe.

Socialismo y solidaridad
El estudio refiere además que el bloque socialista (64%) de la población evalúa de manera positiva la gestión de la Presidencia de la República, Petróleos de Venezuela (Pdvsa) y la Fuerza Armada Nacional.
Asimismo, indica que los valores en los que se apoya este sector, son los de "solidaridad, fraternidad, igualdad y amor".
De igual forma, señala que la población socialista cree en los consejos comunales y ve en ellos "la solución para más participación"; y que "en el Gobierno recae la responsabilidad para satisfacer las necesidades del pueblo".
Afirma, que este importante grupo se inclina a favor de que tanto Pdvsa, como los gobernadores y alcaldes se mantengan trabajando de manera coordinada con el Gobierno Nacional, para el mejor desarrollo del país.
Destaca el informe que este sector manifiesta que los principales valores de la democracia actual en Venezuela son: la participación, la libertad de expresión, la igualdad social, el derecho a la educación, la participación en las misiones y la libertad y transparencia en las elecciones.
Agrega el Centro Gumilla que el sector socialista, confía en este modelo porque "en democracia, toda persona tiene derecho a opinar sobre los problemas de su comunidad'.
Todas estas características, concluye el Centro Gumilla, hacen del sector socialista, el más tolerante y proclive al diálogo.
'Estas características los hacen más tolerantes y proclives al diálogo', dice el informe, que también sostiene que este grupo es el que está menos de acuerdo con la intervención de otro país en Venezuela.

Polarización e intervención de elites politizadas
Asimismo, resaltó el estudio del Centro Gumilla que la supuesta polarización que vive el país, según declaran constantemente voceros de la contrarrevolución y de los partidos de derecha en medios de comunicación privados, 'es, más bien, cosa de élites politizadas"(...) pues "el problema entonces radica no en la mentalidad de los venezolanos, sino en los líderes que se empeñan en hacer de la confrontación el instrumento fundamental para hacer política'.
"No hay duda de que en nuestro país es posible el diálogo y la concertación. La polarización es, más bien, cosa de élites politizadas', refiere el estudio realizado entre el 14 de septiembre y el 9 de octubre de 2009.
'Los venezolanos cuentan con una agenda de consenso para desarrollar un programa político', agrega una de las conclusiones del documento.
En este sentido, dice el informe que "uno de los elementos más protuberantes que surge del estudio es que 9% de los encuestados simpatiza con la instauración de un gobierno de corte autoritario". Además dice que este grupo se identifica políticamente como Ni-Ni y que más de la mitad de los entrevistados, provienen de la región zuliana, y un cuarto de la andina.
Ambas regiones, Zulia y Táchira, han sido lideradas por gobiernos de derecha que han permitido e incentivado la actuación de grupos paramilitares, entre los que resalta el prófugo de la justicia venezolana y ex gobernador del Zulia, Manuel Rosales, y su seguidor y actual gobernante del mencionado estado, Pablo Pérez.
El estudio resalta que los "Demócratas Liberales", que poseen sólo 27%, pertenecen en su gran mayoría a los sectores más adinerados de la población y están ubicados en su mayoría en Caracas, la región central y el estado Zulia.
Concluye el documento que este sector adinerado, está a favor de una intervención extranjera contra la estabilidad del país, pues considera que "con tal de que el país avance, no importa que intervenga otro país en Venezuela".
Dice también que este grupo habla "muy negativamente" sobre la gestión del Gobierno, y "en contraposición, valoran bien a la iglesia católica, las universidades, los estudiantes manos blancas, partidos de oposición y los medios de comunicación privados".

Propósito del estudio
El director del Centro Gumilla, José Virtuoso, s.j., destaca en el informe que recoge los resultados de la investigación, que el propósito de ésta fue saber sobre 'la cultura política vigente de la democracia en Venezuela y América Latina que permita conocer más en profundidad los contenidos, las aspiraciones y las contradicciones que atraviesa el espíritu o ethos democrático tanto en el país como en la región'.
Las encuestas se realizaron en municipios de 25.000 habitantes o más y tenían como objetivo indagar sobre 'las bases que sustentan la aceptación y obediencia a las formas de Gobierno y Estado democráticas vigentes, así como los procesos de rebeldía que buscan cambios frente a las formas políticas actuales'.
El trabajo de campo y el posterior análisis estadístico estuvo a cargo de la empresa Ceninvest y admite un error del 2,19%.