Na quinta-feira, 18 de fevereiro, realizei uma conferência sobre a crise mundial e o seu impacto sobre a humanidade, no auditório da Universidade. Insisti sobre as contradições entre os avanços produzidos pelo conhecimento cientifico e suas aplicações tecnológicas e o atraso representado pelas relações de produção capitalistas apoiados no monopólio, concentração de renda e exploração maciça dos trabalhadores. Um tal avanço das bases materiais do planeta não pode ser entregue à irracionalidade do mercado monopolizado, nem tampouco à ação crescente do Estado para captar recursos da população e transferi-los para uma minoria de rentistas inúteis.
Foi de grande valor a intervenção do Dr. Mattos Mar, criador e diretor do Instituto de Estudos Peruanos por um longo período. Ele comentou minha palestra de um ângulo antropológico, e ressaltou a importância da emergência das populações rurais e, sobretudo indígenas nos grandes centros urbanos, como no caso de Lima que tem agora mais de 10 milhões de habitantes. Esta presença cria uma rede de instituições sociais, de iniciativas e de consciências que avança para o comando efetivo das novas sociedades urbanas.
Este enfoque é extremamente importante quando milhões de pobres se transferem para novas condições sociais, novos padrões de consumo, novas formas de consciência, sobretudo na China e nas nações emergentes.
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